"A COMUNHÃO DO CRISTO"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur
P – Os ensinos do CEU da LBV, no capítulo em exame,
parece ter relação com o chamado “sacrifício da eucaristia”. Que diz a isso o
Espírito da Verdade?
R – Sim, mas nunca no sentido que lhe poderia dar a
igreja humana. Não admitais que o corpo do homem possa servir de morada, nem
eterna, nem temporária, à Divindade, como pretende a igreja romana, cujos erros
provieram todos da falsa interpretação das Sagradas Escrituras; pois sempre as
compreendeu segundo a letra, jamais segundo o espírito. Não admitais que “corpo
e o sangue reais do Salvador” (expressões do romanismo) se possam EQUIPARAR AOS ALIMENTOS HUMANOS E FICAR,
DESSE MODO, SUJEITOS AS LEIS DA DIGESTÃO NO CORPO DO HOMEM! Não admitais
que o perispírito tangível, do que Jesus se revestiu temporariamente, atendendo
às exigências e à duração da sua missão terrena, vaso precioso que continha uma
essência ainda mais preciosa, formada de fluidos que – na chamada hora da
ascensão – foram restituídos aos meios de onde haviam sido tirados, possa estar
submetido àquelas leis! NÃO ADMITAIS QUE
O ESPÍRITO DE JESUS ESSÊNCIA PERFEITA, DE PUREZA IMACULADA, FAÇA DO CORPO
HUMANO A SUA HABITAÇÃO! A comunhão do Cristo, simbolizada pela ceia, como
vos explicaremos quando chegar a ocasião, foi o último e solene apelo feito por
ele em prol da fraternidade contida em seu Novo Mandamento.
A comunhão dos discípulos era uma lembrança simbólica daquela outra comunhão.
Cristãos de todas as correntes, aprendei o que ensina a Nova Revelação que Deus
vos manda e que vos trazemos em nome de Jesus: PARA O ESPÍRITO DEVE SER TUDO ESPIRITUAL, O HOMEM RECEBE “O CORPO E O
SANGUE” DE JESUS APENAS SIMBOLICAMENTE, POIS REPRESENTAM O SEU EVANGELHO, A SUA
DOUTRINA DE SALVAÇÃO, O CORPO PARA ALIMENTAR-LHE A ALMA, O SANGUE PARA LAVA-LA
DE SUAS IMPUREZAS, MAS A MATÉRIA NÃO PARTICIPA, DE MODO ALGUM, DESSE
SACRIFÍCIO! Que tomeis as vossas refeições antes ou depois do “sacrifício”,
pouco importa. Das superfluidades humanas é que cumpre vos abstenhais, antes do
ato da “comunhão”, que deverá simbolicamente aproximar o vosso Espírito do
Redentor que, fazendo a sua aparição na Terra, se abaixou até vós para vos
elevar. Praticai, sim, esta abstinência! Com o intuito de vos preparardes para
essa festa de família, imponde-vos algumas privações, que possam redundar em
proveito – tanto material quanto moral e intelectual – de vossos irmãos. IMPONDE-VOS MORTIFICAÇÕES MORAIS; CONVIDAI
PARA A CEIA DO NOVO MANDAMENTO AQUELES QUE SE HOUVEREM AFASTADO DE VÓS OU DE
QUEM VOS HOUVERDES AFASTADO. CONVIDAI-OS PELO PENSAMENTO, NA ORAÇÃO, SE NÃO O
PUDERDES FAZER DE OUTRA MANEIRA PERDOANDO-LHES DE CORAÇÃO AS OFENSAS E TOMANDO
A RESOLUÇÃO IRREVOGÁVEL DE NÃO GUARDAR QUEIXA ALGUMA DE TODOS OS ELES.
Praticai a ceia do senhor espiritualmente, em comum, como os apóstolos sempre
realizaram, até a época em que as paixões e os maus instintos forçaram a
mudança, determinando a instituição da comunhão aparente, pois QUEM SE APROXIMA DA MESA DO MESTRE LEVANDO
NO CORAÇAO UM SENTIMENTO MAU INCORRE NO
CRIME DE TRAIÇÃO DE JUDAS ISCARIOTES. RESTAURAI A CEIA DO NOVO MANDAMENTO,
CONVIDANDO OS IRMÃOS DE TODAS AS CRENÇAS RELIGIOSAS E FILOSÓFICAS, POIS SÓ
ASSIM CUMPRIREIS A ORDEM DO CRISTO, FORMANDO UM SÓ REBANHO PARA UM SÓ PASTOR!
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