Programa 28 - ALZIRO ZARUR - continuação 5

    E assim se extinguiu o poder,  a glória de Roma, como norma diretora de todas as nações do mundo. Só ficou o nome: "A RAINHA DAS NAÇÕES". Todo o sinal de realeza desapareceu da cidade Imperial. Aquela que tinha dominado sobre as nações jazia no pó como segunda Babilônia, e já não havia o trono onde os Césares tinham reinado com tanta pompa e tanto poder. E o último ato de obediência a um príncipe romano, que aquela outrora augusta assembleia cumpriu, foi aceitar a abdicação do último Imperador do Ocidente e a abolição da sucessão Imperial na Itália. Tinha-se posto finalmente o "SOL DE ROMA". Levantou-se rapidamente um novo conquistador da Itália: o ostrogodo Teodorico, que sem escrúpulos vestiu a púrpura e reinou por direito de conquista. A realeza de Teodorico foi proclamada pelos godos (5 de março de 493) com o tardio, relutante e ambíguo acenso do Imperador do Oriente. O poder Imperial Romano de que tanto Roma como Constantinopla tinham sido simultânea ou isoladamente a sede, quer no Ocidente, quer no Oriente, já não era reconhecido na Itália. A "TERÇA PARTE DO SOL FORA FERIDA" até que deixou de emitir os mais pálidos raios. O poder dos Césares era desconhecido na Itália e um Rei godo reinava em Roma, por mais estranho que pareça. Pois bem, apesar de ferida a TERÇA PARTE DO SOL e extinto o poder Imperial Romano na cidade dos Césares, a lua e as estrelas brilharam ainda ou bruxulearam durante mais algum trempo no Império do Ocidente, mesmo em meio da treva gótica. Os Cônsules e o Senado, isto é, a LUA E AS ESTRELAS, não foram abolidos por Teodorico.  Um historiador grego aplaude o consulado de Teodorico como autor de todo o poder e grandeza temporal, como a lua reina de noite depois de o sol se por. E em vez de abolir esse cargo, o próprio Teodorico se congratula com os favorecidos da fortuna que, sem as preocupações, desfrutavam cada ano o esplendor do trono. Mas em sua ordem profética, o consulado e o senado de Roma viram chegar o seu dia,  embora não hajam caído nas mãos dos vândalos ou dos godos. A revolução seguinte, na Itália, foi em sujeição a Belisário, General de Justiniano, Imperador do Oriente. Ele não poupou o que os bárbaros tinham respeitado. O Consulado Romano extinto por Justiniano em 541, é o título do último parágrafo do capítulo 40 da "História da Decadência de Roma".

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