"A GRANDE FAMÍLIA ESPIRITUAL DE JESUS"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur

P – Foi muito oportuna a explicação sobre as palavras do Cristo: “Quem é minha mãe e quais são os meus irmãos?” Liquidou a argumentação dos que acusavam o Mestre de indiferença para com sua família! Que tem ainda a nos dizer, a respeito do assunto, o Espírito da Verdade?
R – “Eis aqui minha mãe e meus irmãos! Minha mãe e meus irmãos são os que ouvem a Palavra de Deus e a praticam”. Ao dar esta resposta, Jesus visava, também, a preparar os homens para – nos tempos preditos – receberem a Nova Revelação, que lhes faria conhecer sua verdadeira origem, as condições e o modo por que se deu a sua aparição na Terra, sua missão messiânica, sua potencialidade e seus poderes como ÚNICO REPRESENTANTE DE DEUS NO QUE DIZ RESPEITO AO NOSSSO PLANETA CUJA FORMAÇAO PRESIDIU, tendo por meta dirigir-lhe o progresso e levá-lo à realização de seus destinos, conduzindo a Humanidade à Perfeição pela regeneração espiritual, através do amor e da ciência pura. Por esta Nova Revelação, ficam todos sabendo, EM ESPÍRITO E VERDADE, À LUZ DO NOVO MANDAMENTO, QUE JESUS É DE TODOS IRMÃO E AO MESMO TEMPO SENHOR, PELO PODER ILIMITADO QUE TEM SOBRE QUANTO SE RELACIONA COM O MUNDO QUE HABITAIS. Tinha, ainda, por fim preparar os homens para – quando chegasse o momento – abandonarem a crença de que “Jesus é Deus e Maria é mãe de Deus” crença que (ele mesmo o previra) se havia de generalizar, uma vez terminada a sua missão terrena, de acordo com o estado das inteligências, com as impressões, interpretações e aspirações humanas e, ainda, com as necessidades da época. Correspondendo a essas necessidades e servindo para preparar os tempos de hoje (que, então, eram o futuro) tal crença seria, como realmente foi, uma condição e um meio de progresso, MAS QUE HOJE NÃO TEM MAIS NENHUMA RAZÃO DE SER. Disseram a Jesus: “Tua mãe e teus irmãos te procuram”. Confrontando tais palavras com estas outras “Não é esse o filho do carpinteiro? Sua mãe não é Maria? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas?” (Mateus XIII: 55); com mais estas “E todas as suas irmãs não se acham entre nós?” (Mateus, XIII:56); com estas, ainda “Não é esse Jesus o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, de José e de Simão?” (Marcos, VI:3); e com estas mais “E José não a tinha conhecido quando ela se deu à luz o seu filho primogênito, ao qual deu o nome de Jesus” (Mateus, I:25) – PRETENDEM ALGUNS IGNORANTES, AINDA HOJE, AFIRMAR QUE O CRISTO TEVE IRMÃOS E IRMÃS POR OBRA DE JOSÉ E MARIA! Há nisso um erro manifesto que, após as discussões travadas outrora e principalmente nos dias deste fim de ciclo, não pode nem deve subsistir. Diante da Nova Revelação, relativamente à verdadeira origem espiritual do Mestre, ao seu aparecimento na Terra, à natureza e ao caráter da sua missão no passado, no presente e no futuro; à elevação e à pureza de Maria e de José, à natureza e ao caráter da missão que os dois desempenharam, auxiliando a Obra do Salvador – SEMELHANTE ERRO TEM DE DESAPARECER DAS CONTROVÉRSIAS E DEBATES HUMANOS. Somente aos olhos dos homens, jamais na realidade dos fatos, existia parentesco próximo entre Jesus e aqueles que eram chamados seus irmãos e suas irmãs por laços de sangue. Em hebreu a palavra irmãos tinha várias acepções: significava, ao mesmo tempo o irmão propriamente dito, o primo co-irmão, o simples parente. Entre os judeus os descendentes diretos da mesma linha eram considerados irmãos, se não de fato, ao menos de nome, e se confundiam, muitas vezes, tratando-se indistintamente de irmãos e irmãs. Geralmente se designavam pelo nome de irmãos os que eram filhos de pais-irmãos, os que agora chamais primos-irmãos. Assim, os chamados irmãos e irmãs de Jesus nos Evangelhos citados eram, segundo o parentesco humano que entre eles havia aos olhos dos homens, seus primos-irmãos. Maria não era filha única: tinha uma irmã, que também se chamava Maria, mulher de Cleofas e mãe de Tiago, de José, de Simão e de Judas, que todos tratavam como “irmãos de Jesus”. Do mesmo modo as chamadas irmãs do Cristo eram suas primas co-irmãs, de acordo com o parentesco humano que, segundo os homens havia entre elas e o Mestre. Que importaria aos homens que Jesus tivesse irmãos e irmãs na Humanidade, uma vez que a essência deles não podia ser igual à do Cristo Espírito Perfeito que encarnara, para ser visto pelos mesmos homens, tomando um perispírito tangível, com a forma ou a aparência do corpo humano, adequado às necessidades e à duração da sua missão terrena? TAL, PORÉM NÃO PODIA DAR-SE E NÃO SE DEU: Espíritos muito elevados, José e Maria sofriam o constrangimento do envoltório material que haviam aceitado, mas não estavam sujeitos aos instintos carnais de que já se haviam libertado. Exilados momentaneamente da verdadeira pátria dela guardavam intuitivamente a lembrança e um, unicamente um, era o anelo de ambos: voltar para lá. Nunca se deve acompanhar o curso de um rio de águas impuras. Deixai que os ímpios desnaturem os fatos mais sérios. Nós repetimos: ESPIRITOS MUITO ELEVADOS, ENCARNADOS EM MISSÃO SUPERIOR, JOSÉ E MARIA NÃO EXPERIMENTAVAM AS NECESSIDADES CARNAIS DA HUMANIDADE. Intuitivamente preparada para a missão que lhe cumpria desempenhar naquela grande Obra de Regeneração, cujo desenlace constituiu exemplo para todas as raças humanas que, a partir de então, se sucederam, Maria foi e permaneceu sempre virgem. José, menos elevado que ela, mas também desempenhando missão sagrada, compreendeu, pela revelação do Anjo. QUAL O OBJETIVO DA SUA EXISTÊNCIA MATERIAL E A ELA SE CONSAGROU INTEIRAMENTE, PARA HONRA E GLÓRIA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO! 



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