DEUS É ESPÍRITO


P – A religião humana habituou-nos, desde crianças, ao Deus antropomorfo, de longas barbas brancas. Como o CEU da LBV corrige isso?
R – O Centro Espiritual Universalista corrige isso com a pregação lógica e irrefutável da Verdade. Jesus ensinou: “Deus é Espírito”, isto é, não tem corpo. Portanto, o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus pelo Espírito, jamais pelo corpo.

P – Os Espíritos Superiores vêm aos mundos inferiores?
R – Descem a eles a todo momento, para ajuda-los a progredir, intelectual, moral e espiritualmente. O maior exemplo é o do próprio Cristo.

P – Os Espíritos experimentam as mesmas necessidades e sofrimentos físicos das criaturas humanas?
R – Os Espíritos conhecem muito bem todos esses sofrimentos e necessidades, porque passaram por eles. Mas agora não os sentem da mesma forma que vós, pois não possuem corpo material.

P – Os Espíritos sentem cansaço?
R – Não, pois carecem de órgãos cujas forças precisem ser reparadas.

P – Há um número determinado dos graus de perfeição entre os Espíritos?
R – É ilimitado, porque o progresso é infinito.

P – Qual é o caráter dos Espíritos imperfeitos?
R – Predomínio da matéria sobre a Alma; egoísmo, orgulho, propensão ao mal e às más paixões – tudo isso produto da ignorância espiritual; trazem a intuição de Deus, que é a do Bem, mas o orgulho faz que o neguem.



P – Qual o caráter dos Espíritos elevados?
R – Nenhuma influência da matéria; superioridade intelectual, moral e espiritual. Esses não têm mais provas e privações a sofrer. Mas progredirão sempre, na marcha para Deus.

P – Há Espíritos que foram criados bons e outros maus?
R – Todos os Espíritos foram criados simples e ignorantes. Não há protegidos, preferidos ou privilegiados: todos são iguais perante a Lei de Deus.

P – Então não existe o Demônio, ou Satanás, no sentido que a Igreja dá aos seus fiéis?
R – Não, porque se existisse seria obra de Deus, e Deus não teria procedido com justiça e bondade, criando seres consagrados eternamente ao mal. Todos os Espíritos têm, forçosamente, de atingir a perfeição, eis a Lei do Criador.

P – Os Espíritos podem retroceder?
R – Não, eles podem permanecer estacionários, mas não retrocedem nunca.

P – Deus não poderia evitar aos Espíritos as provas e os sofrimentos?
R – Sem luta, onde estaria o mérito? A verdadeira felicidade é originada de todas essas lutas, de todos esses sofrimentos. Sem isso, tal felicidade não seria merecida.

P – Todos os Espíritos passam pelo mal, antes de atingirem a perfeição?
R – Pelo mal, não. Só o fazem os que abusam do seu livre-arbítrio, infringindo a Lei de Deus.

P – Por que uns seguem o caminho do mal, quando outros preferem o caminho do Bem?
R – Exatamente por causa do livre-arbítrio. Deus não os obriga a seguir pelo Bem: prefere que o façam espontaneamente. Sem liberdade, é claro, não haveria a responsabilidade das faltas nem o mérito das boas ações.
DOUTRINA DO CÉU

P: Quais são os principais males do homem?

R: O Egoísmo, o orgulho, a inveja, a colera, e a avareza são mais cruéis do que a fome e a sede. A cólera arrasta o homem ao desvario, compromete a sua saúde e, as vezes, sua vida. O egoísmo é o maior obstáculo à felicidade dos povos, pois dele se originam todas as misérias da guerra. A avareza, negação da caridade exclui o exercício de grande número de vritudes, porque acorrenta a alma aos bens terrestres. A inveja produz o pesar e o desgosto pela felicidade alheia, roendo as próprias entranhas do invejoso. O orgulho é a causa das grandes ambições e dissidências entre os homens e os povos. Para todos esses males só há um remédio: alfabetização espiritual, como a definiu a LBV, na sua Cruzada de Reeducação Geral. Só a Verdade vos libertará - repete o CRISTO.

ALZIRO ZARUR
O SELVAGEM PODE SE SALVAR MAS O HOMEM TRAIÇOEIRO NÃO

(Espírito da Verdade - Doutrina do CEU - p. 68 - ALZIRO ZARUR)

"Haverá pranto e ranger de dentes, quando virdes que Abraão, Isaac e Jacó estão no Reino de Deus, enqunato sois repelidos de lá".

Pranto e ranger de dentes, simbolizam os sofrimentos morais que sofrerão aqueles que forem banidos para planetas inferiores NO MOMENTO DA DEPURAÇÃO DO VOSSO PLANETA E DA VOSSA HUMANIDADE. Eles não irão para o degredo sem conhecerem a causa da sua condenação. Acaso condenais alguém sem julgamento? Assim, também, eles saberão QUE O ENDURECIMENTO DE SUAS ALMAS É A CAUSA DE SUAS AFLIÇÕES. Verão o desastre da queda e a extensão da perda que sofreram. Entretanto, a palavra de Jesus lhes dará a esperanç
a, a visão dos bem-aventurados lhes despertará o desejo de chegarem à perfeição.
Haverá entre eles pranto e ranger de dentes, MAS NÃO ETERNAMENTE: DEUS jamais condena sem deixar uma porta aberta à reabilitação. Pertencer ao número dos selvagens, não ter inligência nem ciência, não é o que constitui motivo para alguém ser expurgado para mundos inferiores: a esses o Senhor concede tempo. O MOTIVO CONSISTE EM SER HIPÓCRITA, CALCULISTA, TRAIÇOEIRO, ORGULHOSO, MAU EGOÍSTA, MAU INVEJOSO, MATERIALISTA, causando a perda dos semelhantes.


A LETRA MATA


P – Estamos radiantes com as lições do Centro Espiritual Universalista da LBV, preparatórias da UNIFICAÇÃO DAS QUATRO REVELAÇÕES DE JESUS. Qual o processo que o CEU adotará para análise da Segunda Revelação?


R – O Apóstolo Paulo deixou uma advertência que vos deve orientar: “A letra mata, o Espírito vivifica” (II aos Coríntios, III: 6). Antes, o Mestre de Paulo, e de todos os Apóstolos, declarou: “O Espírito é que vivifica; a carne de nada serve. As palavras que Eu vos digo são Espírito e vida” (Evangelho segundo João, VI: 64). Agora, damos início à Segunda Revelação, começando pelos Evangelhos Sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), reunidos e harmonizados para facilitar o entendimento do povo, usando a linguagem mais simples do Unificador.


LUCAS, I: 1-4 – 1 – Tendo muitas pessoas empreendido escrever a história das coisas realizadas entre nós, 2 – de acordo com que nos transmitiram aqueles que, desde o princípio, as viram com seus próprios olhos e foram os ministros da Palavra, 3 – pareceu-me, excelentíssimo Teófilo, conveniente, - depois de haver informado exatamente dessas coisas, desde o seus início – narrar-te toda a série delas, 4 – para que conheças a verdade da doutrina em que foste instruído.


Os Evangelistas eram, sem o saberem, médiuns historiadores inspirados, mas dentro dos liames da humanidade, guardando em face da aptidão carismática, a independência da natureza que lhes era peculiar. Assim, quando escreviam, captavam a intuição dos que os auxiliavam em suas narrativas. Escreviam, ou de acordo com o que tinham visto, ou com o que lhes fora revelado por aqueles que – como diz Lucas – viram com seus próprios olhos as coisas, desde o princípio, e foram os ministros da Palavra. Mas a intuição lhes vinha da Inspiração Divina, por intermédio de Espíritos Superiores, que desempenhavam o papel de ministros de Deus, agindo sobre a natureza humana, livre e falível de cada um deles. O homem precisa compreender que, seja qual for o objetivo que se lhe dê por meta, forçoso é se humanizem os meios postos à sua disposição; por conseguinte, esses meios se tornam imperfeitos, PORQUE NADA HÁ DE IMPECÁVEL NAS OBRAS HUMANAS. A cada Evangelista cabia, no quadro geral, uma parte da narração. Os tradutores e interpretadores, freqüentemente, falsearam a intenção primitiva. As palavras dos Apóstolos passaram de boca em boca, durante muito tempo, antes que fossem escritas, o que deu causa, de certo modo, às diferenças que se notam nos Evangelhos. Levando em conta o que, nas relações mediúnicas há de particularmente humano, e por isso capaz de embaraça-las, tereis desvendado o segredo dessas diferenças, aliás POUCO IMPORTANTES EM SI MESMAS. Não podendo deixar de ser assim, os Evangelistas – em certos casos que vos serão assinalados – ficavam privados da inspiração, entregues ao próprio critério em alguns pontos da narrativa, oriundos da voz pública, até que o ESPÍRITO DA VERDADE VIESSE EXPLICÁ-LOS E TORNÁ-LOS COMPREENSÍVEIS. As divergências apontadas servem, exatamente, para atestar a autenticidade dos Evangelhos. Se os Evangelhos tivessem sido falsificados, não somente pela errônea interpretação dos tradutores, nada seria mais fácil que pô-los de acordo todos quatro. As divergências, repetimos, DEVEM SER CONSIDERADAS COMO A CARACTERÍSTICA DA VERACIDADE DELES. Visto que sempre há erro em tudo o que é humano, as diferenças nos Evangelhos são devidas à condição humana dos narradores, que conservavam a independência da natureza que lhes era particular, ainda quando sob a inspiração que os auxiliava. Mas essas disparidades não atingem, absolutamente, nem a base nem os elementos da REVELAÇÃO MESSIÂNICA, isto é: nem a origem, senão divina no sentido próprio da palavra, ao menos perfeitamente pura e imaculada do Cristo; nem sua missão de AMOR AINDA INCOMPREENDIDO que é a do Novo Mandamento; nem a Doutrina que pregou, Doutrina que não é sua, mas do Pai que o enviou; nem as verdades eternas que trouxe; nem suas predições e promessas; nem o modo velado pela letra, da revelação que o Anjo (ou Espírito Superior) fez a Maria e José, do seu aparecimento e da sua passagem pela Terra; nem sua vida humilde, pura, irrepreensível, quer do ponto de vista humano, quer do ponto de vista espiritual; nem os fatos chamados milagres, operados por ele durante a sua permanência entre os homens; nem sua “morte” infamante; nem o desaparecimento do seu corpo de dentro do sepulcro, não obstante estar selada a pedra que o fechava; nem sua “ressurreição”, nem suas aparições às mulheres e aos discípulos; nem sua volta definitiva à natureza espiritual que lhe era própria, na época denominada “ascensão”. Sendo assim fiéis, cada um dentro do seu quadro, os Evangelhos se explicam e se completam mutuamente, formando o conjunto da obra da REVELAÇÃO MESSIÂNICA. Não vos agarreis às contradições de palavras ou diferenças de minúcias, todas secundárias, sem nenhum valor, e que não afetam a mensagem do Mestre. Olhai com mais amplitude para a tarefa que vos foi confiada: revelar os “mistérios”, que darão a conhecer aos povos, em Espírito e Verdade, quem é o Filho e prepara-los para saber quem é o Pai. Tendes de patentear aos olhos de todos a Verdade, tal como precisa ser vista e admirada, mas nos seus fatos principais, não em particularidades sem importância alguma. O tempo corre, vossas horas estão contadas, não as desperdiceis em tardanças inúteis. Ocupai-vos com os fatos graves, que possam alterar a fé ou que tenham sido adulterados pela tradição. Passai, sem vos deterdes, pelas críticas baseadas em minudências, dignas de prender somente a atenção das crianças ou adultos pueris, evitando controvérsias que não vos edificam. Não confundais nunca, nos Evangelhos, as palavras ditas pelo Mestre, os atos por ele praticados, as revelações e os acontecimentos reais, com o que, em tais narrativas, reflete e reproduz, como havia de suceder, as impressões, opiniões e interpretações dos homens da época, feitas de acordo com seus preconceitos, ou com as tradições relativas a essas palavras, a esses atos, revelações e acontecimentos, à natureza e ao caráter que revestiam. Reuni e harmonizai os versículos que, nos Evangelhos segundo Mateus, Marcos e Lucas, se correspondem, a fim de, submetendo a um só comentário os Sinóticos, evitardes as repetições. Os Evangelhos são um conjunto de fatos ocorridos, ligados entre si, sem estarem sujeito a uma ordem cronológica. Ao comentardes separadamente o Evangelho segundo João, ainda para evitar repetições, vos reportareis as explicações necessárias que já tiverdes recebido, com relação aos pontos correspondentes, nos três primeiros. A este respeito, todavia, seguireis a direção que vos dermos, e fareis sob os nossos olhos a classificação.

DOUTRINA DO CÉU - A FÉ E A AÇÃO MAGNÉTICA

(...) Já vos explicamos O PODER MAGNÉTICO DE QUE JESUS DISPUNHA. O tocar-lhe nas vestes – fato que, devido à ignorância das causas e dos efeitos, os homens tinham por “milagroso” – não passava de UM MEIO MATERIAL, QUE LHES ERA INDISPENÁVEL. A cura se operava pela ação daquele que exercia poder soberano sobre os elementos etéreos. Era, portanto, resultado da união desse poder com a fé que os curados possuíam. Entendei: os doentes se curavam NÃO POR TEREM TOCADO NA FÍMBRIA DA CAPA OU DAS VESTES DE JESUS, MAS PELA AÇÃO DA SUA VONTADE PODEROSA, SOLICITADA PELA FÉ INABALÁVEL DOS ENFERMOS QUE TOCAVAM O MESTRE. A cura era feita, como dissemos pela ação magnética exercida por Jesus; pela emissão que ele fazia – sob o influxo desta ação – dos fluidos apropriados a cada espécie de doença, os quais eram dirigidos para o organismo do enfermo. Com o mesmo critério deveis entender as curas operadas por “lenços e panos” e até pela “sombra” dos Apóstolos, das quais vos falaremos quando chegar a hora: TUDO É MAGNETISMO, COMPLETADO PELA FÉ, SEM A QUAL É IMPOSSÍVEL AGRADAR A DEUS.

ALZIRO ZARUR


DOUTRINA DO CÉU - JESUS, O CRISTO – VII


P – Na transmissão anterior da Doutrina do CEU da LBV, despertou nossa atenção este trecho: “Deixai que os materialistas envolvam o Mestre numa veste de carne igual à vossa; por mais que façam, não conseguirão nunca igualá-lo nesta desgraçada era apocalíptica”. Quais o sentido e o alcance destas últimas palavras?

R – Não há, nem haverá, por longo tempo ainda, um homem que possa viver a vida de Jesus. Tendes muitíssimo que fazer, para chegar lá, principalmente neste fim de ciclo. Podeis, entretanto, aproximar-vos dele. O homem de vosso planeta e todos os Espíritos, sejam quais forem – quer habitem os mundos inferiores para um fim de provação ou de expiação, ou ainda para o desempenho de suas missões, quer tenham alcançado os mundos superiores – participarão, já o dissemos e repetimos, da pureza de Jesus e da sua felicidade. Mas em que condições e por quais caminhos? Só mesmo adquirindo a perfeição, pela constante prática do AMOR que, através de todos os séculos, em todos os tempos da eternidade, é a fonte e o meio de todos os progressos: dá acesso à todas as ciências e conduz a Deus.
ALZIRO ZARUR

Doutrina do CEU : A VIDA TRIUNFANTE

       p. Como devemos entender essas palavras de Jesus "As aves do céu tem seus ninhos, as raposas têm seus covis, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça?
     r. Jesus quis mostrar o pouco que o homem deve fazer dos prazeres da vida terrestre, se querem realmente segui-lo para conhecer as excelências da pátria celestial AINDA NESSE VOSSO PLANETA DE TREVAS. Importa que não se iludam com as doçuras materiais e um repouso suicida: a atividade, a energia, a confiança permanente em Deus - eis os fatores da vida espiritualizada e triunfante. Por isso, Jesus lhe ensinava a serem despreendidos de tudo, e nunca se preocuparem demasiadamente MAIS DO QUE SEJA PRECISO, com seus interesses particulares. Exatamente o que dissse no Sermão da Montanha: BUSCAI PRIMEIRO O REINO DE DEUS E SUA JUSTIÇA E TODAS AS COISAS MATERIAIS VOS SERÃO ACRESCENTADAS"!

Alziro Zarur


LBV É SIMPLIFICAÇÃO


P – Temos lido autores eruditos, que fazem livros difíceis de entender. Exemplo: a distinção entre Alma e Espírito. Qual a orientação do CEU a respeito?
R – A maioria é assim mesmo. Esses autores querem impressionar o público, deslumbrar os leitores com seus conhecimentos. Não pensam, nem de leve, na salvação de tantos que se desviaram do caminho de Deus. Essa diferença entre Espírito e Alma não traz nenhum proveito ao povo, na sua ânsia de entender as Revelações de Jesus. Para os positivistas, a alma está na cabeça do homem, e se reduz às dezoito funções simples do cérebro. Para nós, entretanto, essas faculdades só funcionam quando o Espírito anima o corpo humano, principalmente a cabeça.

P – Para o CEU, quantos princípios há no homem?
R – Três, a saber: 1- O corpo, análogo aos dos animais e animado por um princípio vital; 2 – A Alma, ser imortal ou Espírito encarnado no corpo; 3 – O perispírito, laço intermediário que liga a Alma ao corpo, espécie de invólucro semi-material.

P – Que é Alma?
R – O Espírito que encarnou (ou reencarnou).

P – As Almas e os Espíritos são a mesma coisa?
R – Sim, porque – antes de se unir ao corpo – a Alma era um dos seres inteligentes que povoam o mundo invisível.

P – Que vem a ser a Alma, depois da morte do corpo?
R – Torna-se Espírito.

P – A Alma conserva sua individualidade depois da morte?
R – Sim, e não a perde nunca.

P – Como é que a Alma pode manifestar sua individualidade no mundo dos Espíritos?
R – Por meio do seu perispírito, corpo fluídico, o qual se modifica de acordo com o seu progresso.

P – Que é que a Alma sente no momento da morte?
R – Conforme tiver sido a sua vida, assim ela experimenta uma sensação agradável ou desagradável. Quanto mais pura ela for, tanto melhor compreende a futilidade dos gozos que deixou na Terra.

P – Que sensação tem a Alma, quando se reconhece no mundo espiritual?
R – Depende: se ela praticou o mal, sente-se envergonhada de o ter feito; se praticou o Bem, sente-se aliviada, tranqüila e feliz.

P – É dolorosa a separação entre o corpo e a Alma?
R – Não: a Alma sente, apenas, uma perturbação que desaparece pouco a pouco.

P – Todas as almas experimentam essa perturbação, com a mesma duração e intensidade?
R – Isso depende do seu adiantamento. A Alma, quando já está purificada, se reconhece quase imediatamente, ao passo que as outras conservam, às vezes por muito tempo, a impressão da mataria.

P – O conhecimento do Espiritismo, tal como foi codificado por Allan Kardec, diminui o tempo dessa perturbação?
R – Sim, e muito: depois do estudo da Terceira Revelação, o Espírito compreende com antecedência o seu estado. Mas isso não o exime do sofrimento que ele possa merecer. A pratica do Bem, produzindo a consciência limpa, influi mais que qualquer conhecimento sobre o estado espiritual.

P – Limitam-se os pais a dar aos filhos um corpo material, ou também lhe transmitem uma parte de sua Alma?
R – Os pais lhes dão somente o corpo, pois a Alma é indivisível. A prova disso está em que pais analfabetos produzem filhos geniais, enquanto filhos boçais são gerados por pais de talento.

P – Como podemos definir as Almas ou Espíritos?
R – São os seres inteligentes da Criação Divina, os quais promovem o movimento fora do mundo material.

P – Os Espíritos ocupam uma região determinada, circunscrita no espaço?
R – Eles estão em toda parte. Mas nem todos podem ir aonde querem, pois há regiões vedadas aos menos adiantados.

P – Empregam os Espíritos algum tempo em percorrer o espaço?
R – Sim, mas isso é rápido como o pensamento, pois a vontade de um Espírito exerce mais poder sobre o seu corpo fluídico, ou perispírito, do que podia exercer sobre um corpo denso e grosseiro, quando encarnado.

P – A matéria serve de obstáculos aos Espíritos?
R – Não, porque tudo é penetrado por eles: o ar, a terra, a água, e até mesmo o fogo, assim como o cristal é penetrável aos raios solares.

A OBRA DA UNIFICAÇÃO


P – Pelo o que nos foi dado observar na Primeira Revelação do CEU – a significação do Decálogo na íntegra, de acordo com o original bíblico – a LBV prestará ao Brasil, e a toda Humanidade, um serviço de grandeza inapreciável. Quando sairá em livro a UNIFICAÇÃO DAS QUATRO REVELAÇÕES?

R – Diz o Espírito da Verdade que serão vários livros, porque o CEU reunirá neles todos os ensinos dos Guias Superiores. Por isso é que a Obra não terá autores humanos: a Gloriosa Falange está procedendo à REVISÃO GERAL dos trabalhos realmente ditados por eles, expurgando-os de suas “infiltrações mediúnicas”. Portanto, ninguém pode julgar o todo por qualquer das partes: Moisés, os Evangelistas e os Apóstolos AINDA TÊM MUITO A REVELAR À HUMANIDADE.


P – O homem tem direito a dispor de sua vida?

R – Não. O suicídio é transgressão da Lei de Deus; é a maior crueldade que o homem pode cometer contra si mesmo. O suicídio nasce do erro, alimenta-se da covardia e não a extingue. Covardia, egoísmo, orgulho, ceticismo e principalmente ignorância das Leis Divinas – eis as causas do suicídio.


P – E quando o suicídio tem por objetivo evitar o aparecimento de uma ação má?

R – O suicídio não esconde as culpas de ninguém. E, pelo contrário, neste caso há duas faltas, em vez de uma. Quem teve coragem para fazer o mal deve tê-la, também, para enfrentar as conseqüências.


P – Que devemos pensar daquele que se suicida para alcançar mais depressa outra vida melhor?

R – Somente pela prática do Bem pode o homem alcançar vida melhor. O suicida tem de começar tudo de novo.


P – Não é meritório o sacrifício da vida quando o fim dele é salvar a outrem ou ser útil ao semelhante?

R – Conforme a intenção real, diante de Deus, isso pode ser sublime. Só é perdoável o sacrifício da vida quando não é movido pelo egoísmo ou pelo orgulho: isto só mesmo Deus pode saber.


P – Qual o sentimento que, no instante da morte, prevalece na maioria dos homens: a dúvida, o temor ou a esperança?

R – Nos endurecidos – a dúvida; nos culpados – o temor; nos homens de bem – a esperança.


P – Depois da morte, as penas e os gozos da alma têm alguma coisa de material?

R – Não podem ser materiais porque a alma não é matéria. Essas penas e esses gozos, entretanto, são mil vezes mais sensíveis do que aqueles que se poderiam experimentar no mundo, pois no estado espiritual a alma é muito mais impressionável, visto não estar com suas sensações embotadas pela matéria.


P – O que é Espírito?

R – O princípio inteligente do Universo.


P – E qual a definição da matéria?

R – A matéria é o laço que prende o Espírito; é o instrumento de que este se serve e sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce a sua atividade.


P – Há, então, dois elementos gerais do Universo – a matéria e o Espírito?

R – Sim, e acima de tudo – DEUS. Mas, ao elemento material se tem de juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, grosseira demais para que o Espírito possa exercer ação sobre ela.


P – Que se deve pensar do homem que, sem fazer o mal, também não se esforça por sacudir o julgo da matéria?

R – Permanece estacionado, e assim prolonga os sofrimentos da expiação.


P – Sempre reconhece as suas faltas, depois da morte, o homem perverso, que não as reconheceu durante a vida terrestre?

R – Claro que sim. E, então sente todo o mal que fez ou de que se tornou causa involuntária.


P – Basta o arrependimento sincero, durante a vida, para apagar nossas faltas e Deus nos perdoar?

R – O arrependimento prepara a melhora do Espírito, mas não revoga a Lei de Deus: é preciso expiar todas as faltas cometidas.


P – E as faltas podem ser redimidas?

R – Sem dúvida, pela reparação. Mas o homem não se redime com algumas privações pueris nem com donativos depois de sua morte, quando já não precisa mais deles. A perda de um dedo no trabalho resgata mais dívidas que o cilício, durante anos seguidos, sem outro fim que o da própria conveniência, pois não beneficia a ninguém. Só com o Bem é que se pode reparar o mal.

P – Visto julgar-se cada religião A ÚNICA EXPRESSÃO DA VERDADE, como se pode distinguir a que tem o direito de se apresentar como tal?

R – O Cristo ensinou o melhor processo: Conhecereis a árvore pelos seus frutos. A melhor religião (ou doutrina) é a que faz MAIS HOMENS DE BEM, sinceros e não hipócritas. Isto é: a que vive o Novo Mandamento de Jesus, a Lei do Amor e da Caridade, em toda sua extensão, em sua aplicação mais elevada. Toda doutrina que produzir, em suas conseqüências, a desunião, o ódio fratricida, estabelecendo demarcação entre os homens, não pode deixar de ser falsa e perniciosa. É doutrina de homens e maus Espíritos: NÃO É DE JESUS, NÃO É DE DEUS.

Não Há Doenças Incuráveis


Não há doenças incuráveis para Deus. Todos os dias nós estamos ouvindo os testemunhos do povo, no programa Alziro Zarur, e vocês estão aprendendo alí o quê? Que não há segurança fora de Deus. Uma mulher curou-se de cancêr; outra curou-se de cegueira; outra de lepra, ou mal de Hansen, e ainda outra curou-se de diabetes... Quem é que disse que há doenças incuráveis? Há para os homens, não para Deus; porque estar com Deus é vencer todas as moléstias incuráveis. Deus faz milagres a toda hora para aqueles que têm fé, não para aqueles que duvidam da Sua Presença e do Seu Poder.

Como ensinava o Apóstolo Tiago: Quando orar, peça cada um com fé, sem duvidar de Deus, porque aquele que duvida de Deus é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento e lançada de uma parte para outra. Não pense tal pessoa que receberá de Deus alguma coisa.

Você gosta de que ponham e dúvida o seu caráter, a sua nobreza, a sua retidão? Deus também não gosta e não admite brincadeiras. Quem quer D'Ele alguma coisa, se duvida do Seu Poder, como é que pode conseguir? Conta o Evangelho que, certa vez, vinha Jesus caminhando e um leproso o atalhou - Senhor! limpa-me, Senhor. Tu podes me limpar desta lepra! E o que é que Jesus perguntou a ele? Apenas isso: Tens fé? Acreditas que Eu tenha poder de limpar a tua lepra? E ele respondeu, imediatamente: Tenho, Senhor, fé absoluta no teu poder! Que aconteceu? Na mesma hora, no mesmo instante, secou a lepra daquele homem, e ele ficou com a pele novinha, como a pele de um bebê. Ora, quem não tem lepra neste mundo? Todo mundo tem lepra. Ela antes está no Espírito. Depois é que passa para o corpo. É a lepra da calúnia, a lepra do deboche, a lepra da canalha, a lepra da traição, a lepra da infidelidade... Tudo isso é lepra, e pior que a lepra que está no corpo.

Que sabe você de lepra, meu irmão? não há uma pessoa que não tenha a sua, e se você não se cuidar, se você não pagar o mal que fez com todo o bem que possa fazer, sua lepra vai também passar para o lado externo do corpo. Só há uma saída: é a prática do Bem.

(Alziro Zarur)



DOUTRINA DO CÉU 

P – De que modo devemos adorar o Pai?
R – O Cristo ensina: “Deus é Espírito, e importa que aqueles que o adoram o adorem em Espírito e Verdade”. No nosso lar, elevai-lhe o pensamento por meio da prece, tendo plena confiança em sua bondade e em sua justiça. Adorais o Senhor amando e respeitando vossos pais; amando o próximo, isto é, socorrendo-o em suas necessidades, perdoando-lhe as ofensas, fazendo-lhe todo o bem possível; cumprindo, enfim, todos os deveres que vos impões a Moral Cristã, não do cristianismo dos homens, mas do CRISTIANISMO DO CRISTO, que é o do Novo Mandamento.
                                               ALZIRO ZARUR

CRUZADA DE REEDUCAÇÃO GERAL

                              Alziro Zarur

P - Que devemos pensar de quem amontoa bens materiais para conseguir o supérfluo, em prejuízo dos que carecem do necessário?

R

- Esse infeliz egoísta não cumpre a Lei de Deus, e terá de responder

pelas privações que fizerem outrem sofrer. O homem sábio, na Era do

Apocalipse, transforma o dinheiro da iniquidade em dinheiro da salvação.

P - É censurável o desejo que o homem tem de conseguir seu bem-estar?

R - Não, pois é um desejo normal da criatura em busca do progresso. O abuso disso é que constitui o mal.


ABSINTO

O ABSINTO
A TERRÍVEL FINALIDADE DO ABSINTO
Alziro Zarur

Qual a finalidade do Absinto, o planeta que Nostradamus chama de "o monstro"?

Ora,
nós sabemos que toda pessoa tem um perfume próprio do seu Espírito,
assim como tem uma coloração espiritual na sua aura, assim como tem uma
vibração peculiar que é sua, somente sua e de mais ninguém. O semelhante
atrai o semelhante. Uma pessoa de bem só se sente à vontade com outra
pessoa de bem. Uma mulher leviana só se sente bem com a leviana.  Uma
Leviana não se sente bem com a honesta. Um homem honesto não se dá bem
com um ladrão. Um ladrão não pode se dar bem com um homem honesto. Há
uma repulsão instantânea da vibração pessoal de cada um. Ora, a Terra
passa por Ciclos Cósmicos, Crísticos, Históricos, de renovação; daí o
lema RENOVAR OU MORRER. A Terra está passando por um final de ciclo
trágico em que haverá separação dos bons e dos maus. Não será, porém,
pelo critério da pregação de católicos, protestantes, espíritas,
umbandistas. Não é como quer cada religião. Mas, como Deus quer! Deus,
que está acima de todas as religiões. O Absinto levará todos os réprobos
no seu bojo.



A VIDA E A MORTE    (ALZIRO ZARUR)

P – Como o CEU da LBV explica as palavras acrescentadas por Moisés ao Quinto Mandamento?
R – Comentando a Primeira Revelação, ensinam os Evangelistas, assistidos pelos Apóstolos e pelo próprio Moisés: - Este acréscimo teve por fim levar à obediência, e ao respeito à Lei de Deus, um povo dominado pelo egoísmo e pelo interesse imediato. Daí suas palavras, que seguem o Honra a teu pai e tua mãe: “para que teus dias sejam prolongados na Terra que o Eterno, o Senhor teu Deus, te dará”. Já explicamos: viver bem, e viver longo tempo, constituía para os hebreus a primeira e única preocupação. Mas, na Terra que habitais, enquanto a ocupardes pela encarnação (ou reencarnação), os seus e os vossos dias não podem ser prolongados. Sob certos pontos de vista, a morte é determinada. Credes, porém, fracas e finitas criaturas, que aquele que se move no infinito e abrange com o seu olhar as plêiades inumeráveis de estrelas, de mundos que ele projetou na imensidade, mede o tempo com os vossos compassos? Tudo é detido em sua marcha, tudo tem determinada a sua duração, ao simples olhar daquele que é o Infinito. Mas a barreira que se ergue diante de vós, não é determinada como o interpretais. A duração da vida se regula pelo princípio que liga o Espírito ao corpo. O cordão fluídico é a mola que põe em movimento o mecanismo corporal. Determinada é a duração desta mola, mas dentro de uma amplitude que não podeis compreender, que não se mede pelos minutos da vossa pêndula. Extensão mais ou menos longa, que é dada de acordo com a maneira por que fizerdes uso dela. É como um pedaço de borracha que se pode esticar até certo ponto, conforme a maior ou menor força, a maior ou menor destreza que se empregue. Embora seja difícil fazer-vos entender esta apreciação, vamos dar o sentido e o alcance do que acabamos de afirmar. A duração do homem tem um limite natural, determinado, no curso regular da existência, pelas leis imutáveis (porque perfeitas) da natureza, pela ação e aplicação dessas leis, de conformidade com os meios e os climas, por isso que os fluídos, que servem para formação dos seres humanos, estão relacionados com os climas sobre os quis eles atuam. E a matéria está em relação adequada com eles, porquanto, segundo a Lei de Harmonia Universal, TUDO É DETERMINADO. Aí, nesse limite natural, é que está o momento irrevogável do fim humano, fim contra o qual o livre arbítrio do homem nada pode, no sentido de prolongar, além dele, a duração do corpo. Eis qual é, em sua verdadeira significação, o instante fatal da morte. Neste sentido é que os dias da criatura não podem ser prolongados: eles não podem ir além daquele limite natural. Mas o livre arbítrio do homem pode, seja por meio de suas resoluções espirituais, a saber, pelas determinações que toma como Espírito, ANTES DE REENCARNAR, seja pelo o uso que faz da sua existência como reencarnado, interromper o curso desta em determinado tempo, entre o instante do seu nascimento e aquele natural limite, que é a hora fatal do fim humano. Neste caso, pelas suas resoluções espirituais, tendo marcado o término da prova, portanto a duração de sua existência terrena, o Espírito fica impedido de atingir o termo geral desta – o seu limite natural. O corpo, então sob a vigilância e a direção dos Espíritos prepostos à tarefa de velar pelo cumprimento das provas, se forma em condições de durar o tempo predeterminado, cabendo, porém, repetimos, ao Espírito reencarnado cumprir todas as obrigações de que dependa a duração dele, até ao fim das provas a que serve de instrumento. Cumpridas que sejam todas essas obrigações, o instante da morte é irrevogável, porém não fatal, no verdadeiro sentido desta palavra, visto que o resultado do uso que, do seu livre arbítrio, fez o Espírito antes de reencarnar. Todavia, pode o homem, pelo exercício desse mesmo livre arbítrio, pelo abuso que dele faça, pela maneira por que conduza a sua existência, deter o curso desta antes do tempo marcado pelas suas resoluções espirituais, isto é, pelas determinações que tomou, como Espírito, antes de reencarnar. Assim é que o doente usa o livre arbítrio, tanto quanto cuida do seu corpo, para torna-lo capaz de levar a cabo as provas que seu Espírito escolheu, como quando apressa a sua morte, quer descuidando dele (o que muito se aproxima do suicídio), quer praticando abusos e excessos, desde que tudo isso constitua infração das obrigações que lhe caiba cumprir, para faze-lo durar até ao fim das provas que escolheu. O tempo não é, pois, limitado segundo o vosso ponto de vista, se bem que o seja em relação ao infinito e às leis que regem o Universo. Sim, o instante da morte é fatal (no verdadeiro sentido da palavra), porque a vida corpórea não pode ultrapassar o limite determinado. Não, o instante da morte não é fatal, relativamente à duração da vossa existência restrita, porque o limite natural, no curso regular da vida terrena, só raramente é atingido, pela razão de que as vossas resoluções espirituais, ou os vossos atos, umas e outros conseqüências do vosso livre arbítrio, impedem que o atinjais. Quando para o homem é chegada a hora de partir, nada pode eximi-lo da partida. E isto se verifica desde que essa hora chegue, ou porque o limite natural tenha sido alcançado, ou por efeito de suas resoluções espirituais, ou em conseqüência de atos seus que, dada a maneira porque haja conduzido a sua existência, constituíram infração das obrigações que ele tinha necessidade de cumprir, para que seu corpo chegasse ao termo das provas. Dentro dessa latitude, que vos é concedida, podeis usar do vosso livre arbítrio que, não sendo assim, não passaria de uma palavra oca, e infalivelmente traria, a todo aquele que raciocina, a idéia de fatalismo, de automatismo, de escravidão moral e espiritual. Há, porém, uma distinção a estabelecer, quanto à duração da vossa existência, restringida, com relação ao limite natural, pelas vossas resoluções espirituais, ou por vossos atos que, conforme o emprego que dais a vida corporal, constituem infração das obrigações que tendes de cumprir, para que vosso organismo dure até o término das provas. De acordo com o que já vos dissemos, para a criatura (homem ou mulher) que cumpriu, que cumpre todas as obrigações, e que – pelas suas determinações espirituais – escolheu uma duração restrita para a sua existência, o instante da morte é e permanece irrevogável. Nesse caso, qualquer que seja o perigo que o ameace, o homem não morrerá se sua hora não tiver chegado. Qualquer que seja a situação em que se ache, os meios apropriados a salva-lo serão preparados e colocados ao seu alcance, pelos Espíritos prepostos ao encargo de vigiar o cumprimento das provas e expiações. Se, ao contrário, a hora chegou, ele morrerá. Deste fato vós tendes milhares de exemplos: quantas e quantas vezes, no mesmo lugar, uns morrem e outros se salvam? E são casos de naufrágio, de incêndio, de desmoronamentos, de quedas, como vereis na explicação dos Evangelhos de Jesus.
Espírito da Verdade - Doutrina do CEU - página 243 - ALZIRO ZARUR

FATALISMO E LIVRE ARBÍTRIO

P - Afirmou Jesus: "Dois pássaros não custam mais que um asse, e cinco não valem mais do que dois asses. Entretanto, nenhum deles cai na Terra sem que seja pela vontade do Pai, que não é indiferente nem à morte de pardal". E mais: "Até os cabelos das vossas cabeças estão contados". Qual a explicação dos Espíritos da Verdade para essas palavras do Mestre?

R - Não é Deus a bondade infinita, cujo olhar criador envolve num só golpe de vista, todas as suas criaturas? Não é Ela a vontade onipotente que governa o Universo? E tudo o que acontece não acontece com a Sua permissão? Todavia, NÃO ACREDITEIS QUE A SUA GRANDEZA INFINITA DESÇA A OCUPAR-SE COM AS PARTICULARIDADES DA VOSSA  EXISTÊNCIA INFÍMA. Uma vez, porém,  que seu poder regula todas as coisas, que os Espíritos prepostos à organização dos mundos - desde o ato da formação deles até às mais insignificantes particularidades - não agem senão de conformidade com a impulsão superior que receberam; e que, passando de um a outro, chega até vós, pode-se dizer que NEM MESMO UM PASSARINHO CAI  NA TERRA SEM QUE SEJA PELA VONTADE DE DEUS. Mas não concluais desta explicação que o vosso livre arbítrio esteja, assim, comprometido de qualquer forma. A ação dos Espíritos, exercendo-se sob a potente direção do Soberano Senhor, em nada altera essa prerrogativa do Espírito, encarnado ou não; O LIVRE ARBÍTRIO É EMANAÇÃO DIVINA, ETERNA, QUE O SENHOR CONCEDE AS SUAS CRIATURAS, FOGO SAGRADO QUE LHES CUMPRE ALIMENTAR,  PARA DELE PRESTAREM CONTAS NO DIA DO JUÍZO. Diante disso cabe-lhes entender a sentença do Cristo: "Até os cabelos das vossas cabeças estão contados". Tomadas ao pé da letra, estas palavras levariam a negação do livre arbítrio no homem, fortalecendo a crença no fatalismo. Elas são alegóricas, tais como as outras que o Mestre proferiu, a título de ensinamento. O homem goza da liberdade de praticar, ou não, um ato qualquer; mas esse ato TEM SEU PRINCÍPIO E SUAS CONSEQUÊNCIAS REGULADOS PELAS LEIS NATURAIS, IMUTÁVEIS E ETERNAS, CUJA APLICAÇÃO E CUJA EXECUÇÃO ELE PROVOCA. NADA LHE SUCEDE QUE NÃO TEN HA SIDO PREVISTO PELA ONICIÊNCIA DO SENHOR, A QUAL, ENTRETANTO, DEIXA QUE OS ACONTECIMENTOS DA VIDA HUMANA SIGAM SEU CURSO E SUA MARCHA, CONFORME AO USO QUE O HOMEM FAZ DO SEU LIVRE ARBÍTRIO. Se bem que, sujeito a experimentar as boas e más influências que se exercem continuamente sobre ele; lhe caiba lutar entre o bem e o mal. O homem dispõe sempre do livre arbítrio, de uma vontade própria pessoal; portanto, em virtude desse livre arbítrio, dispõe da faculdade de praticar tanto o bem quanto o mal. DEPOIS DA MORTE,  PROCEDE-SE A APURAÇÃO DOS  PENSAMENTOS,  PALAVRAS E ATOS, BONS E MAUS, DE CADA CRIATURA HUMANA.  Sim, a bondade infinita de Deus vela, incessantemente, por todos os seus filhos. É assim que, em lhe sucedendo qualquer coisa na existência terrena, a solicitude do Senhor, por intermédio dos Bons Espíritos, faz sentir as suas influências no homem. Nenhum ato e nehum dos seus mais secretos pensamentos escapam à percepção do Senhor; chegada a hora da prestação de contas, pede Ele esta.

PASSADO, PRESENTE E FUTURO - Doutrina do CEU - ALZIRO ZARUR

P – Afirmou o Espírito da Verdade: “O homem dispõe do livre arbítrio e Deus sabe que uso fará ele desse dom, porque tudo o que, para vós, contitui passado, o presente e o futuro, está sempre – e por toda a Eternidade – patente aos olhos do Senhor”. Como devem ser entendidas e explicadas estas palavras?

R – Admitis a presciência divina, ou apoucais a Inteligência Infinita nivelando-a com as vossas? A presciência divina é uma faculdade QUE NÃO TENDES POSSIBILIDADE ALGUMA DE ANALISAR. O livre arbítrio seria mera ficção, se estivesse subordinado a uma ação direta. Quanto se monta qualquer máquina, prevêem-se os resultados do seu funcionamento; o que ela faz é o que tinha de fazer. Se, porém, um operário desastrado se intromete nas engrenagens, ou se um curioso se aproxima demasiadamente, para ver de muito perto ou tocar numa das rodas, fatalmente é colhido, mutilado ou esmagado. O maquinista não o impeliu, direta ou indiretamente, mas sabia que quem fizesse o que fez o operário ou o curioso sofreria aquela conseqüência, tanto que, ao ver aproximar-se o imprudente, lhe disse: – “Toma cuidado, olha o perigo!” Neste caso, que nos serve de imperfeita comparação, onde a fatalidade relativa à ordem a que está sujeito o movimento da máquina e às pessoas que se movem em torno dela? Cheios de ignorância e de orgulho, pretendem os homens que Deus se intrometa em todos os atos que praticam, em todos os fatos que lhe dizem respeito. Cada um – pobre vermezinho! – quer que a Inteligência Suprema o conduza pela mão, REBAIXANDO-SE AO SEU NÍVEL. Considerai com mais elevação a grandeza do vosso Criador! Reinando sobre “todos os universos”, iluminando todas as trevas, a influência que o Senhor exerce é uma INFLUÊNCIA SUPERIOR, DIRIGENTE E GOVERNATIVA. Ele deixa que useis do vosso livre arbítrio com plena liberdade, em meio às diversas influências físicas e espirituais que vos rodeiam, e sob o império das Leis Gerais, Naturais e Imutáveis que a sua onisciência estabeleceu, desde toda a Eternidade. Essa INFLUÊNCIA SUPERIOR que dirige e governa, Ele a exerce pela sua ação universal, instrumento da sua Providência, e que também se efetua no âmbito e sob o império das suas Leis, sempre de acordo com a sua Vontade Onipotente e Imutável. É exatamente essa INFLUÊNCIA SUPERIOR que vos atrai continuamente para a vida do progresso, sem perturbar o exercício pleno e independente do vosso livre arbítrio, quer este vos induza à obediência, quer vos arraste à rebeldia. Ora, o conjunto se desdobra, desde e por toda a Eternidade, aos olhos de Deus. Passado, presente e futuro são palavras que as vossas limitações inventaram e que, para ele, carecem de significado: Deus é O QUE É, de toda e para toda a Eternidade. Não entendeis que, deixando ao homem inteira liberdade de usar das faculdades de querer, pensar e agir, seu olhar penetrante veja, ao mesmo tempo, o que fará o homem dessa liberdade? O maquinista, que vê o desastrado ou o curioso aproximar-se demasiadamente da máquina, percebe de antemão os efeitos dessa imprudência; mas de inteligência muito limitada, não pode saber de antemão qual o uso que o homem fará do seu livre arbítrio, se consumará ou não o ato, porque não lhe pode LER O PENSAMENTO, nem perscrutar a AÇÃO DA VONTADE. Para ele haverá sempre solução de continuidade – um passado, um presente e um futuro na sucessão dos atos – por mais imperceptível seja o intervalo que, a seus olhos, os separem, no uso do livre arbítrio. Deus, porém, para quem passado, presente e futuro nada significam; que, sem solução de continuidade, lê o pensamento do homem e vê a ação da sua vontade, DEUS TEM SEMPRE A VISTA A SÉRIE E AS CONSEQÜÊNCIAS DE TODAS AS COISAS, E SABE QUAL O USO QUE O HOMEM FARÁ DO LIVRE ARBÍTRIO. A razão é muito simples: para Deus tudo é continuamente, eternamente INSTANTÂNEO. Não há comparação possível entre o astro luminoso, que brilha com o máximo fulgor, e a pálida centelha que se reflete no arroio em que se extingue; entre o SER INFINITO, que irradia sobre todos O QUE É, e as vossas inteligências fragílimas. Por isso dissemos, e agora repetimos, que A PRESCIÊNCIA DIVINA É UMA FACULDADE QUE NÃO TENDES POSSIBILIDADE ALGUMA DE ANALISAR.

AMOR, A FINALIDADE SUPREMA


P — Poderia explicar de que se trata o CRISTIANISMO DO NOVO MANDAMENTO?

R — É a Religião de Deus, porque DEUS É AMOR, E NADA EXISTE FORA DESSE AMOR. Como escreveu Dante, na "Divina Comédia": "O Amor que move o Sol e os outros astros!" Amor que é tudo, porque é muito mais que a própria vida. Pois bem, amigo, por mais estranho que lhe possa parecer, AINDA NÃO HOUVE CRISTIANISMO NA FACE DA TERRA, O CRISTIANISMO COMO JESUS O QUER E COMO O ENTENDEM SEUS VERDADEIROS SEGUIDORES. Esse CRISTIANISMO será uma divina realidade quando o Mundo entender o significado oculto do Novo Mandamento: "Amai-vos uns aos outros como EU vos amei". Os preceptores sectários pensam que este Mandamento é igual ao de Moisés: "Ama ao teu próximo como a ti mesmo". Mas há uma diferença fundamental: NENHUM HOMEM SABE AMAR COMO JESUS AMOU E AMA. E mais, muito mais: NENHUM HOMEM SABE AMAR A SI MESMO, DENTRO DA LEI DIVINA. Todo homem é um suicida, exatamente pela ignorância do Novo Mandamento de Jesus! É por tudo isso que nós colocamos o CRISTO acima de todos os Patriarcas, de todos os Profetas, de todos os Apóstolos, de todos os Evangelistas e de todas os Missionários, inclusive Allan Kardec. Este veio precisamente para abrir caminho para o CRISTIANISMO — O CRISTIANISMO DO CRISTO QUE É A RELIGIÃO. Ao abrir "O Livro dos Espíritos", escreveu o codificador: "Como especialidade, este livro contém a doutrina espírita; como generalidade, prende-se à doutrina espiritualista, UMA DE CUJAS FASES APRESENTA. Essa a razão por que traz no cabeçalho do seu título as palavras: FILOSOFIA ESPIRITUALISTA". Mas a Religião do Terceiro Milênio, O CRISTIANISMO DO NOVO MANDAMENTO, O VERDADEIRO AMOR UNIVERSAL, A RELIGIÃO DE DEUS, DE JESUS E DOS ESPÍRITOS PUROS QUE FORMAM O ESPÍRITO SANTO, É MAIS QUE TODA A RELIGIÃO: É TODA A FILOSOFIA, É TODA A CIÊNCIA, É TODA A POLÍTICA, É TODA A MORAL, É TODO O PROGRESSO HUMANO, UNIDO AO PROGRESSO DE TODOS OS OUTROS MUNDOS, DE TODAS AS HUMANIDADES SIDERAIS — NA APOTEOSE AO CRIADOR ONIPOTENTE, ONISCIENTE E ONIPRESENTE, O NOSSO DEUS, O NOSSO PAI.
[Alziro Zarur. Jornal do Novo Mandamento]

Planeta de Expiação



(...) Nós nascemos para morrer, ninguém veio a este mundo pra ficar aqui, isto ainda é mundo de satanás, embora transitório. Satanás já está com os dias contados, mas enquanto ele está aí, ele está fazendo estrago. De modo que a vida é muito triste porque os homens não se amam, não se entendem, vivem se assaltando, se matando, se estraçalhando; não há caridade, não há fraternidade real - essa é a verdade. Então isso aqui não é nenhum paraíso, é planeta de expiação, de retificação, de resgate. Se nós estamos nesse mundo é porque não somos anjinhos, senão não estaríamos aqui, porque há muitas moradas na casa de meu Pai. Também estamos nas últimas retificações, nos últimos retoques, porque é o retoque da purificação espiritual, não é como o fotográfico, que pode retocar, tirar uma espinha, tirar uma bomba aqui outra bombinha lá, mas é a retificação espiritual, que nos embeleza, nos tranforma em anjos.


(Alziro Zarur)

                                                   As Três Missões do Cristo - Doutrina do CÉU

O Cristo se manifestará a todos os homens, quando for chegada a hora. ESPIRITO PROTETOR  E GOVERNADOR DA TERRA, CUJA FORMAÇÃO PRESIDIU, ENCARREGADO DO VOSSO PROGRESSO E DE VOS LEVAR A PERFEIÇÃO, ELE RECEBEU DO PAI - NOSSO DEUS E VOSSO DEUS- TRÊS MISSÕES IMPORTANTES. As duas primeiras consistiram em preparar, entre os homens, a realização do progresso físico do vosso planeta; do progresso físico, moral e intelectual da humanidade terrestre e da regeneração humana. A terceira consiste em LEVAR A EFEITO A REALIZAÇÃO TOTAL DAQUELA OBRA CONDUZINDO-VOS À PERFEIÇÃO PROFETIZADA. A promeira missão ele a cumpriu estando pessoalmente entre vós e continuou a cumpri-la no estado de Espírito invisivel aos homens, com o concurso do Espírito Santo, isto é, dos Espíritos Puros, dos Espíritos Superiores e dos Bons Espíritos, os quais - sempre sob a direção  - trabalham na sua Obra. A segunda missão é a Era Nova do Espírito da Verdade, que vem - por intermédio dos messias, isto é, dos enviados especiais e dos missionários, encarnados - conduzir progressivamente as gerações humanas à Verdade, ensinar-lhes todas as coisas e enunciar-lhes AQUELAS QUE HÃO DE VIR. A terceira missão ele a virá cumprir no "fim dos tempos", como ESPÍRITO DA VERDADE TOTAL, trazendo o complemento do Evangelho que é o seu Apocalipse, sem véu. ENTÃO, O CRISTO SE MANIFESTARÁ AOS HOMENS EM TODO O SEU PODER, EM TODA A MAJESTADE DA SUA PUREZA PERFEITA E IMACULADA, CERCADO DOS ESPÍRITOS PUROS, DOS ESPÍRITOS SUPERIORES E DOS BONS ESPÍRITOS QUE VOS TERÃO PREPARADO E LEVADO ÀQUELES TEMPOS, EM QUE SEREIS, DO MESMO PASSO, CAPAZES E DIGNOS DE RECEBER O MESTRE E SUPORTAR TODA A VERDADE SEM VÉU. (...). 
ALZIRO ZARUR


OS DONS DE DEUS - (Espírito da Verdade - Doutrina do CEU - página 47/48 -

                                        ALZIRO ZARUR)

P – Apreciamos muito a referência às mediunidades, ou carismas, com que o Pai distingue tantos de seus filhos na Terra. Não é uma coisa maravilhosa possuir esses dons de Deus?
R – Nem sempre: a maioria dos casos, essas mediunidades, ou carismas são dolorosas provações para Espíritos culpados, como ensina o CEU.
P – Todos podem ser médiuns?
R – Sim, exercitando-se pacientemente, durante um tempo mais ou menos longo, DEPOIS DO ESTUDO DA VERDADEIRA DOUTRINA CRISTÃ.
P – A mediunidade é útil à pessoa que a possui?
R – Sim, e não somente a ela, mas a todos aqueles aos quais os ensinos dos Espíritos Superiores podem inspirar pensamentos salutares e generosos sentimentos.
P – Todos os Espíritos podem comunicar-se?
R – Sim, quando Deus o permite.
P – E por que Deus concede essa permissão aos Espíritos maus?
R – Para servirem de lição aos homens, mostrando-lhes a que triste estado os maus se acham reduzidos no outro mundo; e também para que, por vossas preces e instruções, eles adquiram bons sentimentos e se regenerem.
P – Como podemos saber que um Espírito é bom?
R – Pelas suas comunicações, que não podem deixar de ser moralmente elevadas. Sua linguagem nunca será lisonjeira ou frívola, seja para si próprio, seja para aqueles a quem se dirige.
P – Como devemos tratar os Espíritos maus, atrasados, imperfeitos?
R – Deveis instruí-los, moraliza-los, reeduca-los, orando sempre por eles; quando se apresentam zombeteiros, são mais infelizes.
P – Quais são as principais mediunidades?
R – A tiptológica, a sematológica, a psicográfica, a auditiva, a de vidência, a de sonambulismo, a de materialização, que exigem um preparo espiritual impecável.
P – Como entender bem essas mediunidades?
R – O médium tiptológico recebe as comunicações dos Espíritos provocando pancadas, mais ou menos fortes, nos objetos materiais que os cercam; o médium sematológico recebe manifestações através de sinais combinados com antecedência, como o movimento de móveis em sentido determinado; o psicógrafo – por escrito; o auditivo – ouvindo-lhes a voz; o vidente – vendo seus perispíritos, que tomam a forma que tiveram na vida terrena; o sonâmbulo – prestando-lhe seu corpo, do qual o Espírito se apossa momentaneamente, servindo-se dele como se fosse seu próprio corpo; o de materializações – cedendo os seus fluídos animalizados para que, combinados com os que se encontram no espaço, o Espírito apresente uma forma visível e tangível para todos.
P – Quais são os melhores médiuns?
R – Os que recebem as melhores comunicações.
P – Como devem proceder os médiuns?
R – Não devem esquecer, em momento algum, que sua faculdade – mediunidade ou carisma – lhes pode ser retirada se dela abusarem, seja para satisfação da curiosidade vã, ou para outro qualquer fim, sem utilidade para a instrução, a verdadeira educação e o progresso de todos.
P – Será coisa nova a mediunidade?
R – Ela nasceu com as primeiras criaturas. Foi praticada, sempre, em todos os tempos. Entre os hebreus, por exemplo, o abuso chegou a tal ponto que Moisés proibiu a sua prática.
P – Podeis citar algumas provas da antiguidade dos médiuns?
R – Sócrates afirmava que era inspirado por um Espírito familiar. A Bíblia encerra inúmeros casos, da Gênesis ao Apocalipse. Falaremos de todos eles na explicação das Revelações do Cristo de Deus.