"MISSÃO DOS 72 DISCÍPULOS"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur


Jesus deu aos setenta e dois discípulos as mesmas instruções que dera aos apóstolos. Tudo já vos foi suficientemente explicado, e não há necessidade de voltarmos a esses pontos. Todavia, algumas passagens precisam de EXPLICAÇÕES ESPECIAIS. “Não saudeis a ninguém pelo caminho”, disse o Cristo aos setenta e dois discípulos. Preciso é tirar da letra o espírito. Com tais palavras, o Mestre lhes recomendava: “Não vos deixeis desviar do caminho que seguis; não pareis. Avançai para a vossa meta, até que a tenhais alcançado”. Vejamos, no versículo 6, as expressões “filhos da paz” e “a vossa paz”. Por “filhos da paz” designava Jesus os que estavam dispostos a enveredar pela nova estrada, em que realmente poderiam adiantar-se nas vias do Senhor. “A nossa paz”, a paz dos discípulos, se deve entender no mesmo sentido. Por essa PAZ se compreendem a fé e os conhecimentos que possuíam, e que para eles voltavam desde que se achassem num meio refratário a aceitá-los. “Permanecei na mesma casa; não passeis de uma casa para outra”. Desta forma, JESUS ACONSELHAVA AOS DISCÍPULOS A PERSEVERANÇA. AS MUDANÇAS COMPROMETERIAM OS RESULTADOS A QUE ELES VISAVAM, E QUE SÓ PERSEVERANDO ALCANÇARIAM. “Comei e bebei do que na casa houver e vos for apresentado; porquanto o operário é digno do seu salário”. Compreendei: OS DISCÍPULOS DAVAM O ALIMENTO DO ESPÍRITO E RECEBIAM, DE OUTROS, O ALIMENTO DO CORPO. Nem só pelo Espírito vive o homem: cumpre-lhe, portanto, prover as necessidades do corpo. MAS OS DISCÍPULOS TINHAM DE SE LIMITAR A SATISFAÇÃO DA NECESSIDADE E DAR GRATUITAMENTE O QUE GRATUITAMENTE HAVIAM RECEBIDO. Longe disso está o que fazem aqueles que, dizendo-se discípulos do Cristo e sucessores dos Apóstolos, mas pretextando que o operário é digno do salário, traficam com as coisas de Deus e recebem dinheiro pelas suas orações; que se esforçam por conseguir o bem-estar material inoperante, o luxo, a voluptuosidade, o fausto; que desse modo vivem à custa de seus irmãos, absorvendo inutilmente a alimentação, o pão cotidiano de inúmeras famílias. TODO AQUELE, QUE REALMENTE QUISER SER DISCÍPULO DO CRISTO, SEJA PADRE OU CHEFE DE FAMÍLIA, TEM DE SE CONTENTAR COM O NECESSÁRIO A SUA MISSÃO; VIVER NO LUXO, NA OSTENTAÇÃO – NUNCA! Possuindo mais do que o necessário, deixa o homem de ser discípulo do Mestre, que deu na Terra a lição e o exemplo da humildade, do desinteresse, do devotamento, da abnegação, da caridade e do amor, que O DISCÍPULO AUTÊNTICO DEVE TER E PRATICAR JUNTO DE SEUS IRMÃOS.

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