Programa 22 - ALZIRO ZARUR - continuação 3


    E AS ESTRELAS CAÍRAM DO CÉU.
   A História, mais uma vez, diz: CUMPRIU-SE. 
   Tendo-se realizado este fato bastante depois do escurecimento do sol, há muitas pessoas que dele se lembram como se tivesse ocorrido ainda ontem. Referimo-nos à grande chuva meteórica de 13 de novembro de 1.833. Sobre este ponto basta alguns trechos publicados na imprensa ao grito: "OLHE PARA A JANELA!  Acordei de um profundo sono, e, com espanto, vi o Oriente iluminado com a aurora e meteoros. Chamei minha mulher para presenciar o fato. E ela, enquanto se vestia exclamava: "Mas vê como as estrelas caem!" É maravilhoso, respondi. E sentimos em nossos corações que se tratava de um sinal dos últimos dias. Porque, verdadeiramente, as estrelas caíam sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte. Exatamente como está neste Apocalipse, capítulo 6, versículo 13. Esta linguagem do Profeta, foi sempre recebida como metafórica, isto é, metáfora. Pois, ontem se cumpriu literalmente. Os antigos compreendiam por Aster, estrela, em grego e latim as mais insignificantes luzes do céu. O progresso da Astronomia moderna é que fez distinção entre estrelas e meteoros. Portanto, a ideia do Profeta, tal como foi expressa no original grego, realizou-se literalmente no fenômeno de ontem, como antes ninguém tinha concebido que fosse possível cumprir-se. A imensa grandeza e a distância dos planetas e as estrelas fixas, não permitia a ideia da sua queda sobre a Terra. Corpos maiores não podiam cair em miríades sobre um corpo menor. E a maior parte dos planetas e todas as estrelas fixas são muitas vezes maiores do que o nosso mundo. Mas estes caíram em direção à Terra. E como caíram? Nem eu mesmo, nem outras pessoas da família ouviram qualquer descrição. Se eu tivesse de procurar na Natureza um símile não encontraria outro que tão bem ilustrasse os aspecto do céu como o que São João diz na profecia: "AS ESTRELAS DO CÉU CAÍRAM SOBRE A TERRA". Não eram folhas, flocos ou gotas de fogo mas eram o que o mundo compreende por "estrelas cadentes". E uma pessoa que quisesse chamar a atenção de outra no meio da cena, diria: "Veja como as estrelas caem".  E aquele que ouvisse esta exclamação não pensaria em corrigir o erro astronômico do interlocutor. Da mesma forma que ele não diria que o sol não se move, àquele que lhe dissesse que o sol estava subindo. As estrelas caíram como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte. E eis aqui a exatidão do Profeta. As estrelas cadentes não procediam de várias árvores sacudidas mas de uma só. Somente uma. As que apareciam ao Oriente caíam para o Oriente; as que apareciam ao Norte, caíam para o Norte; as que apareciam ao Ocidente, caíam para o Ocidente; e as que apareciam ao Sul, pois eu tinha saído da minha residência para o parque, caíam, sim senhor, para o Sul. Não caíam como frutos maduros, longe disto, mas voavam, eram arrojadas como os figos verdes que ao princípio não querem deixar o galho, mas finalmente se precipitam com violência, e caindo, em multidão, alguns cortam o trajeto de outros, segundo são lançados com mais ou menos força,  mas caindo todos no seu respectivo lado da árvore". 
   

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