PROGRAMA 51 - ALZIRO ZARUR - continuação 6
O Reverendo (...) que é Metodista, num sermão publicado sobre os deveres políticos dos homens e também dos Ministros cristãos, exprime um sentimento capital sobre este assunto. Diz ele:
"Defendo que temos e devemos ter tanto que ver com o governo dos Estados Unidos como quasquer outros homens, nós somos a massa do povo, a virtude neste país não é fraca, suas fileiras são fortes em número, invencíveis pela justiça da sua causa, invencíveis se forem unidas, se as suas fileiras não sejam quebradas por nome de partido".
De acordo com o desenvolvimento lógico destes sentimentos, foi formada uma associação chamada Associação Nacional da Reforma. Tem por objetivo obter decisões legais em favor das Instituições religiosas por meio de uma emenda da Constituição da República, que coloque todas as Leis e Instituições e usos cristãos do Governo numa base legal, lei fundamental no País. Aqui está o germe da revolução religiosa, a cunha de entrada entre a igreja e o estado, um jogo espúrio em fazer a fusão, quando nós sabemos que o certo é o Estado separado da igreja, a igreja separada do Estado, e mesmo oficialmente separada não está.
Vejam o Brasil...
Quem é que manda no Governo, não é a igreja?
Essa é que é a verdade, só um cego não vê isto. Não há separação nenhuma, estão aí mandando, mexendo, metendo o nariz em tudo. Não há nenhuma separação, só há no papel.
Este movimento se originou em Chênia, Ohio, numa convenção composta por onze denominações religiosas diferentes que se reuniram para "orar" e conferenciar, confabular, como raposas do PSD. Por certo que os chefes deste movimento negam, veementemente, o propósito de uma união da igreja com o Estado, mas lhe escapa, aqui e além, uma frase, sempre uma frase que revela mais do que eles desejam.
Assim, numa Convenção desta sociedade em Petesburg, o Dr. Stevenson, um dos seus chefes, declarou:
"Pelas imensas dádivas que recebe de políticos corruptos a Igreja Romana é praticamente a Igreja estabelecida da cidade de Nova York. Esses favores são concedidos sob o disfarce de uma aparente amizade pela religião. Nós nos propomos por a substância em vez da sombra, apear a contrafação e por em seu lugar a mais completa substituição da verdade".
Nenhum comentário:
Postar um comentário