"A TRADIÇÃO DOS ANTIGOS E A DOS CRISTÃOS"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur

P – Nosso Posto deseja focalizar, na Cruzada do Novo Mandamento, estas palavras de Jesus: “Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa macular Não é o que entra na boca do homem que o torna impuro: o que sai da boca é que o macula”. Como o Espírito da Verdade interpreta esse ensinamento do Mestre?
R – Os costumes aditados às Leis Reais é que constituíam a tradição dos antigos: o termo "costumes", aqui, indica TODAS AS DOUTRINAS, PRESCRIÇÕES, PRECEITOS E MANDAMENTOS CRIADOS PELOS HOMENS E POR ELES ESTABELECIDOS. Por Leis Reais designamos as Leis Divinas que, em obediência à vontade do Senhor, foram reveladas aos hebreus por Moisés. Vós outros, CRISTÃOS DO NOVO MANDAMENTO tendes igualmente a vossa tradição dos antigos, representada pelas doutrinas, prescrições, preceitos e mandamentos que os homens formularam, alterando, deturpando falseando com os seus acrescentamentos, a Lei Divina que, em obediência à vontade de Deus, Jesus lhes revelou, durante o desempenho da sua missão terrena. Mas aquela Lei – com exclusão de qualquer outra – se contém integralmente na palavra do Cristo que, velada pela letra ENQUANTO ISSO ERA NECESSÁRIO, constituiu a base, a fonte e o fundamento da Nova Revelação, que vem explicá-la, desenvolvê-la e fazê-la compreensível, na época marcada pelo Senhor para  o  advento  do   ESPÍRITO QUE VIVIFICA, SUBSTITUINDO A LETRA  QUE  MATA. Assim como Jesus veio combater, entre os judeus, a tradição dos antigos, arrancando desse modo toda planta que não foi plantada pelo Pai Celestial, TAMBÉM HOJE O ESPÍRITO DA VERDADE QUE REPRESENTA O CRISTO DE DEUS, VEM COMBATER ENTRE VÓS TUDO O QUE CONSTITUI A TRADIÇÃO DOS ANTIGOS, ARRANCANDO   IGUALMENTE   TODA   PLANTA QUE  PELO   SENHOR   NÃO  FOI   PLANTADA. O que Jesus disse aos escribas e fariseus daquele tempo se aplica aos escribas e fariseus de hoje - repelindo e rejeitando a Nova Revelação, trazida aos homens pelos Espíritos do Senhor, órgãos do Espírito da Verdade – se esforçam também por manter a tradição dos antigos, honrando a Deus com os lábios, ensinando doutrinas e mandamento humanos! Entendei: DEUS PODE ADMITIR A PUREZA EXTERIOR, QUANDO VÊ. QUE O CORAÇÃO ESTÁ SUJO? PODE ACEITAR O CULTO DOS LÁBIOS QUANDO VÊ QUE O CORAÇÃO ESTÁ CHEIO DE HIPOCRISIA? PODE ABENÇOAR O HOMEM E PERDOAR-LHE, QUANDO VÊ QUE ELE AMALDIÇOA E SE VINGA? Eis por que vos dizemos: honrai a Deus do fundo de vossos corações, vivei a Lei do Amor sintetizada no Novo Mandamento; não sejais sepulcros caiados por fora.  Então, sim, estareis limpos integralmente, não apenas porque lavastes as mãos ou o corpo.



"AS TRADIÇÕES E A HIPOCRISIA"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur

P – Os escribas e fariseus censuraram os discípulos do Cristo por não lavarem as mãos antes de comer. A resposta do Mestre parece; a muitos opositores, apologia da falta de higiene. Como explica essa parte do Evangelho, no CEU da LBV, o Espírito da Verdade?
R – Vamos reunir Mateus, XV: 1-20 e Marcos, VII: 1-23.
MATEUS: 1 – Então, alguns escribas e fariseus que tinham vindo de Jerusalém, se aproximaram de Jesus e lhe disseram; 2 – Por que os teus discípulos transgridem a tradição dos antigos, não lavando as mãos antes de comer? 3 – Jesus lhes respondeu: "E por que vós transgredis os Mandamentos de Deus, em obediência à vossa tradição? Deus ordenou; 4 – “Honra a teu pai e tua mãe” e Moisés acrescentou: “Seja punido de morte aquele que houver ultrajado a seu pai e sua mãe”. 5 – Vós, porém, dizeis, quem quer que haja dito a seu pai ou sua mãe: “Tudo o que ofereço a Deus vos é útil”, satisfaz à lei, 6 – embora, a seguir, deixe de honrar e assistir seu pai e sua mãe. Assim, tornastes nulo o Mandamento de Deus pela vossa tradição. 7 – Hipócritas, bem profetizou de vós Isaías, dizendo: 8 – “Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. 9 – Portanto, é em vão que eles me honram, ensinando doutrinas e mandamentos de homens!” 12 – Os discípulos, então, aproximando-se, disseram a Jesus: “Sabes que os fariseus, ouvindo o que disseste, se escandalizaram?” 13 – Ele respondeu: “Toda planta que meu Pai Celestial não plantou será arrancada pela raiz. 14 – Deixai-os, são cegos que conduzem cegos: ora, se um cego se faz guia de outro cego, ambos caem no fosso”. 15 – Disse, então, Pedro: “Explica-nos esta nova parábola”. 16 – Jesus lhe replicou: “Também vós sois tardos de entendimento? 17 – Não compreendeis que tudo que entra pela boca desce ao ventre e é lançado fora? 18 – Mas o que sai da boca vem do coração e mancha o homem, tornando-o impuro, 19 – pois do coração vêm os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as blasfêmias, os roubos, os falsos testemunhos, as maledicências. Estas são as coisas que mancham o homem; mas comer, sem lavar as mãos, não o torna impuro.
MARCOS: 1 – Alguns escribas e fariseus, vindo de Jerusalém, foram ter com Jesus, 2 – e, tendo visto seus discípulos tomarem a refeição com as mãos não lavadas, os censuraram; 3 – pois os fariseus não comem sem terem lavado as mãos muitas vezes, guardando a tradição dos antigos. 4 – E, quando voltam da praça pública, não comem, sem se haverem banhado, mantendo muitos outros costumes mais, cuja observância lhes foi transmitida pela tradição e eles conservam, como o de lavarem os corpos, os jarros, os vasos de bronze e os leitos. 5 – Perguntaram-lhe, pois, os escribas e os fariseus: “Por que não seguem teus discípulos a tradição dos antigos, comendo sem terem lavado as mãos?” 6 – Jesus respondeu: “Bem profetizou Isaías a vosso respeito, hipócritas, como está escrito: “Este povo me honra com os lábios mas o seu coração está longe de mim. 7 – É em vão que eles me honram ensinando doutrinas e mandamentos de homens”; 8 – pois, deixando de lado o Mandamento de Deus, observais com cuidado a tradição dos homens, lavando os jarros e os cálices, e fazendo muitas outras coisas semelhantes”. 9 – E lhes dizia: “Anulais totalmente o Mandamento de Deus, para guardardes a vossa tradição. 10 – Assim, enquanto Moisés diz: “Honrai a vosso pai e vossa mãe” e “seja punido de morte aquele que tenha ultrajado a seu pai ou sua mãe”, 11 – vós dizeis: “Se um homem diz a seu pai ou sua mãe “Tudo o que ofereço a Deus vos é útil”, ele satisfaz à lei”. 12 – E lhe permitis que não faça mais coisa alguma por seu pai ou sua mãe. 13 – Revogais, assim, a palavra de Deus pela tradição, que vós mesmos estabelecestes, e deste modo fazeis muitas outras coisas semelhantes”. 14 – Chamando novamente o povo para perto de si, Jesus lhe disse: “Ouvi-me vós todos e compreendei: 15 – Nada há do que existe fora do homem que, entrando nele, o possa macular e tornar impuro. 16 – Se alguém tiver ouvidos de ouvir, ouça!” 17 – Logo que apartando-se do povo, entrou em casa seus discípulos lhe perguntaram o que significava aquela parábola. 18 – Jesus lhes disse: “Tão pouco inteligentes sois ainda? Não compreendeis que tudo que está fora do homem e entre nele não o torna impuro, 19 – pois nada disso entra em seu coração, mas desce ao ventre e é lançado fora?” 20 – E acrescentava: “O que macula o homem é o que sai do próprio homem, 21 – pois de dentro do coração é que saem os maus pensamentos, os adultérios, os homicídios, 22 – a avareza, o roubo, o orgulho, a felonia, as iniquidades, os desregramentos. 23 – Todos esses males vêm de dentro do coração do homem e, por isso o maculam”.
Como Jesus, também nos vos dizemos: DESCONFIAI DAS TRADIÇÕES! SUAS PALAVRAS, DIRIGIDAS AOS FARISEUS, SE APLICAM PERFEITAMENTE AOS TEMPOS ATUAIS. Desconfiai das tradições, porque elas deturparam a Lei do Amor que o Cristo nos deu, ao decretar seu Novo Mandamento. Dessa Lei sublime a tradição fez o que já fizera com o Decálogo, dado a Moisés no Sinai. Por isso mesmo, deixai de lado a tradição e retornai ao Cristianismo do próprio Cristo, mesmo que os fariseus de hoje se escandalizem: ELES FALAM E PROCEDEM, COM RELAÇÃO A VÓS OUTROS, EXATAMENTE COMO FALARAM E PROCEDERAM COM RELAÇÃO A JESUS, OS FARISEUS DE OUTRORA. Sim, deixai que eles se escandalizem porque serão forçados a abandonar suas tradições e voltar a eterna Lei do Mestre, mãe de todas as virtudes! Mas preservai-vos de tudo o que vos possa manchar: maus pensamentos, palavras e atos! Conduzi-vos com humildade tirando boas coisas do bom tesouro do vosso coração e repartindo-as com os vossos irmãos! Os judeus, fazendo voto ou oferenda podiam dispor, em favor do culto de uma certa parte dos seus bens. Desde então pretextando que essa parte representava tudo o de que poderiam dispor em benefício de seus pais, se consideravam dispensados de lhes dar assistência: ALEGAVAM, PARA SE JUSTIFICAREM, QUE DO QUE OFERECIAM AO SENHOR OS PAIS APROVEITARIAM SOB A FORMA DE BENÇÃO CELESTES! HIPOCRISIA TANTO DO ÍMPIO QUE DESSE MODO DESONRAVA A DIVINDADE, QUANTO DO SACERDÓCIO INDIGNO, QUE TOLERAVA E ANIMAVA SEMELHANTES PROFANAÇÕES. Não houve apologia à falta de higiene: O Mestre combatia um exagero com outro exagero, o do Bem contra o Mal. E o exemplo, escolhido por Jesus, tinha por objetivo induzir os escribas e os fariseus a refletirem sobre o que chamavam A TRADIÇÃO DOS ANTIGOS E REJEITAREM TUDO O QUE ESSA TRADIÇÃO ENCERRAVA DE CONTRÁRIO À LEI DIVINA TAL QUAL O SENHOR A REVELARA POR INTERMÉDIO DE MOISÉS E DOS PROFETAS. 
"A FÉ E A AÇÃO MAGNÉTICA"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur


P – Um episódio que motiva controvérsias é o da cura dos enfermos que tocavam as vestes de Jesus. Como a explica o Espírito da Verdade?
R – Vamos reler Mateus XIV: 34-36 e Marcos, VII 53-56.
MATEUS: 34 – Tendo atravessado o lago, vieram eles à terra de Genesaré, 35 – e, reconhecendo-os, os do lugar espalharam a notícia por todo o país e lhe apresentaram todos os doentes; 36 – e lhe pediam que os deixasse, apenas tocar na fímbria de suas vestes. E ficaram sãos todos aqueles que as tocaram.
MARCOS: 53 – Tendo atravessado o lago, vieram à terra de Genesaré, onde aportaram. 54 – Assim que desembarcaram, os habitantes do lugar reconheceram Jesus. 55 – Transmitiram a notícia a todo o país e começaram a trazer, de todos os lados, os doentes em seus leitos, para onde quer que o ouviam dizer que ele estava. 56 – Em qualquer lugar que entrasse – burgo, aldeia ou cidade – punham os enfermos nas praças públicas e pediam lhes fosse permitido tocar somente a fímbria de sua capa; e todos os que tocavam nela ficavam imediatamente curados.

Já vos explicamos O PODER MAGNÉTICO DE QUE JESUS DISPUNHA. O tocar-lhe nas vestes – fato que, devido à ignorância das causas e dos efeitos, os homens tinham por “milagroso” – não passava de UM MEIO MATERIAL, QUE LHES ERA INDISPENSÁVEL. A cura se operava pela ação daquele que exercia poder soberano sobre os elementos etéreos. Era, portanto, resultado da união desse poder com a fé que os curados possuíam. Entendei: os doentes se curavam NÃO POR TEREM TOCADO NA FÍMBRIA DA CAPA OU DAS VESTES DE JESUS, MAS PELA AÇÃO DA SUA VONTADE PODEROSA, SOLICITADA PELA FÉ INABALÁVEL DOS ENFERMOS QUE TOCAVAM O MESTRE. A cura era feita, como dissemos pela ação magnética exercida por Jesus; pela emissão que ele fazia – sob o influxo desta ação – dos fluidos apropriados a cada espécie de doença, os quais eram dirigidos para o organismo do enfermo. Com o mesmo critério deveis entender as curas operadas por “lenços e panos” e até pela “sombra” dos Apóstolos, das quais vos falaremos quando chegar a hora: TUDO É MAGNETISMO, COMPLETADO PELA FÉ, SEM A QUAL É IMPOSSÍVEL AGRADAR A DEUS.
                                                



"CORAÇÕES CEGOS"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur

P – Diz o Evangelista: “O espanto de que ficaram tomados os discípulos, quando viram Jesus caminhando sobre as águas, mais ainda cresceu quando cessou o vento, logo que ele entrara na barca; pois não tinham compreendido a multiplicação dos pães e dos peixes porque seus corações estavam cegos”. Qual o significado real dessas palavras, segundo o Espírito da Verdade?
R – Estas palavras “porque seus corações estavam cegos” significam: PORQUE NÃO PROCURAVAM COMPREENDER. Seus olhos espirituais ainda estavam velados. Para os discípulos, a multiplicação dos pães e dos peixes se produzira a bem dizer, por si mesma, pois OS PÃES E OS PEIXES, QUE JESUS PARTIA, PARECIAM RENOVAR-SE INCESSANTEMENTE, NAS SUAS PRÓPRIAS MÃOS, DO MESMO MODO QUE NOS CESTOS OS PEDAÇOS SE MULTIPLICAVAM SEM ELES PODEREM VER POR QUE MEIOS, E SEM MESMO PROCURAREM INTEIRAR-SE DO FATO! Na verdade, não vos acontece, algumas vezes, serdes testemunhas de acontecimentos que, na aparência, se produzem com derrogação das leis comuns à humanidade, observá-los sem os compreenderdes e sem, sequer, fazerdes o menor esforço por consegui-lo? O fato de Jesus caminhar por sobre as águas e a tentativa de Pedro, para fazer o mesmo, IMPRESSIONARAM MAIS OS DISCÍPULOS QUE A MULTIPLICAÇÃO DOS PEIXES E DOS PÃES, porque – para o entendimento humano deles – o primeiro fato surpreendia mais, por isso que MAIS PERCEPTÍVEL LHES ERA A IMPOSSIBILIDADE DE QUALQUER CRIATURA TRANSFORMAR A SUPERFÍCIE MÓVEL DO MAR EM TERRENO CAPAZ DE LHE RESISTIR AO PESO. Concorrendo cada um daqueles fatos reciprocamente, para avivar a impressão do outro ambos contribuíram para que seus olhos se desvendassem; e eles acabaram por compreender os dois acontecimentos que num dia só, presenciaram. E os compreenderam NÃO PORQUE TIVESSEM ADQUIRIDO O CONHECIMENTO DE SUAS ORIGENS E CAUSAS, E DOS MEIOS PELOS QUAIS SE PRODUZIRAM, POIS SÓ A NOVA REVELAÇÃO ESTAVA RESERVADO DAR ESSE CONHECIMENTO AOS HOMENS, MAS PORQUE “APRENDERAM” QUE TAIS FATOS DENUNCIAVAM A AÇÃO DE UMA POTÊNCIA TÃO SUPERIOR AO HOMEM QUE SÓ MESMO DEUS OS PODIA PRODUZIR. DAÍ ACHAREM QUE FORAM “MILAGRES” OPERADOS PELA PRÓPRIA DIVINDADE ONIPOTENTE. Portanto, não foi por não terem compreendido o fato material da multiplicação que os discípulos se encheram de espanto, vendo Jesus caminhar sobre as ondas: foi porque na ocasião, não encararam aquele fato como obra do próprio Deus como posteriormente o consideraram. Se assim o tivessem considerado logo que se deu, não se teriam admirado do outro: O PRIMEIRO “MILAGRE” OS TERIA FEITO COMPREENDER DO MESMO MODO O SEGUNDO.



"JESUS NÃO É DEUS"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur

P – Lemos no capítulo em exame: “Então os que estavam na barca se aproximaram dele e o adoraram dizendo: – És, verdadeiramente, o Filho de Deus”. Como devemos entender tais palavras nos ensinos do Espírito da Verdade?
R – Para o homem fatos que tanto o surpreendiam SÓ PODIAM PROVIR DO PRÓPRIO DEUS. Ora, sendo Jesus quem servia de intermediário para a produção dos fatos “milagrosos”, o cognome que ele a si mesmo dava de Filho de Deus lhe valeu imediatamente, aos olhos dos homens, o cunho da Divindade. Sem atinarem com o sentido genérico das palavras MEU PAI, que ele frequentemente empregava, falando do Criador Universal, os homens lhes deram de pronto o sentido restrito, e assim o consideraram COMO TENDO SIDO GERADO PELO PRÓPRIO DEUS: SENDO, PORTANTO, UMA PERSONIFICAÇÃO DA DIVINDADE ONIPOTENTE. Em, consequência, eles o adoraram, o que deu causa ao erro – que tão profundamente se arraigou – segundo o qual Deus, querendo salvar a Humanidade e resgatar-lhe as faltas, se oferecera a si mesmo em HOLOCAUSTO DE PROPICIAÇÃO. Aliás, não foi um mal que tal erro se houvesse generalizado, pois serviu àquela época e PREPAROU O FUTURO RESERVADO A NOVA REVELAÇÃO DO PARÁCLITO. O homem, sempre orgulhoso do seu valor pessoal julgou-se tão importante aos olhos do Criador QUE ENTENDEU SÓ PODEREM SUAS FALTAS SER RESGATADAS COM O SACRIFÍCIO DO ONIPOTENTE EM PESSOA, NA CONDIÇÃO HUMANA! Só mesmo Deus, isto é, somente Aquele que, por efeito exclusivo de sua vontade, segundo o modo de ver do próprio homem precipitaria, se o quisesse, no completo caos todos os mundos disseminados pelo Infinito, poderia operar resgate tão precioso, MEDIANTE UM SACRIFÍCIO IMOLANDO-SE A SI MESMO, REBAIXANDO-SE, PORTANTO, AO NÍVEL DAS SUAS INDIGNAS CRIATURAS! SÓ ASSIM, SEM DÚVIDA, A VÍTIMA IMOLADA SERIA DIGNA DAQUELES CUJO RESGATE REPRESENTARIA O PREÇO DA IMOLAÇÃO! Orgulho, delirante orgulho do homem que sempre se considerou “o rei da criação”, quando não é mais que um miserável inseto que passa despercebido, por assim dizer, como insignificante mosquito que voa num raio de sol! Felizmente, a Nova Revelação, rompendo o véu da letra e todas as suas superstições, que ocultavam à Humanidade a Luz e a Verdade vem na hora certa, predeterminada pelo Senhor quando as inteligências se desenvolveram e o progresso espiritual se realizou DAR-VOS A CONHECER QUEM É O FILHO E QUEM É O PAI RESTAURANDO O ENSINO DO PRÓPRIO CRISTO QUE SEMPRE DEIXOU BEM CLARO PARA TODOS OS SÉCULOS: JESUS É O FILHO, COMO TODOS VÓS QUE “SEREIS DEUSES” E DEUS É O PAI ETERNO!




"JESUS E PEDRO CAMINHAM SOBRE AS ÁGUAS"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur

P – Todos estão ansiosos por ver explicada a passagem do Evangelho em que Jesus e Pedro caminham por sobre o mar. Como a interpreta, pelo CEU da LBV, o Espírito da Verdade?
R – Vamos harmonizar Mateus XIV: 23-33 e Marcos, VI 46-52.
MATEUS: 23 – Tendo despedido a multidão, Jesus subiu a um monte, para falar com Deus. Ao cair da noite, lá se achava ele só. 24 – Entretanto, a barca era impelida de um lado para outro pelas ondas, no meio do mar, pois o vento era contrário. 25 – Mas, na quarta vigília da noite, Jesus veio ter com eles, caminhando por sobre o mar. 26 – Ao vê-lo andando sobre as águas, eles se turbaram e diziam: “É um fantasma!” E, apavorados, se puseram a gritar. 27 – Logo, porém, Jesus lhes falou assim: “Tende confiança! Sou eu! Não temais!” 28 – Pedro lhe respondeu: “Senhor, se és tu mesmo, ordena que eu vá ao teu encontro caminhando sobre as águas!” 29 – E Jesus lhe disse: “Vem!” E Pedro, descendo da barca, andou sobre as águas em direção a Jesus. 30 – Mas, vendo que o vento estava forte, teve medo, e, como principiasse a submergir bradou: “Salva-me, Senhor!” 31 - Ato contínuo, Jesus estendendo-lhe a mão o segurou e lhe disse: “Por que duvidaste, homem sem fé?” 32 – Assim que subiram, para a barca, o vento cessou. 33 – Então os que estavam na barca se aproximaram dele e o adoraram, dizendo: És, verdadeiramente, o Filho de Deus!
MARCOS: 46 – Depois de haver despedido o povo, Jesus subiu a um monte, para orar. 47 – Ao cair da noite, a barca estava no meio do mar, e Jesus estava sozinho em terra. 48 – Vendo que seus discípulos tinham grande dificuldade em remar, por lhes ser contrário o vento, Jesus, por volta da quarta vigília da noite, veio ter com eles, caminhando sobre o mar, pois queria passar-lhes adiante. 49 – Eles, porém, desde que o viram caminhando sobre o mar, supuseram ser um fantasma e começaram a gritar. 50 – pois todos o viram e ficaram apavorados. Ele logo lhes falou, dizendo: “Acalmai-vos! Sou eu! Não tenhais medo!” 51 – Subiu para a barca onde eles estavam e o vento cessou, e eles ficaram ainda mais espantados, 52 – visto que não tinham compreendido a multiplicação dos pães e peixes é que seus corações estavam cegos.
Facilmente deveis compreender o fato de Jesus andar sobre as águas. Do mesmo modo que o Espírito pode atravessar os ares, podia o Mestre – unicamente pela ação da sua vontade - PRIVAR O SEU PERISPÍRITO TANGÍVEL DO CUNHO HUMANO QUE LHE IMPRIMIRA E DAR-LHE AS CONDIÇÕES ETÉREAS DAS FORMAS ESPIRITUAIS. No momento em que, caminhando por sobre o mar, veio ter com seus discípulos, Jesus se colocara nas condições perispiríticas das aparições. Seu corpo perispiritual, conservando a aparência do corpo humano, a visibilidade e a tangibilidade, era – quando deu a mão a Pedro – MAIS LEVE DO QUE A ÁGUA, TENDO-SE EM VISTA O PESO ESPECÍFICO DA ONDA DO MAR. Seus discípulos, como diz o Evangelista, julgaram tratar-se de um fantasma, quando o viram caminhando sobre as ondas. Ficaram sem saber se o que viam era, mesmo o Cristo ou uma simples aparição. É que nessa ocasião, como dissemos, Jesus se colocara, NAS CONDIÇÕES PERISPIRÍTICAS DAS APARIÇÕES, QUE ALGUNS DELES JÁ TINHAM PODIDO OBSERVAR. É QUE, EM TODOS OS TEMPOS O MUNDO INVISÍVEL ESTEVE SEMPRE EM COMUNICAÇÃO COM A HUMANIDADE TERRESTRE. Suas manifestações, que os homens não compreendiam por lhes desconhecerem as causas, passavam – mesmo no tempo do Mestre – por ser ou: fantasias da imaginação ou obra dos Espíritos maus; ou, ainda, uma graça especial, que Deus se dignava de conceder a esta ou àquela das suas criaturas na Terra. Entre os idólatras, vós o sabeis muito bem, essas aparições deram causa à multiplicação dos deuses e deusas DOS QUAIS FOI VÍTIMA A CREDULIDADE DO POVO, EXPLORADA PELA AMBIÇÃO OU PELA CUPIDEZ. Os judeus, como os outros povos, tinham, nas suas famílias, médiuns videntes que, às vezes, observavam a aparição de um amigo, de um parente e, mesmo, de alguns de seus patriarcas e profetas, pois – não o ignorais – OS ESPÍRITOS PODEM REVESTIR TODAS AS FORMAS. Daí o fato de não ter o Apóstolo Pedro – que era médium audiente e vidente muito adiantado, muito desenvolvido, e também médium de efeitos físicos – podido reconhecer o Mestre, tomando-o por um fantasma. Ele via em Jesus apenas a aparência inconsistente das aparições que já tinha observado. Só quando o Cristo o segurou pela mão, verificou que era realmente Jesus, pois AINDA NÃO TIVERA ENSEJO DE EXPERIMENTAR A TANGIBILIDADE DAS APARIÇÕES. Estando Pedro decidido, pela sua fé, a obedecer a Jesus, ordenou este mentalmente, aos Espíritos que o cercavam – prepostos ao efeito de sustentarem o Apóstolo sobre as ondas – que o sustentassem: assim, pôde ele, também, caminhar sobre as águas. Foi, ainda, obedecendo a uma ordem mental do Mestre, que os mesmos Espíritos deixaram que ele submergisse um pouco. NO MOMENTO EM QUE LHE VOLTAVA A DÚVIDA. Não era preciso que Jesus desse a mão a Pedro para que este, caminhando com ele sobre as águas, voltasse à barca: teria bastado o amparo dos Espíritos prepostos à sustentação do Apóstolo. O Cristo, porém, querendo demonstrar a Pedro que era mesmo, o seu Mestre (que ali se achava e o sustentava com o seu poder), lhe estendeu a mão. De fato, assim era, porque – se Jesus não o houvesse ordenado – os Espíritos não teriam ajudado o Apóstolo a manter-se em equilíbrio, caminhando pela superfície do mar. Como dissemos, Pedro era (para nos servirmos de uma expressão consagrada) médium de efeitos físicos, da mais alta categoria. Assim, foi com o auxílio dos fluidos nele existentes que os Espíritos prepostos conseguiram sustentá-lo, de modo a poder caminhar sobre as ondas FOI, TAMBÉM, GRAÇAS A ESSA MEDIUNIDADE QUE ELE CONSEGUIU (AUXILIADO PELOS ESPÍRITOS PREPOSTOS A REALIZAÇÃO DESSE OUTRO FATO) LIBERTAR-SE DAS CORRENTES COM QUE O ATARAM NA PRISÃO (ATOS DOS APÓSTOLOS, XII: 6-7). E QUE DE OUTRO MODO NÃO TERIA EXPLICAÇÃO.  Mas, mesmo, que o Apóstolo não fosse médium de efeitos físicos, nem por isso deixaria de ser sustentado pelos Espíritos prepostos e de caminhar, com o auxílio deles, sobre as águas do mar, JÁ QUE O MESTRE O QUERIA. Desde que essa era a vontade de Jesus, os Espíritos reuniriam em torno de Pedro os fluidos, de que necessitavam para sustentá-lo: o fato se produziria exatamente como se deu. Logo que Jesus e Pedro entraram na barca, cessou a ventania. CESSOU PORQUE ASSIM O ORDENOU JESUS MENTALMENTE AOS ESPÍRITOS PREPOSTOS AO GOVERNO DOS VENTOS E DAS ÁGUAS, COMO ACONTECEU COM RELAÇÃO À TEMPESTADE QUE SE DESENCADEOU NO MAR E QUE POR ORDEM DO CRISTO, CESSOU IMEDIATAMENTE FAZENDO-SE GRANDE BONANÇA. Pois, sempre que, tenhais merecimento, o Mestre aplacará todas as tempestades que ameaçarem as vossas vidas por causa da pregação e da EXEMPLIFICAÇÃO DO NOVO MANDAMENTO DE JESUS!


"PRODUTOS, CESTOS E PEDAÇOS"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur

P – Os cinco mil não notaram qualquer diferença no gosto do pão e do peixe? E qual o destino que tiveram os cestos? Que aconteceu, ainda, com os pedaços de pão e peixe que sobraram? São perguntas que fazem os componentes do nosso Posto, com relação ao capítulo em pauta. Como as responde o Espírito da Verdade?
R – Os cinco mil receberam os produtos da multiplicação como se não tivesse havido multiplicação: era o gosto perfeito do pão e do peixe. E não existe, aí nada que vos deva espantar. Os sonâmbulos magnéticos não tomam a água, o vinho, ou qualquer alimento COMO SENDO O QUE SE LHES DIGA QUE SÃO? Não sabeis qual seja o poder da influência espiritual no homem? Como então, ignorar A INFLUÊNCIA DE JESUS E DA FALANGE INUMERÁVEL DE ESPÍRITOS QUE O RODEAVAM? Não tendes visto aparecerem, sem que ninguém saiba como, sob a forma de coisas materiais, próprias para a alimentação humana, PRODUTOS OBTIDOS COM O EMPREGO DE FLUIDOS PRODUTORES E QUE TEM PARA O HOMEM, O ASPECTO E O SABOR DOS PRODUTOS HUMANOS QUE REPRESENTAM? Dizem os Evangelistas que todos comeram e ficaram saciados e ainda levaram doze cestos, cheios dos pedaços que sobraram. Não dizem o que foi feito desses doze cestos, nem que os cinco pães e os dois peixes estivessem com os Apóstolos. Não dizem, ainda, se foram conservados os pedaços que sobraram. É que tudo isso pouco importa. Qualquer que tenham sido a quantidade dos peixes e dos pães, as pessoas que forneceram os cestos e o destino dado a estes e àquilo que continham, o fundamental é que O FATO PRODUZIDO POR JESUS REALMENTE SE VERIFICOU. Isto, sim, importa que todos saibam. Deveis compreender que, em multidão considerável como aquela, há sempre uma certa agitação. Terminada a distribuição dos pães e dos peixes, os Apóstolos deixaram no chão os cestos, de que se tinham servido para fazê-la, e foram tomar a barca, a fim de se transportarem à outra margem, onde – de acordo com a ordem recebida – esperariam o Mestre, que ficava assistindo à dispersão do povo. Mais preocupados com suas necessidades espirituais do que com as do corpo, que no momento se achavam satisfeitas, os Apóstolos não cuidaram de mais nada. A influência oculta, que sobre eles era exercida, lhes dirigia a atenção para aquilo que os pudesse impulsionar, sempre que se fazia preciso desviá-la de outros pontos. A ordem de Jesus – passarem, antes dele, para a outra margem – tinha por objetivo preparar um novo fato que se devia produzir. Na sua retirada desordenada e confusa, aquela grande massa de homens, mulheres e crianças, ia tropeçando nos cestos, alguns dos quais foram apanhados vazios, enquanto outros já ficavam esmagados, SEM QUE NINGUÉM SE PREOCUPASSE COM ELES NEM COM O SEU CONTEÚDO. Os fluidos componentes dos “produtos fluídicos” que, sob as formas de pedaços de pão e de postas de peixe, sobraram da distribuição, voltaram à fonte de onde tinham sido tirados, logo que – sob a ação dos Espíritos – desapareceu dos mesmos produtos a tangibilidade e tudo entrou de novo na ordem da humanidade terrena. TUDO FORA PREVISTO, PREPARADO PARA A EXECUÇÃO DAS OBRAS DO CRISTO ENTRE OS HOMENS. Notai, por último, que a narrativa evangélica, feita sob a influência mediúnica, tratando do fato que acabamos de apreciar, reproduz mais uma vez – como convinha que ocorresse sempre – AS IMPRESSÕES E CONCLUSÕES HUMANAS. Notai, ainda, que o Mestre, segundo decorre dessas impressões e conclusões, TEVE POR FIM, COMO SEMPRE, DESPERTAR E CHAMAR SOBRE SI A ATENÇÃO DE SEUS DISCÍPULOS E DA MULTIDÃO, DE TAL MODO QUE – ACREDITANDO TODOS (COMO ACREDITARAM) SER JESUS DE NATUREZA IGUAL A DOS OUTROS HOMENS – FICASSEM VIVAMENTE IMPRESSIONADOS POR SEUS ATOS E PALAVRAS.




"O “MILAGRE” DA MULTIPLICAÇÃO DE PÃES E PEIXES"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur

P – Foi excelente a explicação dada, mas há um ponto que merece destaque maior: o fato de ser considerada, “milagre” a multiplicação dos pães e dos peixes. Como interpreta o caso o Espírito da Verdade, pelo CEU da LBV?
R – Para os Apóstolos, os discípulos e a multidão, foi com os pedaços em que Jesus dividiu os cinco pães e os dois peixes (pedaços que – multiplicados “ao infinito” – ele entregou aos Apóstolos e estes distribuíram pelo povo) que todos se saciaram dando ainda para encher doze cestos, depois de estarem todos satisfeitos. Foi isso o que todos viram; esse o fato que se passara à vista de todos; o fato de que todos eram testemunhas e do qual todos haviam participado, desde que comeram os pedaços dos cinco pães e dois peixes, partidos pelas mãos de Jesus e distribuídos pelos discípulos. FOI ISSO O QUE TODOS VIRAM, SOMENTE ISSO O QUE PODIAM ATESTAR, E ATESTARAM. Por lhes ser incompreensível e inexplicável, dada a ignorância de todos (dos Apóstolos, dos discípulos e da multidão) relativamente a origem, às causas e aos meios ocultos que o produziram. O FATO DA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES E DOS PEIXES FOI POR TODOS CONSIDERADO UM “MILAGRE”. Foi e ainda o é pelos que se conservam estranhos à Nova Revelação. Alguns homens de coração simples e espírito humilde, acreditaram na sua autenticidade sem o compreenderem, firmados no testemunho dos Apóstolos, dos discípulos e da multidão, e na fé que lhes inspira a narração evangélica. Os outros ou fingiram acreditar, por não ousarem negá-lo, ou o negaram e rejeitaram abertamente, encastelados na sua orgulhosa ignorância, pela simples razão de não o poderem compreender e não saberem explicá-lo. E sem a presença da ciência espírita, que vos veio mostrar a origem, as causas e os meios ocultos por que se operou a multiplicação dos pães e dos peixes, fato não seria um “milagre” mesmo para vós? Porventura vedes o que a todo momento se passa em torno de vós no mundo espiritual? Sem a Nova Revelação, ninguém saberia que aquela multiplicação se produziu pela ação espiritual e pelo emprego de fluidos, UMA VEZ QUE A CIÊNCIA COMUM É IMPOTENTE PARA COMPROVÁ-LA, PORQUE NÃO VÊ, NÃO OBSERVA E NÃO DESCOBRE SENÃO COM OS OLHOS CARNAIS. Os Evangelistas que, como os Apóstolos os discípulos e a multidão, não podiam compreender o fato. POR IGNORAREM TAMBÉM A FONTE, AS CAUSAS E OS MEIOS QUE O PRODUZIRAM, SE LIMITARAM (E ASSIM DEVIA SER) A NARRÁ-LO DEBAIXO DA INFLUÊNCIA MEDIÚNICA. “Jesus – dizem eles – partiu com as mãos os cinco pães e os dois peixes, e os deu aos discípulos e estes os deram ao povo; todos comeram e ficaram saciados, e ainda levaram doze cestos cheios dos pedaços de pão e peixe que sobraram”. Estas últimas palavras indicam que Jesus partia os pães e os peixes e dava os pedaços aos discípulos, que os depositavam em cestos, onde os transportavam para distribuí-los pela multidão. Os cestos eram os que as mulheres do Oriente costumam trazer à cabeça e que servem para o transporte de frutas e legumes, assim, como para abrigá-las dos ardores do sol. E muitas mulheres havia na multidão. Antes que se iniciasse a multiplicação dos pães e dos peixes os discípulos – cumprindo as ordens do Mestre – haviam arrebanhado (e colocado junto dele) todos os cestos que as mulheres traziam. Eis aqui, agora, como se operou a multiplicação: tendo nas mãos os pães e os peixes, JESUS OS ENVOLVIA EM FLUIDOS APROPRIADOS A PRODUÇÃO DE TAIS ALIMENTOS (FLUIDOS PRODUTORES). Como deveis compreender, o Cristo – para multiplicá-los entre os seus dedos – atraía a si os fluidos próprios ao efeito desejado e os tornava visíveis, tangíveis, dando-lhes o aspecto, a forma e o sabor de pedaços de pão ou de peixe, pois JAMAIS OS CINCO PÃES E OS DOIS PEIXES TERIAM FORNECIDO PEDAÇOS, AINDA QUE DE TAMANHO MÍNIMO, NA QUANTIDADE QUE ERA NECESSÁRIA. Por esse meio, ia ele substituindo nos pães e nos peixes as porções que deles tirava. Assim, era que, com o auxílio dos fluidos produtores em que os envolvia, multiplicava os pães e os peixes e os pedaços em que os partia (pedaços que entregava aos discípulos e que estes colocavam nos cestos). No momento em que nos cestos eram depositados, sob a forma de pedaços de pão e de peixe, os produtos fluídicos obtidos por Jesus, LOGO A ELES SE JUNTAVAM OS QUE OS ESPÍRITOS POR SUA VEZ, TRAZIAM E QUE IMEDIATAMENTE SE TORNAVAM VISÍVEIS E TANGÍVEIS. Esses fornecimentos de pedaços de pão e de peixe os Espíritos os preparavam nas mesmas condições dos que Jesus entregava aos discípulos, com o auxílio dos fluídos produtores, e os depositavam invisíveis nos cestos vazios. À medida que os discípulos deitavam nestes os pedaços que recebiam do Mestre, os Espíritos tornavam visíveis e tangíveis os pedaços que ali já haviam depositado. Assim, de um lado Jesus e os Espíritos tiravam – indefinidamente – dos fluidos produtores que o Mestre atraía para junto de si, os elementos e os meios de multiplicação dos peixes e dos pães e, de outro lado, os discípulos tiravam dos cestos – indefinidamente – os pedaços de pão e peixe cuja provisão se renovava por si mesma, mas sempre mediante a intervenção dos Espíritos prepostos à produção de tal efeito, que se verificava à medida que os discípulos ali depositavam os pedaços que recebiam de Jesus. Foi por esse processo que, pela ação do Cristo e dos Espíritos Superiores que invisivelmente o cercavam, se operou a multiplicação dos cinco pães e dois peixes, e que OS PEDAÇOS PARTIDOS PELO MESTRE PARECIAM, ÀS VISTAS CARNAIS MULTIPLICAR-SE INFINITAMENTE NAS SUAS MÃOS E DELAS SAÍREM PARA OS CESTOS. Sabeis que o Espírito não deixa ver o objeto que ele transporta senão quando quer ser visto operando, caso em que torna visível o fluido que envolve o mesmo objeto e que serve para realizar o transporte. Mas, igualmente, sabeis que o Espírito, à sua vontade, pode tornar invisível aos olhos grosseiros do homem o objeto que transporta, só o fazendo visível quando e como quiser. Os fluídos que envolvem o objeto transportado não são visíveis, senão querendo o Espírito que o sejam. Fora disso o Espírito passa despercebido assim como o próprio objeto; que ele não submete à vista do homem senão quando julga oportuno o momento; SE JESUS O TIVESSE DESEJADO, TERIA FEITO SOZINHO A MULTIPLICAÇÃO. Mas, entendei, os meios empregados eram mais prontos e mais fáceis para a consecução do fim visado. Com efeito, não era mais fácil e mais pronto que os Espíritos depositassem invisíveis, nos cestos vazios, os produtos que eles mesmos preparavam e os fossem tornando visíveis à medida que os discípulos ali colocassem os produtos que recebiam do Mestre do que este fazer sair de suas mãos para as mãos deles tudo o que fosse preciso para encher os cestos? Os produtos da multiplicação, tendo recebido as formas de pedaços de pão e de postas de peixe, como tais foram comidos pelos cinco mil. E TODOS FICARAM SACIADOS E AINDA LEVARAM DOZE CESTOS CHEIOS DOS PEDAÇOS QUE SOBRARAM.



"MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES E DOS PEIXES"

Espírito da Verdade - Alziro Zarur
P – Um dos fatos do Evangelho que mais empolgam os frequentadores do nosso Posto é o da multiplicação dos cinco pães e dois peixes. Como o interpreta, pelo CEU da LBV, o Espírito da Verdade?
R – Harmonizemos Mateus, XIV: 13-22, Marcos VI: 30-45 e Lucas, IX: 10-17.
MATEUS: 13 - Ouvindo a narrativa que lhe fizeram os discípulos de João, Jesus partiu numa barca e se retirou, secretamente, para um lugar deserto. Ao saber disso, o povo deixou as cidades e o foi seguindo a pé. 14 – Quando ele saltou em terra, viu grande multidão e, compadecendo-se dela, curou os doentes. 15 – Como caísse à tarde, os discípulos se aproximaram e lhe disseram: “Este lugar é deserto e a hora vai adiantada: manda-os embora, a fim de que possam comprar o que comer, nas aldeias”. 16 – Jesus, porém, lhes disse: “Não é preciso que eles se afastem daqui; dai-lhes vós mesmos de comer”. 17 – Os discípulos replicaram: “Só temos cinco pães e dois peixes”. 18 – Jesus ordenou: “Trazei-nos aqui”. 19 – Em seguida, mandou que a multidão sentasse na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, olhando para o céu, os abençoou, e os partiu, e os deu aos discípulos, que os passaram ao povo. 20 – Todos comeram ficaram saciados e ainda levaram doze cestos cheios de pedaços que sobraram. 21 – Ora, os que comeram eram em número de cinco mil, sem contar as mulheres e as crianças. 22 – Feito isso, ordenou Jesus aos discípulos que tomassem a barca e passassem para a outra margem do lago antes dele, que ficou despedindo a multidão.
MARCOS:  30 – Ora, os apóstolos, reunindo-se em torno de Jesus, lhe deram conta de tudo o que haviam feito e ensinado. 31 – E ele lhes disse: “Vinde, retiremo-nos para um lugar deserto, a fim de aí repousardes um pouco. É que eram tantos os que iam e vinham, que eles nem tinham tempo para comer. 32 – Entrando, pois, numa barca, se retiraram para um lugar deserto. 33 – Mas, tendo-os visto partir, e muitos tendo sido informados da partida, grande multidão acorreu a pé, de todas as cidades, e chegou antes deles. 34 – Ao saltar da barca, vendo Jesus a multidão, teve compaixão dela, pois era como rebanho sem pastor, e começou a ensinar-lhes muitas coisas. 35 -  E como já se fizesse tarde, os discípulos se aproximaram dele e lhe disseram: “Este lugar é deserto e a hora já vai adiantada; 36 – despede-os a fim de que vão aos povoados e cidades dos arredores para comprar o que comer”. 37 – Respondendo, Jesus disse: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Eles replicaram: “Onde iremos comprar, por duzentos denários, pães que bastem, para lhes darmos de comer? 38 -  Jesus perguntou: “Quantos pães tendes vós? Ide e Vede”. Depois de o verificarem eles disseram: “Cinco pães e dois peixes”. 29 – Jesus, então, lhes ordenou que fizessem o povo sentar-se, em ranchos, na relva. 40 – Sentaram-se todos, formando diversos ranchos, uns de cem pessoas, outros de cinquenta. 41 – E Jesus, tomando os cinco pães e os dois peixes e olhando para o céu, abençoou e partiu os pães, e os entregou aos discípulos, para que os pusessem diante do povo; assim também, repartiu os dois peixes com todos. 42 - Todos comeram e ficaram fartos. 43 -  E ainda levaram doze cestos com os pedaços de pão e peixe que haviam sobrado 44 – apesar de serem cinco mil os que comeram. 45 – Em seguida, Jesus mandou que os discípulos entrassem de novo na barca e passassem para a outra margem do lago em direção a Betsaida, enquanto ele ficava despedindo a multidão.
LUCAS: 10 – De volta, os apóstolos relataram a Jesus tudo o que haviam feito. E, Jesus levando-os consigo se retirou para um lugar deserto, próximo a Betsaida. 11 – Informadas disso, as turbas o seguiram, e Jesus, recebendo-as, entrou a lhes falar do reino de Deus e a curar os enfermos. 12 – Ora, como estava o dia a declinar, os doze vieram e lhe disseram: “Manda embora essa gente, a fim de que vá procurar alojamento e algo para comer nas granjas e aldeias dos arredores, pois estamos num lugar deserto. 13 – Mas Jesus lhes disse: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Ao que eles replicaram: “Só se formos nós mesmos comprar comida para esse povo pois não temos mais que cinco pães e dois peixes”. 14 – Eram cerca de cinco mil pessoas. Disse, então, Jesus aos discípulos: “fazei-os sentar em grupos de cinquenta”. 15 – Os discípulos obedeceram e fizeram que todos sentassem. 16 – Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu e abençoou-os, parti-os e entregou aos discípulos, para que os distribuíssem pela multidão. 17 – Todos comeram, ficaram saciados e ainda encheram doze cestos com os pedaços que tinham sobrado.

Já vos temos falado da força de que dispunha o Cristo, por efeito da sua potencialidade superior, PARA ATRAIR OS FLUIDOS DE QUE PRECISAVA. QUEM, ABAIXO DE DEUS, CONHECE TÃO PROFUNDAMENTE A LEI DOS FLUIDOS? Pela ação da sua vontade poderosa sobre os Espíritos que lhes obedeciam pressurosamente, conseguiu ele, mediante transportamentos e o emprego dos fluidos, multiplicar ao infinito (como dizeis) a pequena quantidade de alimentos que os discípulos tinham à sua disposição. Preparados com os fluidos próprios à sua produção, os quais lhes davam as necessárias propriedades nutrientes, aqueles alimentos satisfaziam as exigências da matéria. BASTANDO UMA DIMINUTA PORÇÃO DELES PARA SACIAR A MAIS DEVORADORA DAS FOMES. Para que a multidão ficasse saciada, não bastaria que Jesus o quisesse? Sem dúvida! E para isso não lhe seria preciso mais do que reunir em torno dela os fluidos convenientes os quais SENDO ASPIRADOS FARIAM CESSAR QUAISQUER EXIGÊNCIAS DO ESTÔMAGO. Entretanto, era mister que, diante daqueles observadores materiais, SE PRODUZISSE UM EFEITO FÍSICO. Compreendei, irmãos, bem-amados de todo o mundo e principalmente vós, senhores das ciências humanas: A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES E DOS PEIXES CAUSOU IMPRESSÃO MUITO MAIOR DO QUE TERIA CAUSADO A VONTADE DE JESUS ATUANDO NOS HOMENS!
"O BATISTA E A REENCARNAÇÃO"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur
P – As lições do Centro Espiritual Universalista estão sendo acompanhadas com o mais vivo interesse. Nas referências a João o Batista, e ao Mestre Jesus, nos Evangelhos Sinóticos, vemos que os judeus acreditavam na Lei da Reencarnação. Que diz a respeito, pelo CEU da LBV, o Espírito da Verdade?
R – Vamos harmonizar Mateus, XIV: 1-12, Marcos, VI: 14-29 e Lucas, III: 19-20 e IX: 7-9.
MATEUS: 1 – A esse tempo chegou aos ouvidos do tetrarca Herodes a fama de Jesus, 2 – e ele disse aos seus servos: “Esse é João, o próprio Batista que ressuscitou dentre os mortos; por isso é que, por seu intermédio, se fazem tantos milagres”. 3 – Herodes mandara prender João, pusera-o a ferros e o metera na prisão, por causa de Herodíades, mulher de seu irmão. 4 – É que o Batista lhe dizia: “Não te é permitido tê-la por mulher”. 5 – Herodes queria dar-lhe a morte, mas temia o povo, que considerava João um profeta. 6 – Entretanto, no dia do aniversário de Herodes, a filha de Herodíades dançou diante dele e muito lhe agradou. 7 – tanto que prometeu sob juramento dar-lhe tudo o que pedisse. 8 – Ela, de antemão instruída por sua mãe, disse: “Dá-me, aqui mesmo, num prato a cabeça de João Batista!” 9 – Esse pedido muito afligiu o rei que, todavia, por causa do juramento que fizera e dos que com ele estavam à mesa, ordenou que lhe dessem a cabeça de João. 10 – Ao mesmo tempo, ordenou que ao Batista cortassem a cabeça, na prisão. 11 – E a cabeça de João foi trazida num prato e dada à moça, que a levou à sua mãe. 12 – Os discípulos do Batista vieram, carregaram seu corpo, o sepultaram e foram comunicar tudo isso a Jesus.
MARCOS: 14 – Ora, o rei Herodes ouviu falar de Jesus, cuja fama se espalhara muito, e dizia: “João Batista ressuscitou dentre os mortos; daí vem que tantos milagres se operam por seu intermédio. 15 – Outros, porém, diziam: “É Elias!” E outros: “É um profeta, igual a qualquer dos profetas!” 16 – Ouvindo isso, disse Herodes: “Esse homem é João, a quem mandei cortar a cabeça e que ressuscitou dentre os mortos”. 17 – Herodes, tendo desposado Herodíades, não obstante ser ela a mulher de Felipe, irmão dele, mandara prender João, atando-o no cárcere, por causa dela. 18 – Pois João lhe dizia: ”Herodes, não te é lícito possuir a mulher de teu irmão!” 19 – Desde então, Herodíades sempre lhe armava ciladas, desejosa de fazê-lo morrer, o que não conseguia. 20 – visto que Herodes temia João, por saber que era um varão justo e santo, e o guardava com segurança. E, quando o ouvia, ficava perplexo, escutando-o atentamente. 21 -  Afinal, chegou um dia favorável, o do aniversário de Herodes, no qual este ofereceu um banquete aos grandes da sua corte, e aos tribunos e aos maiorais da Galiléia. 22 – A filha de Herodíades teve entrada, dançou diante de Herodes, e de tal modo lhe agradou, bem como a todos os que se achavam à mesa, que ele lhe disse: “Pede-me o que quiseres e eu te darei!”. 23 – E acrescentou, jurando: “Sim, o que me pedires eu te darei, ainda que seja a metade do meu reino!” 24 – Ela, quando saiu, perguntou à sua mãe Herodíades: “Que devo pedir?” 25 – Esta lhe respondeu: “A cabeça de João Batista!" 25 – Ela se deu pressa em voltar à sala onde estava o rei e fez o seu pedido, dizendo: “Quero que, neste mesmo instante, me dês num prato a cabeça de João Batista!” 26 – O rei se aborreceu com tal pedido; mas, por causa do juramento que fizera e dos que estavam com ele à mesa, não quis desatendê-lo. 27 – E, enviando logo o executor, mandou que lhe trouxessem a cabeça de João. Ele foi, e o decapitou no cárcere, 28 – e, trazendo a cabeça num prato, a entregou à jovem e esta, por sua vez à sua mãe Herodíades. 29 -  Sabendo do ocorrido, os discípulos de João vieram, levaram-lhe o corpo e o  puseram num sepulcro.
LUCAS, III: 19 – Herodes, o tetrarca, tendo ouvido de João uma censura por causa de Herodíades mulher de Felipe, irmão dele, e por causa de todos os males que fizera, 20 – juntou a todos os seus crimes o de lançar João no cárcere. IX: 7 – Herodes, tendo ouvido falar de tudo o que Jesus fazia não sabia o que pensar, pois uns diziam. 8 – que João ressuscitara dentre os mortos, outros que Elias voltara, enquanto ainda outros afirmavam que um dos velhos profetas havia ressuscitado.  9 – Herodes dizia: “mandei decapitar João Batista! Quem é, pois, esse de quem ouço tantas maravilhas?” E ardia por vê-lo.
Aquelas palavras “È ELIAS!” – "É JOÃO BATISTA, QUE RESSUSCITOU DENTRE OS MORTOS!” – "É ELIAS QUE VOLTOU!” – "É UM  DOS VELHOS PROFETAS QUE RESSUSCITOU!” ditas e repetidas como sendo o que a voz pública afirmava com relação a Jesus; estas outras, que o rumor popular levou Herodes a proferir, falando do Cristo: “Mandei decapitar João Batista! Quem é, pois, esse de quem ouço tantas maravilhas?” – "Esse homem é João, a quem mandei cortar a cabeça!” – “João ressuscitou dentre os mortos!”, confirmam a existência, entre os judeus (embora de modo ainda incompleto), da crença na Lei Universal da Reencarnação. Com efeito, os homens não poderiam considerar Jesus como sendo OU ELIAS OU JOÃO BATISTA OU UM DOS ANTIGOS PROFETAS, QUE VOLTARA A VIVER NA TERRA, SENÃO ADMITINDO QUE A ALMA OU ESPÍRITO, QUER DE ELIAS, QUER DE JOÃO, QUER DE UM DOS ANTIGOS PROFETAS, REENCARNARA NAQUELE NOVO CORPO QUE – COMO ENTÃO ACREDITAVAM – ERA OBRA HUMANA DE JOSÉ E MARIA, OS QUAIS COMO SABEIS, PASSAVAM POR SER O PAI E A MÃE DE JESUS. Não vos admireis, portanto, de todas aquelas insistentes palavras de Herodes, tetrarca, filho de Herodes chamado “O Grande”. Ele não ouviu falar de Jesus só uma vez; por conseguinte, não fez só uma observação relativamente ao Cristo. As palavras que Lucas registra foram as primeiras que, a tal respeito, Herodes pronunciou e que repetiu em diversas ocasiões. As que constam das narrativas de Mateus e de Marcos só mais tarde ele as disse e também repetiu em oportunidades diferentes. Quanto ao que se refere à morte de João e às particularidades dessa morte, nenhuma explicação, precisamos dar: é uma simples narração de fatos. Notais, apenas, que os Evangelhos segundo Mateus e Marcos se explicam e completam um pelo outro. A filha de Herodíades não podia de antemão, saber qual o efeito que sua dança produziria no rei, nem que este lhe faria um oferecimento. Portanto, só depois que ouviu a promessa do tetrarca, foi consultar sua mãe Herodíades para dizer a Herodes: "DÁ-ME AQUI, NESTE MOMENTO, A CABEÇA DE JOÃO BATISTA NUM PRATO!” É que fora previamente instruída. Ela havia saído e, depois de contar à mãe não só o efeito que a dança produzira no rei mas, também, o oferecimento que este lhe fizera, lhe perguntou: “Que devo pedir?" E Herodíades prontamente respondeu: “A cabeça de João Batista num prato, neste mesmo instante!" Esta explicação nós damos para dissipar a dúvida em vosso Espírito, que julgava estar diante de uma “contradição” entre os dois Evangelhos citados. MAS, COMO JÁ VOS ALERTAMOS. NÃO VOS DETENHAIS, NUNCA, ANTE TAIS FUTILIDADES, DESTITUÍDAS DE QUALQUER VALOR! Na verdade, que importaria que Herodíades tivesse dito a filha, antes ou depois da dança, antes ou depois do oferecimento do tetrarca que pedisse a cabeça do Batista? Entendei: HERODÍADES E SUA FILHA HAVIAM ESCOLHIDO TOMANDO CADA UMA A SUA PARTE AQUELA TEMÍVEL PROVA E O MEIO EM QUE DEVIAM SUPORTÁ-LA. Sendo essa prova superior as suas forças, tinham ambas, por isso mesmo, de sucumbir, e sucumbiram. Tendes alguma dificuldade em compreender, que Deus conheça, antecipadamente, quais os que sucumbirão? Pois assim é: sua Infinita Sabedoria, conhecendo a fraqueza do Espírito, prevê a que transviamentos este será levado, no uso do seu livre arbítrio. Se um dos vossos filhos vos pedir consentimento para desempenhar tarefa superior às suas forças, E SE OBSTINAR NO SEU INTENTO, NÃO PREVEREIS (AO CONCEDER A LIÇENÇA SOLICITADA) QUE A FORÇA E A PERSEVERANÇA LHE FALTARÃO? MAS, APESAR DISSO, CONDESCENDENDO, QUAL O VOSSO OBJETIVO SENÃO LHE DAR ENSEJO DE APRECIAR, COM JUSTEZA, O SEU VALOR REAL? Herodíades e sua filha depois daquelas provas a cujo peso faliram tinham de encontrar (e encontraram) na expiação, mediante novas provações, uma fonte e um meio de purificação e de progresso.




"NINGUÉM É PROFETA EM SUA TERRA"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur

P – Diz a sabedoria popular que santo de casa não faz milagre. Lembramo-nos, então, das palavras de Jesus: “Ninguém é profeta sem honra senão em sua própria terra e dentro de sua própria casa”. Como o Espírito da Verdade analisa essas palavras do Mestre?
R – Harmonizemos Mateus, XIII: 53-58 e Marcos, VI: 1-6.
MATEUS: 53 – Tendo acabado de dizer  essas parábolas, Jesus partiu dali; 54 – e, voltando ao seu país os instruía nas sinagogas de tal modo que, tomados de admiração, eles diziam: “De onde lhe vêm esta sabedoria e estes milagres? 55 – Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não é Maria? Tiago, José, Simão e Judas não são seus irmãos? 56 – E suas irmãs não vivem todas entre nós? De onde, então, lhe vêm todas essas coisas?” 57 – Assim era que dele se escandalizavam. Jesus, porém, lhes disse: “Ninguém é profeta sem honra senão em sua terra e dentro de sua própria casa”. 58 – E lá não fez muitos milagres por causa da incredulidade deles.
MARCOS: 1 - Saindo dali, voltou Jesus a sua cidade, acompanhado pelos discípulos. 2 – E, chegando o dia de sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos dos que o ouviam, admirando-se da sua doutrina, diziam: “De onde lhe vieram todas essas coisas? Que sabedoria é essa que lhe foi dada? Como é que suas mãos operam tais maravilhas? 3 – Não é ele o carpinteiro filho de Maria e irmão de Tiago, de José, de Judas, e de Simão? E suas irmãs não estão aqui, entre nós?” E se escandalizavam dele. 4 – Entretanto, Jesus lhes disse: “Nenhum profeta é humilhado senão em seu país, na sua casa e entre os seus parentes”. 5 – E lá não pôde fazer nenhum milagre; apenas curou alguns poucos doentes, impondo-lhes as mãos. 6 – E se admirava da incredulidade deles. E continuava percorrendo as aldeias dos arredores, a ensinar.

Relativamente aos que eram tidos por irmãos e irmãs de Jesus; à maternidade humana da Virgem Maria, à paternidade humana de José – segundo o modo de ver dos homens – já dissemos tudo o que precisáveis saber. Já sabeis quem é o Filho, pela revelação que vos fizemos, da origem espiritual de Jesus, do modo e das condições em que se deu o seu aparecimento na Terra; do que foram a gravidez e o parto de Maria; da genealogia do Mestre. Não temos, pois, de voltar a esses pontos. Versículos 57 de Mateus e 4 de Marcos – Dizendo que ninguém é profeta sem honra senão em sua terra e dentro da sua própria casa, tinha Jesus o intento de lembrar, aos que o ouviam, O CARÁTER E A MISSÃO DE PROFETA QUE OS OUTROS HOMENS LHE DAVAM, pois aqueles – supondo-o um homem como os demais, nas mesmas condições de faculdades e de poderes que eles – se surpreendiam profundamente com a sabedoria da sua doutrina, com as suas palavras, com os seus ensinamentos e COM OS FATOS QUE PRODUZIA E QUE ERAM CONSIDERADOS MILAGRES. Do ponto de vista espiritual, essas palavras de Jesus encerram profunda reflexão filosófica, da mais alta categoria, e tendes verificado pessoalmente o seu valor. Mateus, 58 – “E lá não fez muitos milagres por causa da incredulidade deles”. Não sabeis que a oposição dos Espíritos, encarnados ou não, prejudica a boa influência que se possa exercer? Jesus se o quisesse teria dominado prontamente aquela influência contrária. Mas, que conseguiria ele? Que aqueles Espíritos, voluntariamente cegos, FOSSEM FORÇADOS A VER. ELES, PORÉM, SE OBSTINARIAM EM FECHAR OS OLHOS E, DESDE ENTÃO, PASSARIAM A MERECER CASTIGO MAIS SEVERO. Ora, o Mestre, com a infinita caridade do seu coração, jamais provocou a revolta de qualquer Espírito, a fim de lhe poupar o remorso da falta! Marcos, 5 – “E lá não pôde fazer nenhum milagre; apenas curou alguns poucos doentes, impondo-lhes as mãos”. Já dissemos que Jesus “não pôde fazer milagres PORQUE NÃO QUIS EXERCER SUA AUTORIDADE SOBRE OS ESPÍRITOS REBELDES. Portanto, não houve impotência, mas ausência de vontade, o que, aos olhos dos homens, era tido por impossibilidade. NÃO SUCEDE, MUITAS VEZES, EVITARDES FAZER UMA COISA OU FICARDES SEM PODER EXECUTÁ-LA, POR SE APRESENTAR UM OBSTÁCULO QUE NÃO QUEREIS DESTRUIR? A versão de Marcos é equivalente à de Mateus. Ambos, em termos que pouco diferem, exprimem a mesma coisa: Marcos 6 - “E Jesus se admirava da incredulidade deles”. É este um modo humano de exprimir a opinião de homens que não viam no Cristo mais que um homem igual aos outros. JESUS NÃO TINHA DE QUE SE ADMIRAR. NEM PODIA ADMIRAR-SE DA INCREDULIDADE DOS QUE O OUVIAM, PORQUE LIA O PENSAMENTO DE TODOS, OBSERVAVA OS INSTINTOS E AS TENDÊNCIAS DOS QUE COMPUNHAM A MULTIDÃO. ALÉM DISSO, VIA OS ESPÍRITOS QUE ATUAVAM NELES, GRAÇAS AO LIVRE ARBÍTRIO DE CADA UM, ATRAÍDOS POR AQUELES MAUS INSTINTOS E PAIXÕES INFERIORES: DO CONTRÁRIO, NÃO SERIA O CRISTO DE DEUS.
"PARÁBOLA DA REDE LANÇADA AO MAR"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur

P – Como estamos estudando as parábolas do Evangelho, queremos focalizar em nosso Posto Familiar a parábola da rede de pesca, principalmente na parte referente à separação dos peixes. Como a interpreta o Espírito da Verdade?
R – MATEUS XIII: 47-52.
47 – “O reino dos céus é semelhante a uma rede de pescar, a qual, lançada ao mar, apanha toda espécie de peixes. 48 – Quando fica cheia, os pescadores a puxam para bordo, onde, sentados, se põem a separá-los, deitando os bons nos vasos e lançando fora os maus. 49 – Assim será no fim do mundo: Os Anjos virão separar os maus do meio dos justos. 50 – e os lançarão na fornalha de fogo, onde haverá pranto e ranger de dentes.. 51 -  Compreendeis todas essas coisas?” Eles responderam: - Sim. 52 – Jesus, então lhes disse: “Todo escriba instruído acerca do reino dos céus se assemelha ao pai de família, que do seu tesouro tira coisas novas e coisas velhas”.
Não precisamos explicar-vos o símile da pesca: podeis facilmente compreender que se trata do afastamento dos maus e da escolha dos bons. Ele deve ser entendido e explicado, em tudo e por tudo, do mesmo modo por que o foi a parábola do joio. Podeis notar que muitas palavras têm o mesmo sentido. Foram ditas a homens diferentes muitas vezes em ocasiões diversas, mas sempre com o mesmo objetivo. “Compreendeis todas essas coisas?” – perguntou Jesus aos seus discípulos. E eles responderam: Sim. Eles haviam compreendido a parábola da pesca tal como lhes foi apresentada, isto é, COMO IMAGEM DA ESCOLHA QUE, POUCO A POUCO SE IRIA FAZENDO ENTRE OS ESPÍRITOS, A FIM DE QUE, NA HORA DETERMINADA, JÁ NÃO HOUVESSE MUITOS ESPÍRITOS REBELDES A AFASTAR. Disse-lhes, ainda, o Cristo: “Todo escriba instruído acerca do reino dos céus se assemelha ao Pai de família que do seu tesouro tira coisas novas e coisas velhas”. Por escriba designava Jesus o homem mais esclarecido do que as massas e encarregado de espalhar no meio delas as luzes provenientes do tesouro da sua erudição e da sua inteligência. Os escribas eram os sábios daquela época: espalhavam (ou, melhor, tinham o dever de espalhar) a luz! Mas, infelizmente, a colocavam debaixo do alqueire. “Tira do seu tesouro coisas novas e coisas velhas”. Aquele que se serve da Ciência, que recebeu dos tempos antigos, para fortificar e, por assim dizer, tornar recomendável aquilo que ele deseja ver acreditado. Assim, vós outros, modernos discípulos do Cristo, dentro dos limites da vossa instrução, das vossas faculdades, sempre em busca das Verdades Eternas, deveis investigar as crônicas antigas, esmiuçar as lendas dos povos, desencavar os velhos manuscritos – sepultados no fundo das bibliotecas seculares ou dos avaros conventos que os possuem – e, armados com os vetustos documentos que possuirdes, DEMONSTRAR AOS TÍMIDOS, AOS INCRÉDULOS, AOS PSEUDO SÁBIOS DO MUNDO PROFANO A ANCIANIDADE E A AUTENTICIDADE DA DOUTRINA QUE PROFESSAIS, SINTETIZADA NO NOVO MANDAMENTO DO SÁBIO DOS SÁBIOS – NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.


"TESOURO OCULTO E PÉROLA DE ALTO PREÇO"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur

P – Disse Jesus: “O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto num campo; o homem que o achou o esconde e cheio de alegria por tê-lo achado vai vender tudo o que possui e compra aquele campo”. Qual a explicação do Espírito da Verdade para Mateus XIII: 44?
R – Aquele que recebe a Palavra de Deus se sente tão feliz quanto o homem que acha um tesouro, se é que se pode estabelecer comparação entre sentimentos tão dessemelhantes. Cumpre-lhe encerrar no coração essa FONTE DE RIQUEZAS ETERNAS, esforçar-se para que nenhum dos vícios humanos lhe possa arrebatar o precioso tesouro! Vai o homem e vende tudo o que tem: quer isto dizer que ele se despoja dos erros, dos maus instintos dos maus pecadores, dos vícios escravizantes, em suma – DE TUDO O QUE PRENDE A MATÉRIA, como os bens terrenos o prendem ao solo que os encerra. E compra o campo; faz para conservar o tesouro espiritual, todos os sacrifícios que a Humanidade exija dele.

P – Disse ainda o Cristo: “O reino dos céus se assemelha a um negociante que compra belas pérolas; e, achando uma de alto preço, vende tudo o que tem para comprá-la”. Que explicação dá a esta passagem do Evangelho segundo MATEUS, XIII: 45-46, o Espírito da Verdade?
R – Esta parábola tem quase a mesma significação que a do tesouro oculto. Realmente ela traça a imagem do homem que sinceramente procura a Verdade e que, achando-a, recebendo-a em seu coração, se desembaraça, sem hesitar, de todos os seus erros, de todas as suas fraquezas, de todos os seus maus instintos, de todos os vícios e apetites materiais que, anteriormente, constituíam TODA A SUA RIQUEZA ILUSÓRIA E FUNESTA. Dela procura desfazer-se, com a maior diligência, empregando todos os esforços por conservar a pérola de alto preço, como o tesouro, é A VERDADE QUE ELE ENCONTROU AO ACEITAR A PALAVRA DE DEUS.



"PRANTO E RANGER DE DENTES"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur


P – Desejamos formular nossa última pergunta, relativa ao capítulo em exame. Prende-se aos versículos 41 e 42: “O Cristo enviará os seus Anjos; estes reunirão e levarão para fora do seu reino todos os que são causa de escândalo e queda, e os lançarão na fornalha de fogo, e ali haverá pranto e ranger de dentes”. Como o Espírito da Verdade interpreta essa passagem do Evangelho segundo Mateus?

R – No fim do mundo, nessa época em que se vai operar a depuração gradual do vosso planeta, mediante a separação do trigo e do joio, este ainda será queimado, como terá sido antes. ENTRETANTO, O JOIO NÃO PODERÁ MAIS CRESCER AO LADO DO TRIGO. Quer isto dizer: os “filhos da iniquidade” serão ainda, como o foram sempre, no passado, submetidos à expiação. MAS, DAÍ POR DIANTE, NÃO PODERÃO MAIS REENCARNAR NA TERRA. Os Anjos, que o Cristo enviará, os afastarão do vosso Planeta levando-os para mundos inferiores, onde os classificarão de acordo com as suas tendências e a sua culpabilidade. Assim, uns irão para orbes de categoria inferior à que, então, o vosso planeta ocupará; outros (e ainda serão muitos) irão para planetas da mesma categoria que a do vosso atualmente. Mas, antes que lhes seja permitido reencarnar nesses planetas, serão lançados na “fornalha de fogo”, onde haverá pranto e ranger de dentes, isto é, ENTRANDO EM EXPIAÇÃO, OS ESPÍRITOS CULPADOS, REBELDES, VOLUNTARIAMENTE CEGOS, SERÃO LANÇADOS AO FOGO DOS REMORSOS MORAIS, APROPRIADOS E PROPORCIONAIS AOS CRIMES E FALTAS QUE AGEM COMETIDO: VERDADEIRO FOGO DE PURIFICAÇÃO QUE GERA E DESENVOLVE O ARREPENDIMENTO E O DESEJO DA REPARAÇÃO POR MEIO DE NOVAS PROVAÇÕES. Lá, nesses mundos inferiores, longa e dolorosa expiação consumirá o joio, a planta má. Entretanto, o Espírito não é passível, como o joio, de ser, pelo fogo, reduzido a pó. Purificado pela ação do fogo regenerador, germina a boa semente que ele traz em si e das cinzas do joio brota messes de bom grão! O joio será queimado tantas vezes quantas forem necessárias, para que se torne bom grão, PARA QUE OS FILHOS DA INIQUIDADE SE TORNEM FILHOS DO REINO E ENTREM, A SEU TURNO, NA CLASSE DOS JUSTOS.  Já o dissemos e agora repetimos: quaisquer que sejam os versículos do Evangelho de Jesus, onde se leiam estas palavras – FORNALHA DE FOGO, GEENA, FOGO DA GEENA, PRANTO E RANGER DE DENTES – elas significam sempre a expiação do Espírito seguida de reencarnação, de novas reencarnações até que seja pago o último ceitil. Quanto ao versículo 43: “Então os justos brilharão como o sol no reino do Pai”. Estas palavras tem um sentido figurado: A LUZ QUE BRILHA NOS FILHOS DO SENHOR  É A DA VERDADE DA FÉ E DO AMOR. Os Filhos do Senhor são os justos, a saber: os Espíritos purificados, cujos perispíritos – por efeito da purificação – se tornaram mais luminosos, irradiando uma luz cuja pureza e cujo brilho correspondem ao grau da elevação alcançada. OS MUNDOS SUPERIORES FORMAM O REINO DE DEUS: O VOSSO PLANETA DESDE QUE ATINJA A NECESSÁRIA ELEVAÇÃO, LHES PERTENCERÁ AO NÚMERO CONSTITUINDO – SE QUEREIS UMA COMPARAÇÃO HUMANA -  UMA DAS PROVÍNCIAS DO REINO DE DEUS.
"OS CEIFEIROS DA PARÁBOLA"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur

P – Não temos palavras para exprimir nossa alegria, ante as ações do CEU DA LBV! Nesta parábola, de tanta grandeza espiritual, desejamos esclarecimentos sobre os ceifeiros de que fala Jesus, no versículo 39. Que nos diz, sobre este ponto, o Espírito da Verdade?

R – Os ceifeiros ou Anjos são indistintamente, todos os Espíritos do Senhor, encarnados em missão ou não encarnados que trabalham na obra do progresso da regeneração e da purificação da Humanidade terrestre. Facilmente se compreende que OS QUE TRABALHAM NESSA OBRA SEJAM INCUMBIDOS DA COLHEITA. Versículos 40, 41 e 42 – O reino do Filho do Homem e a Terra com sua Humanidade. Quando uma e outra houverem chegado ao período de depuração e de progresso, no qual os Espíritos inferiores culpados, rebeldes, voluntariamente cegos, serão afastados do vosso planeta e deportados para mundos inferiores, OS ANJOS REUNIRÃO E LEVARÃO PARA FORA DO REINO DE JESUS OS QUE SÃO CAUSA DE ESCÂNDALO E QUEDA: TODOS AQUELES QUE COMETEM INIQUIDADE. Os Anjos de que o Mestre fala serão os Espíritos Superiores e os Espíritos Puros, e não os encarnados em missão porquanto A SELEÇÃO E A CLASSIFICAÇÃO DOS ESPÍRITOS, QUE PERMANECEREM CULPADOS E REBELDES, SE FARÁ ESTANDO ELES NA ERRATICIDADE.  Não esqueçais que, revestidos da libré de carne que trazeis, todos os Espíritos são mais ou menos falíveis, embora se trate dos que na Terra se acham empenhados na obra de regeneração. Nenhum pois, por aquela só razão, tem o direito de julgar seus irmãos também encarnados, de dizer a qualquer deles: “TU ÉS CULPADO E EU SOU TEU JUIZ” ou “FALISTE E EU TE CONDENO OU TE ABSOLVO”. Um Espírito, por mais purificado que esteja, logo que toma a condição humana, lhe sofre a influência mais ou menos forte. Sendo, desde então, mais ou menos falível e lhe interdito julgar. Por tudo isso, OS ESPÍRITOS SUPERIORES E OS ESPÍRITOS PUROS SÃO OS QUE, LIVRES DE QUALQUER CONTATO HUMANO, VIRÃO SEPARAR DO TRIGO O JOIO QUE SERÁ LANÇADO AO FOGO.
"O FIM DO MUNDO"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur
P – Todos estão interessados em saber a significação do “fim do mundo”, que está no versículo 40 do capítulo em pauta. Como o explica o Espírito da Verdade no CEU da LBV?

R – O fim do mundo, predito por Jesus e que, na parábola, corresponde ao tempo da ceifa, não é o que as interpretações humanas figuraram. Não se trata de um fenômeno repentino, como o imaginaram erroneamente quantos acreditaram que, de um instante para outro, o mundo inteiro seria transformado e renovado. O FIM DO MUNDO ESTÁ SENDO PREPARADO HÁ MUITO TEMPO E, POUCO A POUCO, SE VAI OPERANDO. Avançais para a época em que, pela só influência da vossa presença entre eles, os Espíritos inferiores que encarnam na Terra serão repelidos e fugirão para outros meios que lhes sejam menos incômodos. OS ESPÍRITOS INFERIORES, COMO SABEIS, TEMEM A PRESENÇA DOS ESPÍRITOS ELEVADOS. Não é natural que o homem devasso e vil fique embaraçado, pouco à vontade, numa reunião de pessoas de escol das mais instruídas e virtuosas? E não é natural, também, que volte – assim que lhe seja permitido – para o meio de seus iguais? É o que se dará com os Espíritos inferiores; quando chegar o fim do mundo, isto é, QUANDO, POR SE HAVEREM ELEVADO AS VOSSAS NATUREZAS, MUDANDO DE ORDEM, SUBINDO NA HIERARQUIA ESPIRITUAL, TUDO MUDARÁ EM TORNO DE VÓS. O joio terá sido, então, lançado ao fogo da purificação e o bom grão refulgirá aos olhos do Pai Celestial. Nesse tempo em que o vosso progresso será bastante para repelir os Espíritos inferiores que vos cercam, entrareis no princípio da Vida Espiritual. Quer isto dizer que, tanto para o homem quanto para o planeta, a matéria será depurada, sem passar, contudo às condições de fluidos puros. Compreendei bem todas as fases, todos os graus que, de modo mais ou menos material, mais ou menos sutil, SEPARAM OS ESPÍRITOS ENCARNADOS NOS DIVERSOS MUNDOS QUE ELES OCUPAM. Chegando à primeira fase espiritual, a primeira separação da matéria espessa, entrareis numa categoria de Espíritos cujo INVÓLUCRO LEVE difere inteiramente do vosso invólucro atual, sem ser, todavia, completamente fluídico. Será uma vestimenta nova, que tereis de mudar ainda muitas vezes, antes de poderdes habitar MUNDOS FLUÍDICOS, o que acontecerá um dia, pois não deveis acreditar que, alcançando esse grau de adiantamento, estejais circunscrito ao planeta em que viveis. A Terra também terá progredido; mas, nessa ocasião, TODOS OS MUNDOS CUJA CATEGORIA CORRESPONDA A DOS VOSSOS ESPÍRITOS, VOS PODERÃO SERVIR DE MORADA: NÃO ESTAREIS ADSTRITOS A HABITAR ESTES DE PREFERÊNCIA AQUELES. O fim do mundo, compreendido como sendo a época da colheita, se apresenta dividido em três períodos distintos: o primeiro é aquele em que aos Espíritos inferiores foi e será “permitido” encarnar na Terra para – por sucessivas expiações e reencarnações – se purificarem, passarem de “filhos da iniquidade” que eram, a “filhos do reino”; o segundo é aquele em que o joio começará a ser separado do trigo, aquele em que os Espíritos que se mantiverem culpados, rebeldes, voluntariamente cegos, serão afastados do vosso planeta e deportados para mundos inferiores; o terceiro é aquele em que, concluída a separação do trigo e do joio, estará acabado o afastamento dos Espíritos inferiores; é portanto, aquele em que  A TERRA SE TERÁ TORNADO MORADA DE PAZ E DE FELICIDADE, DE BONS ESPÍRITOS JÁ APTOS A ENTRAR NA VIDA ESPIRITUAL, O QUE SE FARÁ COMO DISSEMOS, E A AVANÇAR, SOB A INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS DO SENHOR E DE ESPÍRITOS ENCARNADOS EM MISSÃO NA VIA DO PROGRESSO, PELA CARIDADE, PELA CIÊNCIA, PELO AMOR INFINITO DO NOVO MANDAMENTO DO CRISTO DE DEUS!