APOCALIPSE/67 -4

 Programa 20 - ALZIRO ZARUR - continuação (8)


   Terceira: E ALMAS DEBAIXO DO ALTAR?
    Esta figura é popularmente considerada como prova de peso na doutrina do estado desincorporado, desencarnado, o estado consciente dos mortos ou dos espíritos. Pretende-se que aqui, se trate de almas vistas por São João no estado desincorporado, consciente, com pleno conhecimento do que se estava passando. Por quê? Porque clamavam vingança para os seus perseguidores. Ora, esta interpretação é inadmissível por diversos motivos: 
    1 - A opinião popular coloca estas almas no céu, mas o ALTAR DE SACRIFÍCIO sobre que foram mortas e debaixo do qual foram vistas, não pode encontrar-se lá. O único ALTAR que sabemos existir lá é o ALTAR DE INCENSO. Mas não seria correto representar como estando debaixo do ALTAR, vítimas recentemente mortas, visto que esse ALTAR nunca foi consagrado a semelhante uso. 
    2 - Repugnaria todas as nossas ideias, acerca do estado celestial representar almas no céu encaçapadas debaixo de um ALTAR. Inconcebível! 
    3 - Podemos supor que a ideia de vingança reine ainda tão soberanamente nas almas que estão no céu, que apesar da alegria e glória desse estado inefável, ainda se encontrem insatisfeitas,  constrangidas, até que DEUS tome vingança dos seus inimigos? Não teriam antes, motivo de se alegrarem pelo fato da perseguição ter levantado sua mão contra eles ,e os ter assim levado mais depressa à presença do Redentor? E junto do CRISTO, à plenitude de alegria e prazeres sem fim? Mas, além disso, a opinião popular que coloca estas almas no céu, coloca ao mesmo tempo os ímpios no lago de fogo onde se contorcem no tormento indescritível em plena visão da hoste celestial. Isto pretendem, apoiados pela parábola do "Rico e de Lázaro", contada pelo próprio JESUS, no Evangelho segundo São Lucas, capítulo 16. Ora, as almas que aparecem sob o quinto selo, são as que foram mortas sob o selo precedente, dezenas de anos, e muitas delas, centenas de anos antes.  Sem dúvida alguma, os seus perseguidores já tinham todos passado do estado de ação. E, segundo a opinião referida, já se encontravam todos sofrendo tormentos do inferno que estava diante dos seus olhos. Como se não estivessem, porém, satisfeitas com isso, clamavam a DEUS, como se ELE estivesse retardando o julgamento, a vingança contra seus assassinos.
    
      
 



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