"O POSSESSO MUDO"
Espírito da Verdade - Alziro Zarur
Exercendo uma ação fluídica sobre os órgão da voz, da palavra, é que o mau Espírito – obsessor daquele homem, a quem chamavam “possesso do demônio” – o tornava mudo, subjugando-o completamente. Da mesma forma que o obsessor do cego lhe paralisa a vista, como o obsessor do surdo lhe inutiliza o ouvido (cobrindo cada um desses órgãos com uma parte do fluido que o envolve e retirando-lhe, assim, momentaneamente, as faculdades), o obsessor do mudo também lhe paralisa a voz, privando-a da faculdade de falar. Jesus ordenou ao Espírito mau que abandonasse a vítima. Tendo-se afastado o obsessor, cessou a ação fluídica que produzia a mudez, e o mudo falou. A SUBJUGAÇÃO A QUE ESTAVA SUJEITO O HOMEM E A SUA CONSEQÜENTE MUDEZ ERAM, PARA ELE, UMA PROVAÇÃO E UMA EXPIAÇÃO. Quando observardes uma punição, procurai do outro lado o abuso, falta ou crime a cuja reparação ela se destina. O mudo, constrangido a guardar silêncio, quando as palavras e a ânsia de se exprimir lhe fervilhavam no íntimo, EXPIAVA UM ABUSO DE ELOQÜÊNCIA: ORADOR DE TALENTO, CONTRIBUÍRA PARA ARRASTAR MULTIDÕES A ERROS PROFUNDOS. Expiava, portanto, a sua leviandade. Mas a provação e a expiação da mudez lhe foram impostas por limitado tempo. Sofrera o castigo sem resmungar, resignado e paciente. Por isso mesmo, Jesus o libertou. A acusação dos fariseus e dos sacerdotes era análoga à que hoje procura atingir os conhecedores das Leis Espirituais. Não são eles acusados de manter relações com Satanás? Não é ao “demônio” que AINDA HOJE acusam de vos pregar o Novo Mandamento contra a “Igreja de Jesus Cristo”? Assim sendo, é fácil compreender a acusação que fizeram ao Mestre. “Se me odeiam a mim – disse Jesus – também vos odiarão a vós”. Caminhai, portanto, nas suas pegadas, firmando-vos na sua resposta que é irrespondível: “Se eu expulso demônios por Belzebu, por quem os expulsam vossos filhos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes”. Por estas palavras, o Cristo aludia aos que, seguindo-lhe os passos, procuram purificar-se espiritualmente, expulsando os “demônios” pelo jejum e pela oração. Os verdadeiros CRISTÃOS DO NOVO MANDAMENTO são esses filhos dos homens que se purificam e se elevam acima de seus pais, pois se tornam seus juízes naturais, diante da LEI DE DEUS.

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