A JUSTIÇA DE DEUS
(Espírito da Verdade - Doutrina do CEU - 11/11/1970 - página 278/279 - ALZIRO ZARUR)
P - Não podia ser mais feliz e edificante a
explicação do capítulo em exame: uma pergunta, ainda, queremos formular
ao Espirito da Verdade : - Pode haver Espírito eternamente culpado?
R - Quando Jesus falava (ou os Evangelhos falavam, em suas narrativas)
em ESPÍRITO SANTO, esta expressão, como sabeis, designava os Espíritos
Puros, ou Espíritos Superiores, os Bons Espíritos, que desempenham junto
dos homens as funções de órgãos do Senhor, de seus ministros,
mensageiros ou agentes, de acordo com o grau de elevação de cada um.
Servindo-se da expressão ESPÍRITO SANTO, QUANDO TRATOU DA BLASFÊMIA
CONTRA DEUS, Jesus o fez porque, como também já o dissemos, os judeus
entendiam por Espírito Santo a inteligência mesma de Deus. Em última
análise, tudo vem dar no mesmo, num caso e noutro, por isso que OS
ESPÍRITOS DE LUZ NADA MAIS SÃO QUE O REFLEXO DA VONTADE DO SENHOR
ONIPOTENTE. O homem que blasfema contra Deus é um rebelde às inspirações
do seu Anjo da Guarda e dos Bons Espíritos; incorre em culpa grave e
não obtém perdão ENQUANTO PERMANECE CULPADO E REBELDE: PORTANTO, A
ETERNIDADE DO CASTIGO CORRESPONDE A ETERNIDADE DA FALTA. Se o Espírito
permanecesse eternamente rebelde, seria réu de delito eterno; jamais
obteria perdão na eternidade, nem além dela (para nos servirmos das
expressões bíblicas). Mas não é nem pode ser assim. Por efeito da
onipotência, da justiça, da bondade e da misericórdia infinita do
Senhor, e de acordo com a promessa que Jesus fez, em nome do Pai, e com
o que disse na "Parábola do Filho Pródigo": MEU PAI NÃO QUER QUE
PEREÇA NENHUM DESTES PEQUENINOS - VIM SALVAR O QUE ESTAVA PERDIDO, SEDE
PERFEITOS COMO É PERFEITO O PAI QUE ESTÁ NO CÉU", não há Espírito
culpado e rebelde que, no curso da Eternidade que se desdobra diante de
sí, não experimente o influxo das Leis Imutáveis do progresso e da
perfectibilidade, do sofrimento e da expiação. Não há Espírito que,
usando de seu livre arbítrio, sob a ação de sua consciência, presa do
remorso e do arrependimento, auxiliado na erraticidade pelos sofrimentos
ou torturas morais adequados e proporcionados aos crimes e faltas
cometidos, iluminado pelas provações e expiações, deixe - com o tempo e
mediante a reencarnação - de voltar ao aprisco, assim como a ovelha
transviada; de voltar à casa paterna, como o filho pródigo, arrependido e
submisso. É assim a justiça de Deus: NINGUÉM HÁ QUE, PURIFICADO, NÃO
VENHA A SER, UM DIA, ACOLHIDO PELO PAI DE FAMÍLIA, PELO SENHOR
ONIPOTENTE, DE INFINITA MISERICÓRDIA!
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