Programa 21 - ALZIRO ZARUR - continuação (6)

A maior altura perpendicular desta elevação foi de dois pés e quatro polegadas. Diz-se que o movimento desse terremoto foi ondulante, com uma velocidade média de 20 milhas por minuto. Uma grande onda se lançou sobre a costa da Espanha e se diz que atingiu 60 pés de altura em Cádiz. Em Tânger (África),  ergueu-se e desceu 18 vezes na costa. No Funchal (Madeira), levantou-se uns 15 pés acima do nível da preamar,  ainda que a maré, cujo fluxo e refluxo era de sete pés, estava então, em meia vazante. Além de entrar na cidade e de causar grande prejuízo, inundou outros portos de mar da ilha. Em Kinsale, na Irlanda, uma vaga de água se precipitou no porto, fez remoinhar vários barcos e chegou até a praça do mercado".
    Afirmamos atrás que o mar, primeiro, recuou em Lisboa, este recuo do oceano na praia, no começo de um tremendo terremoto e seus subsequente regresso é um fato comum. Para explicar o fenômeno, Mitchell imagina um aluimento do fundo do mar devido a ruptura do teto de alguma cavidade em consequência de uma vácuo produzido pela condensação de vapor. Esta condensação, observa ele, pode ser o primeiro efeito na introdução de uma grande molhe de água em fendas e cavidades já cheias de vapor antes de ter havido tempo bastante para o calor da lava incandescente converter tão grande quantidade de água em vapor, o que efetuado, em seguida causa uma explosão muito maior. Quem quiser procurar no mapa ou num atlas os países citados, verá quão grande parte da superfície do mundo foi agitada por aquela terrível convulsão.
    Outros terremotos podem ter sido tão violentos em localidades particulares,  mas não conhecemos, o mundo não conhece nenhum que, combinando tão grande extensão com tão elevado grau de violência, se tenha feito sentir na Terra como esse de Lisboa em 1.755, primeiro de novembro. Apresenta, certamente, todas as condições necessárias de um acontecimento apropriado para assinalar a abertura do selo neste Apocalipse. 
    Para uma documentação mais exata sobre o grande abalo, o chamado terremoto de Lisboa, a mais documentada obra escrita que nós conhecemos até o presente é O TERREMOTO DE 1º DE NOVEMBRO DE 1.755, em Portugal, de um Estudo Demográfico em três volumes: Lisboa, 1.919, 1.928, por Francisco Luiz Pereira de Souza.

    

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