"A PRESCIÊNCIA DE DEUS"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur
P – A alusão à presciência do futuro interessou a
todos nós, em nosso Posto Familiar.
Poderia o Espírito da Verdade falar, uma vez mais, sobre a presciência de Deus?
R – Diante da presciência de Jesus, como REPRESENTANTE DIRETO DA DIVINA VONTADE,
em presença do livre arbítrio do homem, compreendei o que é a presciência de
Deus! Deus vê, sabe (como já o explicamos) qual o estado do Espírito; sabe, vê
e acompanha as fases de progresso: as fases sucessivas das existências que a
Alma tem a percorrer, munida de seu livre arbítrio, usando-o para o Bem ou para
o mal, por impulso da sua vontade pessoal ou sob a influência oculta dos bons
ou dos maus Espíritos, que ela atrai ou repele conforme à natureza boa ou má de
seus sentimentos, de seus pendores e de suas tendências. Essa influência, sob a
qual a Alma se acha a todo instante, constitui a TENTAÇÃO A QUE ELA PODE CEDER OU RESISTIR UMA VEZ QUE É SEMPRE LIVRE
PARA ESCUTAR OU NÃO AS BOAS INSPIRAÇÕES, DE AS SEGUIR OU NÃO, COMO TAMBÉM É
LIVRE PARA ACEITAR OU REPELIR AS MÁS INSPIRAÇÕES. É sob a ação e os efeitos dessas influências –
que o assediam a todo momento – que o Espírito, no pleno gozo do seu livre
arbítrio, tem de avançar ou parar, na estrada do progresso. Assim, pois, era
sob a ação e os efeitos de tais influências que aos escribas e fariseus, no
pleno gozo do seu livre arbítrio, cumpria escutar ou repelir os ensinos de
Jesus. Sem dúvida, aqueles escribas e fariseus, que o rodeavam na sinagoga,
eram, como Espíritos encarnados, muito empedernidos: por isso mesmo, não
aceitariam a luz. Mas nem por isso a luz deixava de ser, para eles, um meio de
escaparem a cruéis expiações. Da parte do Senhor nunca há prevenção. Em geral,
os Espíritos encarnam procedendo livremente à escolha tanto do meio quanto do
gênero das provações. Via de regra, escolhem os meios que lhes são simpáticos.
Ora, nos grupos que os fariseus os príncipes dos sacerdotes, os escribas e
todos os que exerciam qualquer autoridade, entre os judeus, formavam à volta de
Jesus, O ORGULHO REINAVA SOBERANAMENTE
E, POR CONSEGUINTE, LHES TAPAVA OS OLHOS E OS OUVIDOS. Mas, Deus, na sua
infinita bondade, abria para eles (como abre para todos) uma via nova de
purificação. Seus anjos guardiãs faziam por eles o que fazem por todos. ELES, PORÉM, OS REPELIAM POR SUA VONTADE
INDEPENDENTE: NO PLENO GOZO DO SEU LIVRE ARBÍTRIO, ACEITAVAM AS MÁS
INFLUÊNCIAS, AS INSPIRAÇÕES DOS MAUS ESPÍRITOS! Em suma: se é certo que nenhum resultado
produziu a caridade de Deus, abrindo-lhes nova estrada naquela existência, não
menos certo é que essa obra de purificação teria de dar os seus frutos APÓS A MORTE DELES E NAS SUAS EXISTÊNCIAS
SEGUINTES.
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