"MUITOS OS CHAMADOS, POUCOS OS ESCOLHIDOS"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur

P – O capítulo em estudo empolga a todos os componentes da nossa Cruzada do Novo Mandamento no Lar. Querem saber o verdadeiro sentido destes versículos: Mateus, 13, 14 e 15; Marcos, 12 e 22, Lucas, 10. Como os interpreta, pelo CEU da LBV, o Espírito da Verdade?
R – Vamos reler esses versículos: “Eis porque lhes falo por parábolas; é que, vendo, eles não veem; ouvindo, não ouvem nem compreendem. Com relação a eles se cumpriu esta profecia de Isaías: “escutareis com os ouvidos e não entendereis; olhareis com os olhos e não vereis”. O coração deste povo se embotou, os ouvidos se lhe tornaram surdos e os olhos se lhe fecharam, para que não veja com os olhos, não ouça com os ouvidos, não compreenda com o coração e, não se convertendo não seja curado por mim”. (Evangelho segundo Mateus, 13, 14 e 15). Mas, para os que são de fora, tudo se faz por parábola, a fim de que, vendo, não vejam; ouvindo não ouçam nem compreendam; para que não se convertam e os pecados lhe sejam perdoados. (Evangelho segundo Marcos, 12 e 22). Mas, aos outros, só por parábolas se lhes fala do reino de Deus, a fim de que, tendo olhos não vejam e, tendo ouvidos, não compreendam. (Evangelho segundo Lucas, 10) – A interpretação dessas palavras de Jesus, foi falseada pela significação dos vossos vocábulos, bem como pelas traduções e repetições. Vamos dar-vos, sem a menor incerteza quanto a inteligência dos textos, O PENSAMENTO DO MESTRE E O SENTIDO DAS SUAS PROPOSIÇÕES. Repetindo-o, dizemos: “Ouça quem tiver ouvido de ouvir!” Ora, suas afirmações, compreendidas EM ESPÍRITO E VERDADE, À LUZ DO NOVO MANDAMENTO, não poderiam desmentir – como não desmentem – os atos de toda a sua vida, toda por humana pelos homens. Para o Cristo, pastor das almas transviadas, os homens daquela época se assemelhavam a frutos verdes que, expostos aos raios de um sol demasiado, ardente, secam – em vez de amadurecer – razão por que o pomareiro trata de abrigá-los dos ardores solares, a fim de que tenham tempo de desenvolver-se. Chegados ao ponto de maturação, o sol – a que, com arte, foram subtraídos acabará de dourá-los com seus raios benéficos. MUITOS SÃO OS CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS, disse Jesus, mas nunca no sentido que deu a essas palavras a igreja humana, isto é, NÃO NO SENTIDO DE QUE O MESTRE ATRAIU TODOS OS HOMENS PARA JUNTO DE SI, COM O FIM DE ESCOLHER UM PEQUENO NÚMERO DELES E DEIXAR QUE OS RESTANTES, EM GRANDES MASSAS, FOSSEM LEVADOS PARA ESSAS REGIÕES ONDE SÓ SE OUVEM PRANTO E RANGER DE DENTES! Ao contrário, os homens, frutos verdes e duros, se aproximavam do sol benfazejo, que os havia de madurar e desenvolver e que para consegui-lo – atenuava o seu brilho e o seu calor. Porventura falais a uma criança como falais a um homem? Podeis explicar à criança as questões morais e filosóficas que lhe fareis compreender ao chegar aos vinte anos? Evidentemente, não. À criança falais de modo apropriado à sua inteligência que desponta deixando-lhe, contudo, entrever que mais tarde – lhe direis muitas outras coisas, fazendo-lhe ver que a sua pouca idade a torna incapaz de apreender um raciocínio. SERÁ QUE PROCEDEIS ASSIM COM O PROPÓSITO DE LHE RETARDAR O DESENVOLVIMENTO? Será porque, uma vez homem, este seja incapaz de se instruir e compreender? Claro que não. É que o fruto está verde e por isso o protegeis da luz e do calor, temendo que o excesso destes dois princípios benéficos, atuando muito cedo, o esmole em vez de o fortificar. JESUS, QUE ERA A BONDADE POR EXCELÊNCIA, NÃO PODIA – BEM O PODEIS COMPREENDER – PRIVAR VOLUNTARIAMENTE AS CRIATURAS HUMANAS DA SALVAÇÃO QUE ELE MESMO LHES TRAZIA! Pelo contrário, para não arrasta-las à prática de faltas, deixava sempre aos Espíritos indolentes o recurso de não lhe compreenderem as palavras. Assim, as que constam dos versículos acima – no Evangelho segundo Mateus, Marcos e Lucas – NÃO DEVEM SER ENCARADAS SENÃO COMO FORMA DE FALAR ÀS INTELIGÊNCIAS DOS HOMENS DAQUELE TEMPO.



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