Programa nº 6 - ALZIRO ZARUR - continuação (4)


    E diz Scott: Muitos expositores do Apocalipse têm pensado que estas epístolas às sete Igrejas da Ásia são profecias místicas de sete períodos distintos em que devia ser dividido todo o espaço compreendido desde os dias dos Apóstolos até o fim do mundo.
    Embora Newton e Scott não aceitem essa maneira de ver, seu testemunho é de valor. Porque mostra que foi a maneira de ver de muitos intérpretes bem intencionados do Apocalipse, mas não iluminados.
    Blonthia Flenry diz: Tem sido defendida por alguns comentadores de valor, uma opinião que pode ser resumida nas seguintes palavras de Vitringa: "Que sob esta representação emblemática das sete Igrejas da Ásia, o Espírito Santo delineou sete estados diferentes da Igreja Cristã, que aparecia em sucessão estendendo-se até a volta de CRISTO JESUS, isto é, até a consumação de todas as coisas. Que isto é apresentado em descrições tomadas dos nomes, estados e condições dessas Igrejas, de maneira que pudessem contemplar-se a si próprias e ver, tanto as suas boas qualidades como seus defeitos, e que conselhos e exortações lhes eram apropriados".
    Ora, Vitringa, apresentou um resumo dos argumentos que podem ser aludidos em favor desta interpretação. Até que alguns deles são engenhosos, mas não são hoje considerados suficientes para apoiar semelhante teoria. Thiam é um dos principais comentadores ingleses que adotam o modo de ver do que são profecias das Igrejas do Cristo nos diversos períodos de tempo até que Ele apareça de novo, isto é, até o dia da Sua volta.
    Lendo os autores citados, imediatamente nota-se que o que levou os comentadores dos tempos modernos a por de lado a idéia da natureza profética das mensagens às sete Igrejas foi a doutrina relativamente recente, sem base bíblica, do Milênio Temporal.
    O último período da Igreja como vem descrito no capítulo 3, versículos 15 a 17, pareceria incompatível com o glorioso estado de coisas que devia existir na terra durante mil anos, com todo o mundo convertido ao SENHOR DEUS. Daí neste caso, como em trantos outros, o ponto de vista escriturístico ceder lugar ao mais agradável. Os corações dos homens, como nos tempos antigos, ainda amam coisas aprazíveis e os seus ouvidos estão sempre favoravelmente abertos para aqueles que lhe falam de paz e felicidade.

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