Programa 21 - ALZIRO ZARUR - continuação (4)

    O primeiro acontecimento deste selo, talvez mesmo o que assinala a sua abertura, é UM GRANDE TERREMOTO. 
    Como o mais possível cumprimento desta predição, temos que apontar aquele grande terremoto de Lisboa, aquele grande terremoto de 1º de novembro de 1.755.  Porque esse terremoto se fez sentir numa extensão de, pelo menos, 4.000.000 de milhas quadradas. Os seus efeitos se estenderam até as águas, em muitos lugares onde o abalo não foi perceptível, e se fez sentir na maior parte da Europa, África e América, mas sua maior violência se exerceu na parte Sudoeste da primeira: a Europa. Na África, este terremoto foi sentido com quase tanta violência como em Portugal. Grande parte de Argel foi destruída. Muitas casas ruíram em três minutos e meio. Multidões ficaram sepultadas debaixo das suas ruínas. Efeitos semelhantes se observaram em Marrocos. Seus vestígios foram igualmente deixados em Tânger, Tetuan, no Funchal. É possível que toda a África tenha sido abalada. Para o Norte se estendeu até a Noruega e até a Suécia. A Alemanha, a Holanda, a França, a Grã-Bretanha, a Irlanda foram mais ou menos agitadas pela mesma grande comoção dos elementos nesse dia. Lisboa, antes do terremoto de 1.755, tinha 150.000 habitantes. Barret provou que 90.000 pessoas se perderam naquele dia fatal. O terror do povo foi indescritível, ninguém chorava, porque isso era superior às lágrimas humanas. Corriam de uma parte para outra, delirantes de terror, batendo nas faces e nos peitos, clamando: "MISERICÓRDIA MEU DEUS! CHEGOU O FIM DO MUNDO!" As mães esqueciam os filhos, corriam com os crucifixos; muitos correram para as igrejas em busca de proteção, mas em vão estava o Santíssimo Sacramento exposto. Em vão se abraçavam aos altares, os pobres, os desesperados, os aflitos. Imagens, sacerdotes e povo foram sepultados na ruína.  

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