"A JUSTIÇA PERFEITA DE DEUS"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur
P – Não podia ser mais feliz e edificante a explicação
do capítulo em exame. Uma
pergunta, ainda, queremos formular ao Espírito da Verdade: - Pode haver
Espírito eternamente culpado?
R – Quando Jesus falava (ou os Evangelhos falavam, em
suas narrativas) em ESPÍRITO SANTO , esta
expressão, como sabeis, designava os Espíritos Puros, ou Espíritos Superiores,
os Bons Espíritos, que desempenham junto dos homens as funções de órgãos do
Senhor, de seus ministros, mensageiros ou agentes, de acordo com o grau de
elevação de cada um. Servindo-se da expressão ESPÍRITO SANTO, QUANDO TRATOU DA BLASFÊMIA CONTRA DEUS, Jesus o fez
porque, como também já o dissemos, os judeus entendiam por Espírito Santo a
inteligência mesma de Deus. Em última análise, tudo vem a dar no mesmo, num
caso e noutro, por isso que OS ESPÍRITOS
DE LUZ NADA MAIS SÃO QUE O REFLEXO DA VONTADE DO SENHOR ONIPOTENTE. O homem
que blasfema contra Deus é um rebelde às inspirações do seu Anjo da Guarda e
dos Bons Espíritos; incorre em culpa grave e não obtém perdão ENQUANTO PERMANECE CULPADO E REBELDE:
PORTANTO, A ETERNIDADE DO CASTIGO CORRESPONDE A ETERNIDADE DA FALTA. Se o
Espírito permanecesse eternamente rebelde, seria réu de delito eterno; jamais
obteria perdão na eternidade, nem além dela (para nos servirmos das expressões
bíblicas). Mas não é nem pode ser assim. Por efeito da onipotência, da justiça,
da bondade e da misericórdia infinitas do Senhor, e de acordo com a promessa
que Jesus fez, em nome do Pai, e com o que disse na “Parábola do Filho
Pródigo”: MEU PAI NÃO QUER QUE PEREÇA
NENHUM DESTES PEQUENINOS – VIM SALVAR O QUE ESTAVA PERDIDO, SEDE PERFEITOS COMO
É PERFEITO O PAI QUE ESTÁ NO CÉU”, não há Espírito culpado e rebelde que,
no curso da Eternidade que se desdobra diante de si, não experimente o influxo
das Leis Imutáveis do progresso e da perfectibilidade, do sofrimento e da
expiação. Não há Espírito que, usando de seu livre arbítrio, sob a ação de sua
consciência, presa do remorso e do arrependimento, auxiliando na erraticidade
pelos sofrimentos ou torturas morais adequados e proporcionados aos crimes e
faltas cometidos, iluminado pelas provações e expiações, deixe – com o tempo e
mediante a reencarnação – de voltar ao aprisco, assim como a ovelha
tresmalhada; de voltar à casa paterna, como o filho pródigo, arrependido e
submisso. É assim a justiça perfeita de Deus: NINGUÉM HÁ QUE, PURIFICADO, NÃO VENHA A SER, UM DIA, ACOLHIDO PELO PAI
DE FAMÍLIA, PELO SENHOR ONIPOTENTE, DE INFINITA MISERICÓRDIA!
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