PROGRAMA 52 - ALZIRO ZARUR - continuação 6

    A voz da História, a voz dos fatos, está na imprensa, nos anais do Congresso e nos anais protestantes. Nos últimos anos, diz um observador: 
    "A influência do Partido da Reforma Nacional tem estado a crescer rapidamente. Tornou-se internacional no seu objetivo e, com frequentes intervalos, realiza convenções mundiais em que são feitos planos para estabelecer o ideal de governo da Reforma em todos os outros países onde ainda não existe, porque dinheiro não falta." 
    E a pobre LBV sem um tostão de ninguém. 
    "Para esse fim muito se espera da influência dos missionários, muitos dos quais tem manifestamente sido cativados pela ideia de converter os governos pagãos ao cristianismo. O ideal é lindo, e eles aguardam maiores resultados daí do que do lento processo de converter os pagãos individualmente, demora muito". 
     É uma promoção quase publicitária, digna das grandes agências. 
     Numa Convenção Mundial, realizada em Filadélfia, em novembro já deste século (1910) (olha o Apocalipse marchando já para os nossos dias), nessa Convenção de Filadélfia em 1910 (nesta encarnação eu ainda nem tinha nascido), foi feita a seguinte declaração sobre esse ponto:
    "Esta Conferência expressa sua apreciação do fato de tantos Missionários estarem despertos para a importância da realeza do Cristo sobre as nações, e urge a todos os Missionários em todos os países,  que inculquem estes princípios e testifiquem em suas respectivas nações, em favor da prerrogativa real de Jesus na vida nacional."
    Entre os que participaram no programa desta Convenção encontravam-se Missionários da Índia, da China, dos Países Católicos Romanos e Gregos. Isto oferece uma evidência flagrante da extensão em que as ideias da Reforma Nacional premiam o mundo religioso. 
    Não sei como é que conseguem tanto dinheiro assim para as passagens, da Índia, da China, dinheiro a rodo, e a LBV sem níquel, sem tostão, tendo de vender a rádio para se salvar. 
    Outro significativo e alarmante passo para o cumprimento desses maus desígnios, é a posição tomada por um movimento chamado "esforço cristão". Dentro de poucos anos atingiu milhões de membros, constituiu um canal comum através do qual todas as denominações protestantes podem operar. As funções políticas deste grande corpo estão centralizadas numa liga de cidadania cristã, e se ufana de que há de ter ramos em todos os Estados, condados, cidades,  aldeias e até casais nos Estados Unidos, e obter que sejam dados cargos a homens cristãos.  
     Que notáveis Convenções então vão se efetuar! 
     Como os políticos se hão de tornar cristãos e há de se apressar o milênio? 
     Nesse andar os deputados vão virar anjos com asas brancas, os senadores, os deputados estaduais e os vereadores. 

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