PROGRAMA 87 - ALZIRO ZARUR - continuação 2
Além disso, o Apóstolo São Paulo, na Epístola aos Gálatas, fala da mesma cidade e diz que é a mãe de todos nós, referindo-se à Igreja. A Igreja não é, pois, a cidade, mas constituída pelos filhos da cidade.
E no versículo 24 deste capítulo que estamos estudando, fala das nações dos salvos que andam à luz dessa cidade. Estas nações que são os salvos, e que na Terra constituem sua Igreja, são distintas da cidade à cuja luz andam. Segue-se, portanto, que a cidade é uma cidade literal construída com todos os materiais preciosos descritos aqui.
Mas, como pode ser a ESPOSA, A MULHER DO CORDEIRO DE DEUS?
A inspiração achou conveniente falar dela sob esta figura, e para todo cristão, todo aquele que crê na Bíblia, isso devia ser o suficiente. Aliás, a figura é apresentada pela primeira vez no Velho Testamento, precisamente no Profeta Isaías, capítulo 54.
A CIDADE DA NOVA ALIANÇA é evocada ali, é representada como solitária enquanto a velha Aliança estava em vigor, e os judeus e a velha Jerusalém eram objetos especiais do cuidado de DEUS. Mas lhe é dito que os filhos da SOLITÁRIA hão de ser muito mais do que os filhos da CASADA. É lhe dito adiante:
"O TEU CRIADOR É O TEU MARIDO"
E a promessa final do SENHOR a esta cidade contém uma descrição muito semelhante a que temos aqui neste Apocalipse:
"EIS QUE EU POREI AS TUAS PEDRAS COM TODO O ORNAMENTO E TE FUNDAREI SOBRE SAFIRAS; TUAS JANELAS EU AS FAREI CRISTALINAS; TUAS PORTAS DE RUBIS, TODOS OS TEUS TERMOS DE PEDRAS APRAZÍVEIS; TODOS OS TEUS FILHOS SERÃO DISCÍPULOS DO SENHOR".
É a esta mesma promessa que São Paulo se refere e comenta na sua Epístola aos Gálatas, dizendo:
"MAS NA JERUSALÉM QUE É DE CIMA, ESSA É LIVRE, A QUAL É A MÃE DE TODOS NÓS".
E cita no versículo seguinte esta mesma profecia do livro de Isaías para apoiar a sua declaração.
Aqui São Paulo faz uma aplicação inspirada, e portanto segura, da profecia de Isaías no Velho Testamento, e nela mostra, aqui, a figura de uma mulher, uma esposa cujos filhos seriam multiplicados. O SENHOR fala pelo profeta da NOVA JERUSALÉM, da CIDADE CELESTIAL, em contraste com a Jerusalém terrestre da Palestina, e o SENHOR que chama-se a si próprio - O MARIDO DESTA CIDADE.
Temos ainda, portanto, o testemunho positivo do capítulo 21 do Apocalipse para os mesmos fatos. Neste ponto de vista tudo é harmonia, o CRISTO é chamado o Pai do seu Povo (Isaías, capítulo 9: 6); A JERUSALÉM CELESTIAL é chamada nossa mãe e nós somos chamados os filhos, e levando avante e figura das BODAS, o CRISTO é representado como o NOIVO, a CIDADE como a NOIVA e nós, a IGREJA, como os convidados.
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