PROGRAMA 73 - ALZIRO ZARUR - continuação 4

    A SEXTA PRAGA:
    Mas o que é o GRANDE RIO EUFRATES sobre o qual esta PRAGA é derramada?
    Dizem uns que se trata do literal Rio Eufrates, na Ásia. Mas, outros dizem que é um símbolo do país que ocupa o território pelo qual passa esse rio e, evidentemente, a última opinião é preferível por vários motivos:
    1º - Seria difícil de ver o que que se ganharia com o "SECAR" do rio literal, visto que não oferecia nenhum obstáculo grave ao progresso de um exército em marcha. Deve-se notar ainda que a "seca" ocorre para preparar o "CAMINHO AOS REIS DO ORIENTE", isto é, as organizações bélicas regulares, não a uma promíscua, desequipada multidão de homens, mulheres e crianças, como eram os filhos de Israel no Mar Vermelho ou no Jordão.
    O Eufrates tem apenas mil e quatrocentas milhas de percurso, cerca de um terço da extensão do Mississippi. Ciro, sem dificuldade, desviou o rio dos seu leito no cerco de Babilônia, isto é fato histórico. Não, obstante, numerosas guerra que tem sido travadas ao longo das suas margens e as poderosas hostes que tem atravessado repetidas vezes suas correntes, nunca foi preciso secá-lo para poderem passar.
    2º - Seria tão necessário secar o rio Tigre como o Eufrates, porque aquele é quase tão grande quanto este. Sua nascente dista apenas quinze milhas da nascente do Eufrates nas montanhas da Armênia e corre quase paralelo com ele, e apenas a uma curta distância dele através de todo o seu percurso. E, todavia, a profecia nada diz do Tigre.
    3º - A secagem literal dos rios tem lugar com a QUARTA PRAGA em que é dado poder ao Sol para abrasar os homens com fogo. Nessa altura ocorre, sem dúvida, as cenas de sede e fome, tão vividamente descritas pelo Profeta Joel no Velho Testamento da Bíblia Sagrada, capítulo 1º: 14 a 20; e como resultado delas, expressamente, se afirma que os rios secaram. Dificilmente o Eufrates poderá constituir uma exceção a este flagelo da seca. Sendo assim, pouco ficaria para secar literalmente com a SEXTA PRAGA. 
    Estas PRAGAS, pela própria natureza dos fatos, devem ser manifestações de IRA e JUÍZOS sobre os homens. Mas, se a seca do Eufrates literal é tudo que se deseja apresentar, esta PRAGA não reveste essa natureza, e não se torna afinal um acontecimento de grande gravidade.

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