"A IGREJA DO CRISTO"
(Espírito da Verdade - Alziro Zarur)
O jejum moral, O ÚNICO QUE DEUS EXIGE, consiste em a criatura não se submeter, nunca, aos seus maus instintos, por mais agradável que isso lhe pareça; em infligir humilhações à natureza animal, tendo por fim o adiantamento de seus irmãos, constituindo exemplo para eles; em não se entregar a ato algum de culposa leviandade; em não se dar a excessos de qualquer natureza. NÃO JULGUEIS SEJA “MUITO PENOSO” PARA O HOMEM VIVER TRANQUILAMENTE DIANTE DE DEUS: BASTA-LHE ESTAR COM A SUA CONSCIÊNCIA EM PAZ E SATISFEITA, PARA TER A FORÇA E A SAÚDE DO CORPO. De onde provém, senão dos excessos de toda ordem a que sujeitais os vossos corpos, a degeneração das raças humanas? Que é que produz o apoucamento da inteligência do homem senão o arrojo desavergonhado das suas idéias, o desejo imoderado de saber prematuramente mais do que lhe deve ser dado? Formais uma sociedade; portanto, vivei em sociedade. Sede solidários e bons aos olhos do Pai. Não procureis o luxo material que enerva nem adquirir, desequilibradamente, a ciência que desvaira. Jesus não pretendeu impor – E NÃO IMPÔS – A OBRIGAÇÃO DO JEJUM MATERIAL. Ele disse: “O que mancha o homem não é o que lhe entra no corpo, já que isso não lhe vai ao coração e é lançado fora. O que mancha o homem é o que lhe sai do coração: são os maus pensamentos, as más palavras, as más ações, os vícios que degradam a Humanidade, AS INFRAÇÕES DA LEI DIVINA CONSIGNADA NO DECÁLOGO E NO NOVO MANDAMENTO DE JESUS, O ÚNICO REPRESENTANTE DE DEUS EM TODAS AS ÉPOCAS DA HUMANIDADE. Os mandamentos humanos relativos ao jejum material, prescrevendo a privação de alimentos ou só permitindo – em determinados dias e em determinadas épocas – certas espécies de alimentos, FORAM E SÃO INÚTEIS PARA O HOMEM DE INTELIGÊNCIA E DE CORAÇÃO. JAMAIS O SENHOR LHE IMPÔS OBEDIÊNCIA A TAIS “MANDAMENTOS”. Entretanto, tiveram sua razão de ser. A observância desses preceitos, por mais ridículos que sejam em si mesmos, foi um freio posto aos excessos da gula e da luxúria, nas épocas em que somente as leis materiais podiam dominar a matéria. Sujeitando o corpo a um regime rigoroso, elas lhe diminuíam as forças animais e, assim, se continham muitos abusos. Mantendo as prescrições materiais do jejum e da abstinência, a igreja humana se conservou contemporânea dos escribas e fariseus: impõe um fardo pesado, que já não é necessário. Não quis caminhar com a Humanidade, e hoje está distanciada desta. Mas TUDO VOLTARÁ AOS SEUS EIXOS, PORQUE DEUS ASSIM O QUER, E SUA VONTADE É IMUTÁVEL. Os versículos 16 e 17 de Mateus, 21 e 23 de Marcos, 36 e 39 de Lucas – encerram alegorias espirituais. Aos homens daquele tempo, e às gerações que se seguiram até aos vossos dias, precursores de novas Revelações, se referia Jesus quando falava da roupa velha, incapaz de receber REMENDO DE PANO NOVO; quando falava de velhos odres, dos quais o vinho novo – rebentando-os – escaparia, ficando um e outros perdidos. Quer isso dizer que AQUELES HOMENS ERAM INCAPAZES DE RECEBER, aceitar e conservar uma nova Revelação que, assim, ficava reservada para os tempos vindouros, para quando chegasse o momento de cumprir-se a sentença. A LETRA MATA, O ESPÍRITO VIVIFICA. Só a reencarnação e os séculos – expiação, reparação e progresso – poderiam preparar as inteligências e os corações de maneira a fazer deles ODRES NOVOS, CAPAZES DE CONSERVAR O VINHO NOVO. Ignorantes, materiais, obstinados nos seus preconceitos e tradições, os homens daquele tempo teriam sido esmagados pelo peso de um fardo para eles insuportável: ou alijariam dos ombros esse “fardo” ou cegariam ante o brilho de tão viva Luz. Por isso lhes convinha, primeiro, a linguagem da parábola, o regime da letra, sujeita a interpretações humanas e materiais, a fim de que os necessários esforços e as lutas constantes do pensamento PREPARASSEM O ADVENTO DO ESPÍRITO. Constituem o vinho novo os ensinos de Jesus através dos Espíritos do Senhor, que vêm dispor as coisas de modo a ter fim o mundo moral do erro e da mentira. Esses Guias Espirituais vêm explicar, tornar compreensível e desdobrar, em Espírito e Verdade, a Lei simples e sublime do Cristo, tirando da letra o espírito, libertando-a das falsas interpretações que lhe deram, e que a alteraram ou desnaturaram, impedindo-a de produzir os seus frutos. É o que significa esta frase do Mestre: “O VINHO NOVO DEVE SER POSTO EM ODRES NOVOS, PORQUE ASSIM TUDO SE CONSERVA. Os odres novos são os verdadeiros cristãos, aqueles que vivem o Novo Mandamento, que fará rebentar o odre velho, incapaz de resistir à fermentação das Novas Revelações. Sim o odre velho ainda existe em vossos dias: são aqueles que, cegos e interesseiros, bebendo em fontes impuras ou falsificadas, procuraram, procuram e procurarão entravar a Igreja do Cristo, cujo templo é o vosso planeta e a qual todos os homens serão fiéis brevemente, quando a RELIGIÃO DE DEUS estiver acima de todas as religiões dos homens.



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