PROGRAMA 76 - ALZIRO ZARUR - continuação 2
Temos aqui a MULHER (a IGREJA), sentada sobre uma BESTA ESCARLATA (ou escarlate) que é o PODER CIVIL, pelo qual ela é transportada e que ela o dirige e guia para os seus próprios objetivos como um cavaleiro dirige o cavalo sobre o qual está montado.
As vestes e decorações desta MULHER apresentadas no versículo 4, estão numa grande harmonia a aplicação feita deste símbolo, porque a PÚRPURA e a ESCARLATA são as principais cores usadas nas vestes de PAPAS e CARDEAIS.
E entre as miríades de PEDRAS PRECIOSAS que adornam os seus serviços, segundo o testemunho ocular da História, a PRATA é raramente conhecida e o OURO parece cobre.
Da TAÇA DE OURO que está na sua mão, símbolo da pureza de doutrina e profissão, e devia ser contido só o que é inalterável, inadulterado, o que é puro, inconspurcável, ou explicando a figura, só o que está de pleno acordo com a VERDADE DIVINA, infelizmente, daí saem somente abominações.
E o VINHO DA FORNICAÇÃO, símbolo adequado às suas abomináveis doutrinas, e sendo práticas mais abomináveis.
Não sou eu quem o diz, mas é o próprio APOCALIPSE.
A rigor, a interpretação que identifica a IGREJA DE ROMA com a BABILÔNIA APOCALÍPTICA tem data da Reforma, já no VII Século e seguintes. A IGREJA ROMANA estava unida com a cidade de Roma pela junção dos poderes temporal e espiritual na pessoa do Pontifício Romano. E quando a IGREJA DE ROMA começou a apresentar os seus dogmas e a impô-los como necessários para a salvação, então foi publicamente afirmado por muitos (embora ela queimasse alguns por terem feito) que ela estava cumprindo as profecias Apocalípticas, referindo-se à GRANDE BABILÔNIA.
Embora a destruição de Roma pagã pelos Godos no final do Século fosse um acontecimento de máxima importância, contudo, nenhuma única testemunha do passado pode ser citada em favor da exposição de Bossoet e seus correligionários que veem o cumprimento das predições do Apocalipse respeitando-se a destruição de Babilônia na queda de Roma pagã pela espada de Alarico.
Efetivamente esta exposição é moderna, é uma interpretação ulterior, foi imaginada por Bossoet e outros mais para combater a outra que eles chamam: a interpretação protestante. A identificação da Babilônia Apocalíptica com a antiga Roma pagã como o seu adequado antítipo, é uma intervenção da moderna Roma Papal.
Isto está no livro de Hourtsuert "UNIÃO COM ROMA", páginas 19 e 20.
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