"O “MILAGRE” DA MULTIPLICAÇÃO DE PÃES E PEIXES"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur

P – Foi excelente a explicação dada, mas há um ponto que merece destaque maior: o fato de ser considerada, “milagre” a multiplicação dos pães e dos peixes. Como interpreta o caso o Espírito da Verdade, pelo CEU da LBV?
R – Para os Apóstolos, os discípulos e a multidão, foi com os pedaços em que Jesus dividiu os cinco pães e os dois peixes (pedaços que – multiplicados “ao infinito” – ele entregou aos Apóstolos e estes distribuíram pelo povo) que todos se saciaram dando ainda para encher doze cestos, depois de estarem todos satisfeitos. Foi isso o que todos viram; esse o fato que se passara à vista de todos; o fato de que todos eram testemunhas e do qual todos haviam participado, desde que comeram os pedaços dos cinco pães e dois peixes, partidos pelas mãos de Jesus e distribuídos pelos discípulos. FOI ISSO O QUE TODOS VIRAM, SOMENTE ISSO O QUE PODIAM ATESTAR, E ATESTARAM. Por lhes ser incompreensível e inexplicável, dada a ignorância de todos (dos Apóstolos, dos discípulos e da multidão) relativamente a origem, às causas e aos meios ocultos que o produziram. O FATO DA MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES E DOS PEIXES FOI POR TODOS CONSIDERADO UM “MILAGRE”. Foi e ainda o é pelos que se conservam estranhos à Nova Revelação. Alguns homens de coração simples e espírito humilde, acreditaram na sua autenticidade sem o compreenderem, firmados no testemunho dos Apóstolos, dos discípulos e da multidão, e na fé que lhes inspira a narração evangélica. Os outros ou fingiram acreditar, por não ousarem negá-lo, ou o negaram e rejeitaram abertamente, encastelados na sua orgulhosa ignorância, pela simples razão de não o poderem compreender e não saberem explicá-lo. E sem a presença da ciência espírita, que vos veio mostrar a origem, as causas e os meios ocultos por que se operou a multiplicação dos pães e dos peixes, fato não seria um “milagre” mesmo para vós? Porventura vedes o que a todo momento se passa em torno de vós no mundo espiritual? Sem a Nova Revelação, ninguém saberia que aquela multiplicação se produziu pela ação espiritual e pelo emprego de fluidos, UMA VEZ QUE A CIÊNCIA COMUM É IMPOTENTE PARA COMPROVÁ-LA, PORQUE NÃO VÊ, NÃO OBSERVA E NÃO DESCOBRE SENÃO COM OS OLHOS CARNAIS. Os Evangelistas que, como os Apóstolos os discípulos e a multidão, não podiam compreender o fato. POR IGNORAREM TAMBÉM A FONTE, AS CAUSAS E OS MEIOS QUE O PRODUZIRAM, SE LIMITARAM (E ASSIM DEVIA SER) A NARRÁ-LO DEBAIXO DA INFLUÊNCIA MEDIÚNICA. “Jesus – dizem eles – partiu com as mãos os cinco pães e os dois peixes, e os deu aos discípulos e estes os deram ao povo; todos comeram e ficaram saciados, e ainda levaram doze cestos cheios dos pedaços de pão e peixe que sobraram”. Estas últimas palavras indicam que Jesus partia os pães e os peixes e dava os pedaços aos discípulos, que os depositavam em cestos, onde os transportavam para distribuí-los pela multidão. Os cestos eram os que as mulheres do Oriente costumam trazer à cabeça e que servem para o transporte de frutas e legumes, assim, como para abrigá-las dos ardores do sol. E muitas mulheres havia na multidão. Antes que se iniciasse a multiplicação dos pães e dos peixes os discípulos – cumprindo as ordens do Mestre – haviam arrebanhado (e colocado junto dele) todos os cestos que as mulheres traziam. Eis aqui, agora, como se operou a multiplicação: tendo nas mãos os pães e os peixes, JESUS OS ENVOLVIA EM FLUIDOS APROPRIADOS A PRODUÇÃO DE TAIS ALIMENTOS (FLUIDOS PRODUTORES). Como deveis compreender, o Cristo – para multiplicá-los entre os seus dedos – atraía a si os fluidos próprios ao efeito desejado e os tornava visíveis, tangíveis, dando-lhes o aspecto, a forma e o sabor de pedaços de pão ou de peixe, pois JAMAIS OS CINCO PÃES E OS DOIS PEIXES TERIAM FORNECIDO PEDAÇOS, AINDA QUE DE TAMANHO MÍNIMO, NA QUANTIDADE QUE ERA NECESSÁRIA. Por esse meio, ia ele substituindo nos pães e nos peixes as porções que deles tirava. Assim, era que, com o auxílio dos fluidos produtores em que os envolvia, multiplicava os pães e os peixes e os pedaços em que os partia (pedaços que entregava aos discípulos e que estes colocavam nos cestos). No momento em que nos cestos eram depositados, sob a forma de pedaços de pão e de peixe, os produtos fluídicos obtidos por Jesus, LOGO A ELES SE JUNTAVAM OS QUE OS ESPÍRITOS POR SUA VEZ, TRAZIAM E QUE IMEDIATAMENTE SE TORNAVAM VISÍVEIS E TANGÍVEIS. Esses fornecimentos de pedaços de pão e de peixe os Espíritos os preparavam nas mesmas condições dos que Jesus entregava aos discípulos, com o auxílio dos fluídos produtores, e os depositavam invisíveis nos cestos vazios. À medida que os discípulos deitavam nestes os pedaços que recebiam do Mestre, os Espíritos tornavam visíveis e tangíveis os pedaços que ali já haviam depositado. Assim, de um lado Jesus e os Espíritos tiravam – indefinidamente – dos fluidos produtores que o Mestre atraía para junto de si, os elementos e os meios de multiplicação dos peixes e dos pães e, de outro lado, os discípulos tiravam dos cestos – indefinidamente – os pedaços de pão e peixe cuja provisão se renovava por si mesma, mas sempre mediante a intervenção dos Espíritos prepostos à produção de tal efeito, que se verificava à medida que os discípulos ali depositavam os pedaços que recebiam de Jesus. Foi por esse processo que, pela ação do Cristo e dos Espíritos Superiores que invisivelmente o cercavam, se operou a multiplicação dos cinco pães e dois peixes, e que OS PEDAÇOS PARTIDOS PELO MESTRE PARECIAM, ÀS VISTAS CARNAIS MULTIPLICAR-SE INFINITAMENTE NAS SUAS MÃOS E DELAS SAÍREM PARA OS CESTOS. Sabeis que o Espírito não deixa ver o objeto que ele transporta senão quando quer ser visto operando, caso em que torna visível o fluido que envolve o mesmo objeto e que serve para realizar o transporte. Mas, igualmente, sabeis que o Espírito, à sua vontade, pode tornar invisível aos olhos grosseiros do homem o objeto que transporta, só o fazendo visível quando e como quiser. Os fluídos que envolvem o objeto transportado não são visíveis, senão querendo o Espírito que o sejam. Fora disso o Espírito passa despercebido assim como o próprio objeto; que ele não submete à vista do homem senão quando julga oportuno o momento; SE JESUS O TIVESSE DESEJADO, TERIA FEITO SOZINHO A MULTIPLICAÇÃO. Mas, entendei, os meios empregados eram mais prontos e mais fáceis para a consecução do fim visado. Com efeito, não era mais fácil e mais pronto que os Espíritos depositassem invisíveis, nos cestos vazios, os produtos que eles mesmos preparavam e os fossem tornando visíveis à medida que os discípulos ali colocassem os produtos que recebiam do Mestre do que este fazer sair de suas mãos para as mãos deles tudo o que fosse preciso para encher os cestos? Os produtos da multiplicação, tendo recebido as formas de pedaços de pão e de postas de peixe, como tais foram comidos pelos cinco mil. E TODOS FICARAM SACIADOS E AINDA LEVARAM DOZE CESTOS CHEIOS DOS PEDAÇOS QUE SOBRARAM.



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