PROGRAMA 85 - ALZIRO ZARUR - continuação 4

    Perguntar-se-á como é que é isto?
    Como pode conciliar-se com a ideia de que a morte é o castigo pelo pecado e vem igualmente sobre todos?
    Mas, então, perguntemos aos que creem no sofrimento eterno, como é que manterão graus no seu sistema?
    Dizem que a intensidade da pena sofrida será, em cada caso, proporcionada com a pena do sofredor. Mas, como pode ser isso?
    Não são as chamas da punição igualmente severas em todas as suas faces?
    Não afetarão, igualmente, todas as almas e materiais lançadas ali?
    Mas, Deus pode intervir - responderão - para produzir o desejado efeito. 
    Muito bem, não pode Ele tambémintervir se for necessário, e graduar a pena que acompanha a combinação da morte sobre o pecador, como desfecho da sua perversidade sem fim?
    Nosso ponto de vista é, portanto, assim igual ao comum sobre este aspecto, ao mesmo tempo que sob outro aspecto, possui grandes vantagens sobre ele.
    Quanto àqueles de procurar os seus graus de castigo apenas na intensidade da pena visto ser a mesma duração de todos os casos, este não pode só ter graus na pena mas também na duração.
    Alguns podem parecer liquidados num curto lapso de tempo e, apesar de o sofrimento de outros, poderão parecer estender-se por um espaço sem fim. De resto, aprendemos que o sofrimento corporal será insignificante comparado com a agonia espiritual, com a torturante angústia que vai afligir suas almas ao compreenderem, segundo as sua capacidade de apreciação, a incomparável perda que vão experimentar.
    O jovem que atingiu pouco mais que a idade da razão, encontrando-se em condições de compreender pior a sua situação e sua perda, sem dúvida que sentirá muito menos. Mas, o que tiver mais idade, mais capacidade e por conseguinte, uma experiência mais profunda no pecado, será proporcionalmente maior a dor ao ver o seu destino inapelável.
    Ao passo, que o homem de gigantesco intelecto, e quase ilimitada compreensão, que por isso possui mais influência para o mal, qual foi mais culpado por consagrar as suas faculdades a serviço do mal, compreendendo bem a sua trágica situação, há de senti-la mais dolorosamente do que todos os demais juntos. São os intelectuais os autores da degradação moral na imprensa, nas Academias, no rádio, na televisão. São chamados intelectuais os grandes ateus corruptores depravados, depravadores, depravando a mocidade, desencaminhando as moças, botando minhocas na cabeça dos jovens; essa imprensa miserável, essa televisão baixa. Tudo isso que estamos vendo aí no cinema, no teatro, a pornofonia com a pornografia... até o dia em que tudo isso vai acabar. E, graças a DEUS já está muito perto!

Nenhum comentário:

Postar um comentário